Impactos na agropecuária com instabilidade climática – descubra mais!

Previsão Climática no Brasil

As condições climáticas no Brasil continuam sendo um desafio para agricultores e pecuaristas, com a instabilidade marcando presença em vastas áreas do território nacional. Segundo a análise da mais recente imagem de satélite, espera-se que o tempo mantenha-se instável em boa parte do país. Assista ao vídeo abaixo para os detalhes.

Em especial, a atenção volta-se para a metade norte do Brasil, bem como para regiões selecionadas no sul e sudeste, onde a chegada de uma frente fria promete trazer novas ondas de chuvas volumosas.

Para esta quinta-feira, espera-se chuvas espalhadas na metade norte do País, com áreas especificadas no mapa indicando precipitações entre 20 a 50mm.

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Subtítulo 1

Vastas áreas do Brasil Central devem enfrentar um período mais seco, com elevação nas temperaturas. Prevê-se máxima de até 39°C em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, refletindo uma tendência de intenso calor que deve persistir na região. Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso e sul de Goiás são áreas de especial atenção, com a previsão de temperaturas acima dos 37°C nos próximos dias e escassa probabilidade de chuva.

Subtítulo 2

Nos próximos dias, os destaques climáticos recaem sobre a região norte, com o Amazonas preparando-se para receber volumes de chuva superiores a 90 mm, aumentando o risco de enchentes e transtornos correlatos. Enquanto isso, o Sudeste e partes da metade norte do Brasil ainda esperam chuvas moderadas a fortes, com volumes na casa dos 40 a 50 mm. A irregularidade no regime de chuvas e o aumento das temperaturas reforçam a necessidade de estratégias adaptadas e resiliência por parte dos agricultores brasileiros.

Subtítulo 3

Neste cenário incerto, destaca-se a cidade de Bela Vista, Mato Grosso do Sul, que enfrenta chuvas irregulares e mal distribuídas. Intervaladas por períodos de seca intensa e calor excessivo, essas condições já começam a prejudicar o desenvolvimento das lavouras locais. Previsões estendidas até o dia 27 de maio indicam menos de 190 mm de precipitação total, sugerindo a continuidade desse padrão desfavorável aos agricultores. A recomendação é de preparo para uma estação de chuvas escassas e flutuações extremas na temperatura.

Subtítulo 4

Os desafios impostos pela instabilidade climática exigem um planejamento antecipado e a adoção de técnicas de manejo que possam mitigar os impactos adversos à produção agrícola e à pecuária. Monitoramento constante, uso de previsões de longo prazo e preparação para eventos extremos são essenciais para manter a sustentabilidade das operações agropecuárias no atual cenário climático.

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Subtítulo 5

A resiliência e adaptabilidade dos agricultores diante das adversidades climáticas são cruciais para garantir a continuidade das atividades agropecuárias. Monitoramento constante e planejamento estratégico são fundamentais para enfrentar as variações climáticas e garantir a sustentabilidade das operações no campo. A busca por soluções inovadoras e a utilização de tecnologias de previsão são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelo clima instável no Brasil.

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Impactos futuros do clima

Os desafios impostos pela instabilidade climática exigem um planejamento antecipado e a adoção de técnicas de manejo que possam mitigar os impactos adversos à produção agrícola e à pecuária. Monitoramento constante, uso de previsões de longo prazo e preparação para eventos extremos são essenciais para manter a sustentabilidade das operações agropecuárias no atual cenário climático.

Nos próximos dias, os destaques climáticos recaem sobre a região norte, com o Amazonas preparando-se para receber volumes de chuva superiores a 90 mm, aumentando o risco de enchentes e transtornos correlatos. Enquanto isso, o Sudeste e partes da metade norte do Brasil ainda esperam chuvas moderadas a fortes, com volumes na casa dos 40 a 50 mm.

A irregularidade no regime de chuvas e o aumento das temperaturas reforçam a necessidade de estratégias adaptadas e resiliência por parte dos agricultores brasileiros.

Preparação para o clima adverso

Os agricultores brasileiros precisam estar preparados para lidar com as mudanças climáticas e seus impactos na produção agrícola e pecuária. A adoção de práticas sustentáveis e o monitoramento constante das condições meteorológicas são fundamentais para minimizar os danos e garantir a produtividade no campo. A resiliência e a capacidade de adaptação serão essenciais para enfrentar os desafios climáticos futuros.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre as Condições Climáticas no Brasil

O que esperar das condições climáticas no Brasil?

As condições climáticas no Brasil continuam instáveis, com chuvas volumosas em algumas regiões e períodos de seca em outras partes do país.

Quais regiões do Brasil estão sob alerta de chuvas intensas?

Principalmente a metade norte do país, juntamente com áreas selecionadas no sul e sudeste que estão recebendo ondas de chuvas volumosas.

Qual é a previsão para as regiões do centro-sul do Brasil?

Regiões como Santa Catarina, Paraná, leste de São Paulo, Rio de Janeiro e Zona da Mata mineira devem esperar volumes de chuva acima de 20 a 30mm.

Quais regiões do Brasil Central estão enfrentando uma onda de calor e seca?

Áreas como Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás estão com previsão de altas temperaturas acima de 37°C e baixa probabilidade de chuva.

Como os agricultores brasileiros estão lidando com os impactos adversos das condições climáticas?

Os agricultores precisam adotar estratégias adaptadas e resiliência para mitigar os impactos adversos à produção agrícola e pecuária, como monitoramento constante e preparação para eventos extremos.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

As condições climáticas no Brasil continuam sendo um desafio para agricultores e pecuaristas, com a instabilidade marcando presença em vastas áreas do território nacional. Segundo a análise da mais recente imagem de satélite, espera-se que o tempo mantenha-se instável em boa parte do país. Assista ao vídeo abaixo para os detalhes.

INSTABILIDADE CLIMÁTICA PERSISTE: SAIBA COMO ISSO IMPACTA A AGROPECUÁRIA

Em especial, a atenção volta-se para a metade norte do Brasil, bem como para regiões selecionadas no sul e sudeste, onde a chegada de uma frente fria promete trazer novas ondas de chuvas volumosas.

Para esta quinta-feira, espera-se chuvas espalhadas na metade norte do País, com áreas especificadas no mapa indicando precipitações entre 20 a 50mm.

No centro-sul, particularmente em Santa Catarina, Paraná, leste de São Paulo, Rio de Janeiro e na Zona da Mata mineira, volumes de chuva acima de 20 a 30mm são antecipados.

Onda de calor e seca no Brasil Central

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Impactos na agropecuária com instabilidade climática - descubra mais! 10

Em contraste, vastas áreas do Brasil Central devem enfrentar um período mais seco, com elevação nas temperaturas.

Prevê-se máxima de até 39°C em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, refletindo uma tendência de intenso calor que deve persistir na região.

Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso e sul de Goiás são áreas de especial atenção, com a previsão de temperaturas acima dos 37°C nos próximos dias e escassa probabilidade de chuva.

Impactos futuros do clima

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Impactos na agropecuária com instabilidade climática - descubra mais! 11

Nos próximos dias, os destaques climáticos recaem sobre a região norte, com o Amazonas preparando-se para receber volumes de chuva superiores a 90 mm, aumentando o risco de enchentes e transtornos correlatos.

Enquanto isso, o Sudeste e partes da metade norte do Brasil ainda esperam chuvas moderadas a fortes, com volumes na casa dos 40 a 50 mm.

A irregularidade no regime de chuvas e o aumento das temperaturas reforçam a necessidade de estratégias adaptadas e resiliência por parte dos agricultores brasileiros.

Os desafios impostos pela instabilidade climática exigem um planejamento antecipado e a adoção de técnicas de manejo que possam mitigar os impactos adversos à produção agrícola e à pecuária.

Monitoramento constante, uso de previsões de longo prazo e preparação para eventos extremos são essenciais para manter a sustentabilidade das operações agropecuárias no atual cenário climático.

Bela Vista em alerta

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Impactos na agropecuária com instabilidade climática - descubra mais! 12

Neste cenário incerto, destaca-se a cidade de Bela Vista, Mato Grosso do Sul, que enfrenta chuvas irregulares e mal distribuídas.

Intervaladas por períodos de seca intensa e calor excessivo, essas condições já começam a prejudicar o desenvolvimento das lavouras locais.

Previsões estendidas até o dia 27 de maio indicam menos de 190 mm de precipitação total, sugerindo a continuidade desse padrão desfavorável aos agricultores.

A recomendação é de preparo para uma estação de chuvas escassas e flutuações extremas na temperatura.

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O mercado de insumos e seus impactos na produção de leite

A produção de leite é complexa porque depende de um sistema de produção que reúne um grande conjunto de variáveis ​​biológicas e econômicas.

Este sistema bioeconômico tem na alimentação de vacas leiteiras uma das variáveis ​​mais importantes.

Sem alimentação adequada, o animal não consegue expressar seu potencial produtivo, no caso, a produção de leite, e certamente traz prejuízos ao produtor.

A alimentação dos animais, além de implicar na produção, tem impactos fortes e evidentes na saúde do animal e na sua capacidade reprodutiva.

Assim, o acompanhamento do desempenho dos principais alimentos (milho e soja) para a produção de leite lança luz sobre o que o produtor de leite terá que enfrentar, num futuro próximo, em sua atividade.

O custo de alimentação do rebanho impacta de 40 a 60% no custo total da produção de leite, dependendo do tipo de sistema de produção e dos preços relativos na região considerada.

As rações concentradas têm papel fundamental na alimentação animal e são produzidas principalmente com milho e soja, sendo que o primeiro fornece energia e o segundo fornece proteína, ambos essenciais para o desempenho do animal.

Desta forma, conhecer as previsões sobre a produção e o preço esperado dessas duas safras é relevante pois certamente impactará no custo da futura produção de leite e, consequentemente, na rentabilidade da propriedade.

As projeções para a produção de milho no Brasil para a safra 2022/2023, segundo a CONAB, são de 125,5 milhões de toneladas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também indica um crescimento de cerca de 8,62% na produção brasileira de milho.

Esse crescimento deve-se ao aumento de 4,12% na área plantada e ao aumento de 4,32% na produtividade. Espera-se uma produção de cerca de 126 milhões de toneladas para a safra 2022/2023.

Internacionalmente, a previsão é de queda na produção mundial de 3%, com os Estados Unidos apresentando uma redução de 7,75% e a União Europeia de 17,16%.

A redução da produção mundial sustentará os preços internacionais e a redução da produção nos Estados Unidos e na Ucrânia (-25,22%), grandes exportadores de milho, abrirá espaço para as exportações brasileiras, estimadas em 46 milhões de toneladas. .

Em termos de finanças globais, o aumento das taxas de juros nos principais mercados mundiais normalmente leva os fundos de investimento a retirar parte de seu capital do mercado de commodities agrícolas, no qual se inclui o milho, criando um vetor de queda nos preços dessa importante commodity.

Mesmo com a previsão de aumento das importações brasileiras de milho, esperadas em 1,3 milhão de toneladas, o país retirará do mercado interno, via exportação, um superávit de mais de 44,7 milhões de toneladas, criando sustentação para os preços do milho no mercado interno.

De março a julho deste ano, os preços do milho vinham caindo, mas o cenário se inverteu e os preços voltaram a subir.

Vale ressaltar que a partir de agosto, os preços voltaram a subir nos principais países exportadores, incluindo o Brasil.

O consumo brasileiro de milho está previsto em 77 milhões de toneladas com estoque final de 7,95 milhões de toneladas, um aumento de 70,92% em relação ao ano anterior.

Outro cultura relevante para alimentação animal é a soja, utilizado na composição de alimentos concentrados, basicamente fornecendo proteína.

As projeções para a produção de soja para a safra 2022/2023 apontam para um cenário recorde de produção.

Na perspectiva da Conab, a produção brasileira deve chegar a 150,36 milhões de toneladas de soja para a próxima safra. O USDA também indica um crescimento em torno de 18,25% na produção brasileira de soja.

Esse crescimento se deve ao Aumento de 2,4% na área plantada e de 15,63% na produtividade.

A produção da ordem de 149 milhões de toneladas está prevista para a safra 2022/2023. Internacionalmente, a previsão é de alta de 10,34%, destacando-se, além do Brasil, Argentina (15,91), China (12,20%) e Paraguai (138,10%).

O aumento da produção mundial deve manter os preços internacionais sem grande sustentação, apesar da redução da produção nos Estados Unidos (-1,29%), grande exportador de oleaginosas.

Em resposta às expectativas de produção a partir de maio deste ano, os preços da soja no mercado internacional perderam força e vêm caindo a cada mês..

Como pode ser notado, Não se espera uma pressão crescente sobre os custos de produção de leite a partir de rações concentradas (soja e milho).

Deve-se considerar que a soja deve manter ou baixar ainda mais seu preço devido ao forte aumento esperado na produção e o milho não deve ter aumentos substanciais com a comercialização da boa safra brasileira.

Considerando que os preços internacionais das principais commodities lácteas estão em desaceleração e os próximos meses são para a safra de leite no Brasil, é de se esperar uma pressão negativa sobre os preços pagos aos produtores.

O equilíbrio entre os custos de produção e o preço recebido favorecerá os produtores mais eficientes e aqueles que buscam otimizar os fatores de produção existentes na propriedade.

Mas é É importante notar que mesmo que haja alguma desaceleração nos custos, eles ainda devem permanecer em um patamar mais elevado sendo um desafio para o equilíbrio das contas do produtor.

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Descubra os impactos da mobilização dos fiscais agropecuários!

Acrimat se pronuncia sobre paralisação dos Auditores Fiscais Agropecuários

Neste post, vamos analisar a posição da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) diante da paralisação anunciada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). Vamos entender a importância da reivindicação dos profissionais de fiscalização, os impactos na produção agropecuária e na economia brasileira, além das ações tomadas pelas entidades envolvidas. Continue lendo para saber mais.

Reivindicação dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários

A Acrimat destaca a importância da reivindicação dos profissionais de fiscalização em busca de equiparação salarial e melhoria das condições de trabalho dos Fiscais Federais Agropecuários. Reconhecemos que tais pleitos são justos e devem ser reivindicados, desde que não comprometam a atividade agropecuária, quer seja em qualquer de suas fases: produção, industrialização, transporte ou distribuição

Impactos da Paralisação na Produção e na Economia

Segundo a Acrimat, a paralisação dos Auditores Fiscais Agropecuários afetará diretamente a produção agropecuária e prejudicará as exportações de carne e produtos perecíveis, impactando negativamente toda a economia do país. Os efeitos iniciais já se fazem sentir na linha de produção, refletindo no prolongamento da espera dos embarques e na retenção de animais de confinamento prontos para entrega. É crucial ressaltar que a escala de abate já estava estendida nas últimas semanas e, com essa paralisação, os prejuízos se agravarão, repercutindo de forma mais expressiva na economia do Brasil.

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Desenvolvimento

Segundo a Acrimat, a paralisação anunciada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) pode afetar diretamente a produção e as exportações de carne, prejudicando toda a economia. Animais de confinamento prontos para entrega ficarão retidos aguardando liberação, impactando a cadeia produtiva. Além disso, a operação que atrasa a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para embarques de produtos afeta gravemente os setores de proteína animal, colocando em risco cargas vivas e comprometendo a importação e exportação de material genético sensível ao tempo de trânsito.

Impacto na oferta de produtos e necessidade de solução

A paralisação dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários pode impactar a oferta de produtos nos próximos dias e comprometer a economia do país. A busca por uma solução é urgente, pois a continuidade desse movimento pode resultar em prejuízos ainda maiores para toda a cadeia de produção de alimentos. É fundamental que o Governo Federal se empenhe na resolução desse impasse, visando atender às demandas dos auditores e garantir a continuidade das atividades agropecuárias sem maiores transtornos.

Situação atual e perspectivas futuras

Diante da situação atual, é crucial que haja diálogo entre as partes envolvidas para encontrar uma solução que beneficie tanto os auditores fiscais quanto os setores de produção de alimentos. O comprometimento do Ministro da Agricultura e Pecuária em buscar alternativas para reduzir os impactos à produção é um passo positivo nesse processo. Espera-se que a reunião agendada para o próximo dia 29 de fevereiro resulte em um acordo que atenda às reivindicações dos servidores, evitando assim maiores prejuízos e assegurando o funcionamento regular das atividades agropecuárias do país.

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Conclusão

Em meio a essa paralisação dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, é fundamental encontrar um equilíbrio que atenda tanto às reivindicações dos profissionais quanto à continuidade das atividades agropecuárias. A pressão exercida pelo movimento já começa a impactar diversos setores da economia, destacando a importância de uma resolução rápida e eficaz para evitar prejuízos ainda maiores. Espera-se que o compromisso do Ministro da Agricultura em buscar uma solução seja concretizado na reunião agendada, visando evitar danos significativos à produção de alimentos do Brasil e garantir a valorização da carreira dos auditores fiscais.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Paralisação dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários: Impactos e Reivindicações

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) se pronunciou sobre a paralisação anunciada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), destacando a importância dos pleitos dos profissionais da fiscalização para a equiparação salarial e melhoria das condições de trabalho. No entanto, a continuidade desse movimento pode afetar diretamente a produção e exportações do setor agropecuário, impactando negativamente a economia como um todo.

FAQs

1. Qual é a posição da Acrimat em relação à paralisação dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários?

A Acrimat reconhece a importância das reivindicações dos profissionais da fiscalização, mas ressalta que a continuidade da paralisação pode prejudicar a atividade agropecuária e a economia em geral.

2. Quais os impactos da paralisação na produção e exportações do setor agropecuário?

A paralisação pode causar atrasos nos embarques, retenção de animais prontos para entrega e prejuízos na economia do país, especialmente nas exportações de carne e produtos perecíveis.

3. Como as agroindústrias estão sendo afetadas pela paralisação dos auditores fiscais federais?

As agroindústrias enfrentam dificuldades com a operação que atrasa a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para embarques de produtos, o que prejudica a oferta de produtos e a importação/exportação de material genético sensível ao tempo.

4. Qual é o posicionamento da ABPA em relação à paralisação dos auditores fiscais federais?

A ABPA alerta para os impactos severos da paralisação nos setores de proteína animal, pedindo a valorização da carreira dos auditores e busca de soluções que reduzam os prejuízos à produção de alimentos do Brasil.

5. Qual é a estratégia dos auditores fiscais federais para pressionar o governo?

Os auditores fiscais federais iniciaram a “Operação Reestruturação” desde janeiro, buscando pressionar o governo a apresentar um acordo que atenda às demandas de reestruturação da carreira.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) manifestou nesta quarta-feira (21/2), em nota oficial, sua posição diante da paralisação anunciada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).

“A Acrimat destaca a importância da reivindicação dos profissionais de fiscalização em busca de equiparação salarial e melhoria das condições de trabalho dos Fiscais Federais Agropecuários. Reconhecemos que tais pleitos são justos e devem ser reivindicados, desde que não comprometam a atividade agropecuária, quer seja em qualquer de suas fases: produção, industrialização, transporte ou distribuição”, relata a nota, assinada pelo presidente Oswaldo Ribeiro Junior.

ENTENDA | Auditores agropecuários vão intensificar mobilização após governo não atender pleito para reestruturação da carreira

 

Segundo a Acrimat, além de afetar diretamente a produção, a continuidade desse movimento prejudicará as exportações de carne e a saída de produtos perecíveis, impactando negativamente toda a economia.

“Os efeitos iniciais já se notam na linha de produção, refletindo no prolongamento da espera dos embarques. Animais de confinamento prontos para entrega ficarão retidos aguardando liberação. É crucial ressaltar que a escala de abate já estava estendida nas últimas semanas e, com essa paralisação, os prejuízos se agravarão, repercutindo de forma mais expressiva na economia do país”, destaca a associação.

Posicionamento da ABPA – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que as agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de aves, carne suína e ovos do Brasil estão enfrentando dificuldades diante da mobilização dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs) com a operação que atrasa a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para embarques de produtos.

“A operação penaliza severamente os setores de proteína animal, que sempre defenderam publicamente a valorização da carreira dos auditores. De imediato, a operação coloca em risco cargas vivas e compromete a importação e exportação de material genético, que são altamente sensíveis ao tempo de trânsito. No curto prazo, o retardo das linhas de produção provocado pelo movimento poderá impactar a oferta de produtos”, alerta a ABPA, em comunicado à imprensa.

A ABPA ressalta a constante disponibilidade do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em buscar uma solução que reduza os impactos à produção de alimentos do Brasil, ao mesmo tempo em que espera do Governo Federal total empenho para a solução e o atendimento às demandas dos auditores, evitando a continuidade de uma situação que atinge em cheio produtores de alimentos de todo o país sob inspeção federal.

De acordo com a Anffa Sindical, durante reunião nesta quarta-feira (21), Fávaro se comprometeu a participar de uma reunião no próximo dia 29 de fevereiro com os auditores fiscais federais agropecuários no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Neste novo encontro, informa o sindicato, o ministro disse que apoiará no que for possível o pleito dos servidores, que pedem a reestruturação da carreira.

Desde o dia 22 de janeiro, após decisão em assembleia, os servidores da área promovem a chamada “Operação Reestruturação” como forma de pressionar o governo a apresentar um acordo à reivindicação.

Fontes: Ascom Acrimat, ABPA e Anffa Sindical

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Lavoura-pecuária: redução de fertilizantes.

Bioma Cerrado: Alternativas para a Redução das Emissões de GEE

O Bioma Cerrado, conhecido por sua riqueza e biodiversidade, apresenta desafios ambientais e de sustentabilidade para a agricultura. Diante desse cenário, um estudo conduzido pela Embrapa traz à tona alternativas e soluções para a redução das emissões de óxido nitroso (N2O) e para a diminuição da aplicação de fósforo e potássio nos sistemas de lavouras.

Benefícios dos Sistemas Integrados

Os sistemas integrados de produção agropecuária apresentam potenciais benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a produtividade agrícola. Se comparados a sistemas de lavouras contínuas, esses sistemas podem auxiliar na redução das emissões de óxido nitroso e na diminuição das doses de fósforo e potássio aplicadas, conforme constatado em um experimento de longa duração conduzido pela Embrapa.

Relevância dos Resultados para a Agricultura

Os resultados encontrados no estudo têm extrema relevância para a agricultura, não somente no Brasil, mas também em escala global. Considerando a crise mundial de fertilizantes e a necessidade de mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa, os sistemas integrados se mostram como alternativas promissoras e eficazes.

Impacto dos Sistemas Integrados

O estudo comprova que a adoção de sistemas integrados, aliada à redução das doses de fósforo e potássio, é capaz de mitigar as emissões de óxido nitroso. Portanto, a implementação de tecnologias sustentáveis e a adoção de práticas alternativas na agricultura se tornam importantes ferramentas para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade no campo.

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Resultados do Estudo em Sistemas Integrados

Os sistemas de lavoura contínua, sem a presença da pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada em relação aos sistemas que receberam metade da dose, aplicadas como fertilização de manutenção, conforme resultados obtidos em experimento de longa duração conduzido na Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013. O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa.

Redução das Emissões de N2O

O sistema integrado na modalidade “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira. “Confirmamos a hipótese de que com a adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura é possível reduzir a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes”, afirma Marchão.

Mensuração das Emissões

Os fluxos diários de óxido nitroso variaram de −5,33 a 73,51 µg N2O/m2/h no primeiro ano agrícola e de -3,27 a 77,17 µg N2O/m2/h no segundo – fluxos com valores positivos significam emissões do GEE para a atmosfera, enquanto valores negativos representam sequestro do gás. Segundo os pesquisadores, apesar de não serem tão altos, esses valores já são preocupantes no contexto das mudanças climáticas.

Relevância dos Sistemas Integrados para a Agricultura

“Nossos resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo”, concluem os autores.

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Benefícios dos Sistemas Integrados de Produção

Os sistemas integrados de produção demonstram eficiência na mitigação de emissões de N2O, assim como na redução das aplicações de fósforo e potássio em comparação com sistemas de lavouras contínuas. Esses resultados são extremamente relevantes e promissores para a agricultura mundial, principalmente em um contexto de crise climática e de fertilizantes. Ao apostar e investir em sistemas integrados, a agricultura tem a oportunidade de se adequar aos desafios e mudanças globais.

Tecnologia Importante para as Mudanças Climáticas

Os sistemas integrados já são uma realidade no Brasil e representam uma das principais estratégias para mitigar as emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola. A busca por políticas de pagamento por serviços ambientais e a possibilidade de negociar carbono excedente em mercados público e privado aumentam ainda mais a viabilidade da adoção de sistemas integrados, tornando a agricultura mais resiliente e sustentável.

Alinhamento aos ODS O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). O alinhamento com tais objetivos indica o potencial dos sistemas integrados para contribuir com o combate à fome, a implementação de práticas agrícolas resilientes e o reforço na capacidade de adaptação às mudanças climáticas.

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Análise de Estudo Realizado pela Embrapa no Bioma Cerrado

Um estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado revelou que a adoção de sistemas integrados pode ser benéfica na redução das emissões de óxido nitroso (N2O) e na diminuição das aplicações de fósforo e potássio, se comparados a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com doses normalmente recomendadas desses nutrientes.

Emissões de GEE e Sistemas Integrados

O estudo comparou sistemas integrados com lavouras contínuas e observou que o pastejo na área do sistema ILP e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás em 59%. Esses resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo, principalmente em um cenário de crise mundial de fertilizantes.

O Estudo

No artigo Nitrous Oxide Emissions from a Long-Term Integrated Crop–Livestock System with Two Levels of P and K Fertilization, os pesquisadores da Embrapa Cerrados, em parceria com a Universidade de Brasília, discutem os resultados obtidos em um experimento de longa duração que avaliou as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em sistemas integrados e de lavouras contínuas.

Questões Ambientais

Além disso, os resultados sugerem que os sistemas integrados são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que os torna uma tecnologia importante para enfrentar as mudanças climáticas. Isso é especialmente relevante, dada a atual crise climática e a indústria global de fertilizantes.

FAQs sobre o Estudo

1. Quais os principais resultados do estudo?

Os resultados mostraram que os sistemas integrados, com metade da dose de fósforo e potássio, são mais eficientes na redução das emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes.

2. Por que os sistemas integrados são relevantes para a agricultura?

Considerando a crise mundial de fertilizantes, os sistemas integrados representam uma alternativa viável e importante para a redução das emissões de GEE e para a sustentabilidade da agricultura.

3. O que o estudo contribui para as mudanças climáticas?

O estudo contribui para a elaboração de métricas que possibilitam comparar sistemas tradicionais com sistemas integrados, oferecendo uma visão de como essas práticas agrícolas podem ser mais sustentáveis e eficientes na mitigação das mudanças climáticas.

4. Quais os impactos ambientais positivos dos sistemas integrados?

Os sistemas integrados, ao reduzirem as emissões de N2O, contribuem para metas de desenvolvimento sustentável, como garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos, assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis e tomar medidas urgentes para combater a mudança climática.

5. Qual o impacto dos sistemas integrados nas políticas públicas?

É esperado que a implementação de políticas de pagamento por serviços ambientais e a possibilidade de negociar o excedente do carbono em mercados públicos ou privados tornem ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

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Estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado mostra que a adoção de sistemas integrados pode ser benéfica tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) como na redução das aplicações de fósforo e potássio, se comparados a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normalmente recomendadas desses nutrientes.

Os sistemas de lavoura contínua, sem a presença da pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada em relação aos sistemas que receberam metade da dose, aplicadas como fertilização de manutenção, conforme resultados obtidos em experimento de longa duração conduzido na Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013. O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Para os autores do estudo, diante da crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

Os resultados da pesquisa estão publicados no artigo Nitrous Oxide Emissions from a Long-Term Integrated Crop–Livestock System with Two Levels of P and K Fertilization, que tem entre os autores os pesquisadores da Embrapa Cerrados Arminda Moreira de Carvalho, Alexsandra Duarte de Oliveira e Robélio Leandro Marchão, que trabalharam em parceria com a Universidade de Brasília.

“A relação entre as emissões de N2O e a fertilização nitrogenada, assim como as menores emissões de N2O resultantes da adoção de sistemas integrados, já estão bem documentadas na literatura científica. No entanto, ainda não havia informações disponíveis sobre a relação das emissões desses GEE com outros nutrientes comumente aplicados na lavoura, como fósforo e potássio,” argumentam os autores.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída (após vários anos de cultivo) é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação. Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de GEE.

No sistema integrado na modalidade “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira. “Confirmamos a hipótese de que com a adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura é possível reduzir a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes”, afirma Marchão.

Estudo comparou dois sistemas com diferentes históricos de adubação Para testar essa hipótese, foram avaliadas as emissões de N2O, variáveis edafoclimáticas (de clima e solo), atributos químicos do solo, a produção de resíduos vegetais, o rendimento de grãos e a emissão relativa (kg de N2O emitido por kg de grãos produzido). As avaliações foram realizadas nos sistemas integrados em comparação a sistemas de lavouras contínuas, ambos em dois níveis de fertilidade e com diferentes históricos de adubação. Os sistemas avaliados fazem parte do experimento mais antigo de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) do Brasil, implantado na Embrapa Cerrados em 1991. O estudo foi realizado durante dois anos agrícolas consecutivos, durante a fase lavoura dos sistemas integrados, rotacionados a cada quatro anos entre lavoura e pecuária (pastagem). Desde a implantação do experimento de ILP, as áreas foram conduzidas sob dois níveis de fertilização fosfatada e potássica. Dessa forma, foram estabelecidos quatro contrastes entre sistemas: lavouras contínuas adubadas com metade das doses recomendadas de fósforo e potássio; lavouras contínuas nas doses recomendadas de fósforo e potássio; sistema ILP com metade das doses recomendadas de fósforo e potássio; e sistema ILP nas doses recomendadas de P e K. Uma área de Cerrado nativo adjacente foi utilizada como referência para monitoramento da emissão de óxido nitroso. No primeiro ano do estudo, em ambos os sistemas (ILP e lavoura contínua) a cultura de soja foi sucedida pelo pousio devido à escassez de chuva que inviabilizou o cultivo da segunda safra. No segundo ano, no sistema ILP, foi realizado, após a colheita da soja, por meio do plantio do sorgo de segunda safra em consórcio com Panicum maximum BRS Tamani para pastejo na entressafra. Já nas áreas de lavoura contínua, o sorgo foi plantado na entressafra da soja, sendo consorciado com um mix de espécies de plantas de cobertura – capim pé-de-galinha (Eleusine coracana), capim braquiária (Brachiaria brizantha cv. Paiaguás), feijão-guandu (Cajanus cajan IAPAR 43), crotalária (Crotalaria spectabilis) e nabo-forrageiro (Raphanus sativus). Sistema integrado apresentou menores valores para emissões de N2O diárias e acumuladas As emissões de N2O foram medidas ao longo de 603 dias, totalizando 78 campanhas de coleta de gases. As amostragens do gás foram realizadas com o uso de câmaras estáticas instaladas em cada sistema de manejo. Os fluxos diários de óxido nitroso variaram de −5,33 a 73,51 µg N2O/m2/h no primeiro ano agrícola e de -3,27 a 77,17 µg N2O/m2/h no segundo – fluxos com valores positivos significam emissões do GEE para a atmosfera, enquanto valores negativos representam sequestro do gás. Segundo os pesquisadores, apesar de não serem tão altos, esses valores já são preocupantes no contexto das mudanças climáticas. O maior fluxo diário de N2O foi observado no sistema lavoura contínua com as doses recomendadas de fósforo e potássio no segundo ano de avaliação. De acordo com o estudo, os fluxos mais altos de N2O foram registrados imediatamente após a semeadura e ao final do ciclo da soja, e após a adubação de cobertura nitrogenada do sorgo na segunda safra. As médias de fluxos diários de óxido nitroso no período analisado foram de 23,2 µg N2O/m2/h no sistema de lavoura contínua com a adubação recomendada, 16,9 N2O/m2/h no sistema de lavoura contínua com metade da adubação fosfatada e potássica, 14,3 µg N2O/m2/h no sistema integrado com adubação recomendada e 12,4 µg N2O/m2/h no sistema integrado com metade da dose, enquanto na vegetação nativa de Cerrado, a média diária de referência foi de 6,2 µg N2O/m2/h. O trabalho também mensurou as emissões acumuladas de N2O, considerando sistema e níveis de fertilidade. O sistema de lavoura contínua e dose recomendada (1,32 kg N2O/ha) emitiu mais N2O quando comparado ao sistema integrado com metade da dose (0,46 kg N2O/ha) no primeiro ano de avaliação, porém não diferiu dos demais sistemas no segundo ano, e ao considerar todo o período de avaliação (603 dias), continuou sendo o sistema que mais emitiu (2,74 kg N2O/ha), enquanto o sistema integrado com metade da dose contribuiu no mesmo período com 1,12 kg N2O/ha, ou seja 59% menos. “Esse resultado possivelmente é explicado pelo pastejo em anos anteriores a esse estudo nos sistemas ILP, o que, associado à fertilização de fósforo e potássio no sistema integrado com metade da dose, resultou em menor quantidade de resíduos culturais. Isso provocou aumento da mineralização e menor disponibilidade do nitrogênio. Em consequência, houve mitigação de N2O”, explica Arminda Carvalho. Nos demais sistemas, as emissões acumuladas no período estudado foram de 1,62 kg N2O/ha (lavoura contínua com metade da dose), 1,41 kg N2O/ha (no sistema integrado e dose recomendada) e de 0,38 kg N2O/ha no Cerrado nativo.

“Nossos resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo”, concluem os autores.

Tecnologia importante para as mudanças climáticas

Os sistemas integrados já são uma realidade no Brasil e representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola. A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

“Para isso, é necessário estabelecer métricas que possibilitem comparar sistemas tradicionais, como lavouras continuas de grãos, ou de pecuária, com os intensificados, como os de Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Nesse sentido, nosso estudo contribui para a elaboração dessas métricas”, finalizam os autores.

Alinhamento aos ODS O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Meta 2.4: Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo. Objetivo 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Meta 12.2: Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais. Objetivo 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos. Meta 13.1: Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países.

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Integração lavoura-pecuária: benefícios surpreendentes!

Integração lavoura-pecuária: uma solução para reduzir o uso de fertilizantes e mitigar impactos no clima

Você já parou para pensar como a interação entre a lavoura e a pecuária pode influenciar a redução no uso de fertilizantes e mitigar os impactos no clima? Um estudo da Embrapa no Bioma Cerrado revelou que a adoção de sistemas integrados de lavoura-pecuária pode trazer benefícios significativos nesse sentido.

Neste post, vamos explorar os resultados desse estudo, destacando como a integração lavoura-pecuária pode contribuir para a diminuição das emissões de óxido nitroso e a redução das aplicações de fósforo e potássio, em comparação com os sistemas de lavouras contínuas. Além disso, vamos discutir o papel desses sistemas como uma tecnologia importante para enfrentar as mudanças climáticas, conforme previsto no Plano ABC+, a política pública brasileira para mitigar emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola.

Prepare-se para descobrir como a integração lavoura-pecuária pode ser uma solução sustentável e eficaz para os desafios ambientais e agrícolas atuais. E não deixe de conferir os insights dos pesquisadores da Embrapa sobre o assunto, que certamente vão abrir novos horizontes para a agricultura no Brasil e no mundo.
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Resultado do Estudo na Embrapa

O estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado revelou que a adoção de sistemas integrados de lavoura-pecuária pode trazer benefícios significativos. Em comparação com sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com doses normalmente recomendadas de fósforo e potássio, os sistemas integrados mostraram uma redução nas emissões de óxido nitroso (N2O) e uma diminuição nas aplicações de tais nutrientes.

Relação entre Emissões e Fertilização

Os sistemas de lavoura contínua com fertilização normal apresentaram emissões elevadas de N2O. No entanto, os sistemas integrados com metade da dose de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa em 59%.

Benefícios dos Sistemas Integrados

Os sistemas integrados são mais eficientes na utilização de nutrientes, reduzindo a necessidade de doses de fósforo e potássio. Além disso, a rotação entre lavoura e pastagem traz benefícios para a qualidade do solo, incluindo a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo.

Tecnologia para Mudanças Climáticas

Os sistemas integrados representam uma tecnologia importante para enfrentar as mudanças climáticas e são uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+ brasileiro para mitigar as emissões de GEE no setor agrícola. A implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possibilidade de negociar o excedente do carbono em mercados públicos ou privados tornarão ainda mais atrativa a adoção desses sistemas.
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Benefícios da Integração Lavoura-Pecuária na Mitigação de Impactos Climáticos

O estudo recente da Embrapa revela que os sistemas integrados de lavoura-pecuária têm o potencial de reduzir as emissões de N2O e também a necessidade de aplicação de fósforo e potássio, em comparação com os sistemas de lavoura contínua. Esses resultados têm grande relevância para a agricultura brasileira e mundial, especialmente em um contexto de crise climática e na indústria global de fertilizantes. Os sistemas integrados representam uma tecnologia importante para enfrentar as mudanças climáticas e há expectativas de que políticas públicas de pagamento por serviços ambientais tornem ainda mais atraente a adoção desses sistemas. Portanto, é essencial estabelecer métricas que possibilitem comparar os diferentes tipos de sistemas, contribuindo para a elaboração de políticas mais eficientes e sustentáveis. Essas descobertas reforçam a importância da integração lavoura-pecuária como uma estratégia eficaz na mitigação dos impactos climáticos.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Estudo mostra que Integração Lavoura-Pecuária pode reduzir uso de fertilizantes e mitigar impactos no clima

Um estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado revelou que a adoção de sistemas integrados de lavoura-pecuária pode trazer benefícios tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) quanto na redução das aplicações de fósforo e potássio. Os resultados apontam que a modalidade ILP, com metade da dose de P e K, pode ser mais eficiente em mitigar as emissões de gases de efeito estufa em comparação com lavouras contínuas que recebem doses mais elevadas desses nutrientes. Além disso, o pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do N2O em 59%.

Análise do Estudo e Resultados

O estudo partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação. A rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, protegendo a matéria orgânica, melhorando o funcionamento biológico do solo e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

Tecnologia Importante para as Mudanças Climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas e são uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+ brasileiro para mitigação das emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola. A implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possibilidade de negociar o excedente de carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

Perguntas Frequentes

1. Como a Integração Lavoura-Pecuária pode reduzir o uso de fertilizantes?

O sistema integrado permite a ciclagem de nutrientes de forma mais eficiente, reduzindo a necessidade de altas doses de fósforo e potássio aplicadas na lavoura. Além disso, o pastejo na área do sistema ILP pode reduzir as emissões acumuladas de N2O em até 59%.

2. Quais são os benefícios da rotação entre lavoura e pastagem?

A rotação entre lavoura e pastagem traz benefícios para a qualidade do solo, protegendo a matéria orgânica, melhorando o funcionamento biológico do solo e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

3. Em que consiste o sistema integrado na modalidade “boi safrinha”?

No sistema integrado na modalidade “boi safrinha”, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

4. Por que os sistemas integrados são considerados uma tecnologia importante para as mudanças climáticas?

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas e são uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+ brasileiro para mitigação das emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola.

5. Como os resultados do estudo podem beneficiar a agricultura no Brasil e no mundo?

Os resultados do estudo são relevantes no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, pois apontam que os sistemas integrados, com doses reduzidas de fósforo e potássio, são mais efetivos em mitigar as emissões de N2O, o que é de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

(Por Embrapa)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado mostra que a adoção de sistemas integrados de lavoura-pecuária pode ser benéfica tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) como na redução das aplicações de fósforo e potássio, se comparados a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normalmente recomendadas desses nutrientes.

Os sistemas de lavoura contínua, sem a presença da pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada em relação aos sistemas que receberam metade da dose, aplicadas como fertilização de manutenção, conforme resultados obtidos em experimento de longa duração conduzido na Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013. O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Para os autores do estudo, diante da crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

“A relação entre as emissões de N2O e a fertilização nitrogenada, assim como as menores emissões de N2O resultantes da adoção de sistemas integrados, já estão bem documentadas na literatura científica. No entanto, ainda não havia informações disponíveis sobre a relação das emissões desses GEE com outros nutrientes comumente aplicados na lavoura, como fósforo e potássio,” argumentam os autores.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída (após vários anos de cultivo) é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação. Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de GEE.

No sistema integrado na modalidade “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira. “Confirmamos a hipótese de que com a adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura é possível reduzir a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes”, afirma Marchão.

“Nossos resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo”, concluem os autores.

Tecnologia importante para as mudanças climáticas

Os sistemas integrados já são uma realidade no Brasil e representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola. A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

“Para isso, é necessário estabelecer métricas que possibilitem comparar sistemas tradicionais, como lavouras continuas de grãos, ou de pecuária, com os intensificados, como os de Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Nesse sentido, nosso estudo contribui para a elaboração dessas métricas”, finalizam os autores.

(Por Embrapa)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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Lavoura-pecuária: menos fertilizantes, clima mitigado?

Integração lavoura-pecuária: a solução para reduzir emissões de N2O e o uso de fertilizantes

Agricultores e pesquisadores buscam constantemente novas técnicas e sistemas que possam contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a otimização do uso de insumos agrícolas. Nesse contexto, o sistema de Integração lavoura-pecuária (ILP) tem se destacado como uma alternativa promissora para atingir esses objetivos.

Benefícios da ILP na redução das emissões de N2O e do uso de fertilizantes

O sistema de ILP, além de promover a integração entre lavoura e pecuária, tem demonstrado benefícios significativos na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) e na redução das aplicações dos fertilizantes fósforo e potássio, em comparação aos sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normais recomendadas desses nutrientes. Esses resultados promissores têm despertado o interesse de agricultores e especialistas em todo o mundo.

Relevância e abordagem do artigo sobre ILP

Neste artigo, vamos analisar em detalhes os resultados de um estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília. A pesquisa, cujos resultados foram publicados no artigo “Nitrous Oxide Emissions from a Long-Term Integrated Crop–Livestock System with Two Levels of P and K Fertilization”, fornece insights valiosos sobre como a ILP pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e o uso mais eficiente de fertilizantes. Ao compreender melhor as vantagens desse sistema integrado, os agricultores poderão tomar decisões mais sustentáveis e produtivas em suas propriedades.

Desafios e oportunidades da ILP para a agricultura sustentável

Além de discutir os benefícios da ILP, abordaremos também os desafios e as oportunidades associados à implementação desse sistema, especialmente no contexto das mudanças climáticas e da crescente demanda por práticas agrícolas mais sustentáveis. Ao final deste artigo, esperamos que os leitores tenham uma compreensão aprofundada do potencial da Integração lavoura-pecuária e estejam motivados a explorar essa abordagem em suas próprias atividades agrícolas.

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Sistemas integrados fundamentais para mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola.

A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Integração lavoura-pecuária: fertilizantes e emissões

Os sistemas de lavoura contínua, sem pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada, em relação aos sistemas que receberam metade da dose aplicadas como fertilização de manutenção, segundo experimento da Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013.

O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Com a crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída, é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação.

Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

No sistema integrado “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira.

A adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura realmente reduz a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes.

Os resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

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### Sistemas integrados fundamentais para mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola. A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados. O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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FAQs sobre Integração lavoura-pecuária

1. O que é a Integração lavoura-pecuária (ILP)?

A Integração lavoura-pecuária (ILP) é um sistema que combina a produção de culturas agrícolas com a criação de gado, possibilitando a rotação entre lavouras e pastagem, trazendo benefícios para a qualidade do solo e redução das emissões de gases de efeito estufa.

2. Como a ILP contribui para a redução das emissões de óxido nitroso (N2O)?

O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Além disso, a rotação entre lavoura e pastagem estimula o sistema radicular da gramínea forrageira, aumentando a mineralização do nitrogênio e a ciclagem de nutrientes.

3. Quais são os benefícios da rotação entre lavoura e pastagem?

A rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, incluindo a proteção da matéria orgânica, melhoria do funcionamento biológico do solo e redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

4. Por que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo?

Os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo devido ao ciclo de nutrientes promovido pela rotação entre lavoura e pastagem, que estimula a ciclagem de nutrientes e aumenta a mineralização do nitrogênio.

5. Qual é a relevância da ILP no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes?

Os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, com metade da dose de fósforo e potássio, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que é de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo, especialmente em um contexto de crise mundial de fertilizantes.

Integração lavoura-pecuária: redução de fertilizantes e emissões de N2O

O sistema de Integração lavoura-pecuária (ILP) é uma estratégia que combina a produção de culturas agrícolas com a criação de gado, visando benefícios para o meio ambiente e a produção sustentável. Um estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília revelou que a ILP pode contribuir significativamente para a redução das emissões de óxido nitroso (N2O) e a diminuição das aplicações de fertilizantes fósforo e potássio, comparado a sistemas de lavouras contínuas. Os resultados desse estudo são de extrema relevância, especialmente em um momento de crise mundial de fertilizantes e crescimento das preocupações com as mudanças climáticas.

A rotação entre lavoura e pastagem, a eficiência na utilização dos nutrientes aplicados ao solo e os benefícios para a qualidade do solo colocam a ILP como uma das principais tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, alinhando-se com várias metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A implementação efetiva da ILP pode ser uma estratégia fundamental para a agricultura no Brasil e no mundo, contribuindo para a sustentabilidade do setor e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O sistema de Integração lavoura-pecuária (ILP) pode beneficiar tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) como na redução das aplicações dos fertilizantes fósforo e potássio, comparado a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normais recomendadas desses nutrientes.

O estudo vem sendo conduzido por pesquisadores da Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília e os resultados da pesquisa foram publicados no artigo Nitrous Oxide Emissions from a Long-Term Integrated Crop–Livestock System with Two Levels of P and K Fertilization.

Por reduzir a aplicação de fertilizantes, sistema ainda diminui emissões de óxido nitroso.Por reduzir a aplicação de fertilizantes, sistema ainda diminui emissões de óxido nitroso.
Por reduzir a aplicação de fertilizantes, sistema ainda diminui emissões de óxido nitroso. Foto: Divulgação

Integração lavoura-pecuária: fertilizantes e emissões

Os sistemas de lavoura contínua, sem pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada, em relação aos sistemas que receberam metade da dose aplicadas como fertilização de manutenção, segundo experimento da Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013.

O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Com a crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída, é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação.

Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

No sistema integrado “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira.

A adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura realmente reduz a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes.

Os resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

Rotação entre lavoura e pastagem melhora a qualidade do solo. Rotação entre lavoura e pastagem melhora a qualidade do solo.
Rotação entre lavoura e pastagem melhora a qualidade do solo. Foto: Divulgação

Sistemas integrados fundamentais para mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola.

A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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Integração lavoura-pecuária: como?

Benefícios dos Sistemas Integrados para a Redução das Emissões de Óxido Nitroso

Estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado mostra que a adoção de sistemas integrados pode ser benéfica tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) como na redução das aplicações de fósforo e potássio, se comparados a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normalmente recomendadas desses nutrientes. Os resultados obtidos em um experimento de longa duração mostram que o pastejo na área do sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Este estudo traz resultados especialmente relevantes diante da crise mundial de fertilizantes, apresentando a eficiência dos sistemas integrados na utilização dos nutrientes e na redução de GEE. Além disso, o trabalho contribui para o desenvolvimento de tecnologias importantes para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola.

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Sistema integrado apresentou menores valores para emissões de N2O diárias e acumuladas

O estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado revelou que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, reduzindo as emissões de óxido nitroso (N2O). Além disso, os sistemas integrados também apresentaram menores valores para emissões de N2O diárias e acumuladas em comparação com sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com doses normalmente recomendadas de fósforo e potássio. As emissões de N2O foram medidas ao longo de 603 dias, totalizando 78 campanhas de coleta de gases, e os resultados demonstraram que os sistemas integrados são uma tecnologia importante para enfrentar as mudanças climáticas.

Tecnologia importante para as mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola. A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados. Portanto, o estudo contribui para a elaboração de métricas que possibilitem comparar sistemas tradicionais com os intensificados, como os de Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, destacando a importância dessas tecnologias para enfrentar as mudanças climáticas.
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Integração Lavoura-Pecuária: Uma Estratégia Sustentável para a Agricultura

Os sistemas integrados já são uma realidade no Brasil e representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola. A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possibilidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados. Para isso, é necessário estabelecer métricas que possibilitem comparar sistemas tradicionais, como lavouras continuas de grãos, ou de pecuária, com os intensificados, como os de Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Nesse sentido, o estudo contribui para a elaboração dessas métricas.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Sistema integrado apresentou menores valores para emissões de N2O diárias e acumuladas

O estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado demonstrou que a adoção de sistemas integrados pode reduzir as emissões de óxido nitroso (N2O) em comparação com sistemas de lavouras contínuas. Além disso, o pastejo na área do sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio foram capazes de reduzir as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Isso demonstra a relevância dos sistemas integrados na agricultura, especialmente em tempos de crise mundial de fertilizantes.

Tecnologia importante para as mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas e são uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola. A implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possibilidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará a adoção de sistemas integrados ainda mais atrativa.

FAQs

1) Como os sistemas integrados impactam as emissões de óxido nitroso (N2O)?
– Os sistemas integrados podem reduzir as emissões de N2O em comparação com sistemas de lavouras contínuas, especialmente quando combinados com pastejo na área do sistema ILP e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio.

2) Qual a relação das emissões de óxido nitroso (N2O) com outros nutrientes?
– A relação das emissões de N2O com a fertilização nitrogenada é bem documentada, porém, ainda não havia informações disponíveis sobre a relação das emissões desses GEE com outros nutrientes comumente aplicados na lavoura, como fósforo e potássio. O estudo abordou essa lacuna.

3) O que são sistemas integrados na agricultura?
– Os sistemas integrados na agricultura combinam lavouras com pastagens, proporcionando diversos benefícios para a qualidade do solo e reduzindo as emissões de GEE. Além disso, promovem a ciclagem de nutrientes e estimulam os sistemas radiculares das plantas.

4) Qual é a importância dos sistemas integrados diante da crise mundial de fertilizantes?
– Os sistemas integrados se mostraram mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, reduzindo a necessidade de altas doses de fósforo e potássio. Isso é particularmente relevante em tempos de crise mundial de fertilizantes.

5) Qual é a contribuição dos sistemas integrados para enfrentar as mudanças climáticas?
– Os sistemas integrados são uma das tecnologias disponíveis para mitigar as emissões de GEE e representam uma estratégia importante no contexto das mudanças climáticas, podendo ser impulsionados por políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e mercado de carbono.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Estudo conduzido pela Embrapa no Bioma Cerrado mostra que a adoção de sistemas integrados pode ser benéfica tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) como na redução das aplicações de fósforo e potássio, se comparados a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normalmente recomendadas desses nutrientes.

Os sistemas de lavoura contínua, sem a presença da pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada em relação aos sistemas que receberam metade da dose, aplicadas como fertilização de manutenção, conforme resultados obtidos em
experimento de longa duração conduzido na Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013.

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O pastejo na área do sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Para os autores do estudo, diante da crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

“A relação entre as emissões de N2O e a fertilização nitrogenada, assim como as menores emissões de N2O resultantes da adoção de sistemas integrados, já estão bem documentadas na literatura científica. No entanto, ainda não havia informações disponíveis sobre a relação das emissões desses GEE com outros nutrientes comumente aplicados na lavoura, como fósforo e potássio,” argumentam os autores.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída (após vários anos de cultivo) é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação.

Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de GEE.

No sistema integrado na modalidade “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira.

“Confirmamos a hipótese de que com a adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura é possível reduzir a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem
altas doses desses nutrientes”, afirma Marchão.

Para testar essa hipótese, foram avaliadas as emissões de N2O, variáveis edafoclimáticas (de clima e solo), atributos químicos do solo, a produção de resíduos vegetais, o rendimento de grãos e a emissão relativa (kg de N2O emitido por kg de grãos produzido).

As avaliações foram realizadas nos sistemas integrados em comparação a sistemas de lavouras contínuas, ambos em dois níveis de fertilidade e com diferentes históricos de adubação. Os sistemas avaliados fazem parte do experimento mais antigo de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) do Brasil, implantado na Embrapa Cerrados em 1991.

O estudo foi realizado durante dois anos agrícolas consecutivos, durante a fase lavoura dos sistemas integrados, rotacionados a cada quatro anos entre lavoura e pecuária (pastagem). Desde a implantação do experimento de ILP, as áreas foram conduzidas sob dois níveis de fertilização fosfatada e potássica.

Dessa forma, foram estabelecidos quatro contrastes entre sistemas: lavouras contínuas adubadas com metade das doses recomendadas de fósforo e potássio; lavouras contínuas nas doses recomendadas de fósforo e potássio; sistema ILP com metade das doses recomendadas de fósforo e potássio; e sistema ILP nas doses recomendadas de P e K. Uma área de Cerrado nativo adjacente foi utilizada como referência para monitoramento da emissão de óxido nitroso.

No primeiro ano do estudo, em ambos os sistemas (ILP e lavoura contínua) a cultura de soja foi sucedida pelo pousio devido à escassez de chuva que inviabilizou o cultivo da segunda safra. No segundo ano, no sistema ILP, foi realizado, após a colheita da soja, por meio do plantio do sorgo de segunda safra em consórcio com Panicum maximum BRS Tamani para pastejo na entressafra.

Já nas áreas de lavoura contínua, o sorgo foi plantado na entressafra da soja, sendo consorciado com um mix de espécies de plantas de cobertura – capim pé-de-galinha, capim braquiária, feijão-guandu, crotalária e nabo-forrageiro.

Sistema integrado apresentou menores valores para emissões de N2O diárias e acumuladas

As emissões de N2O foram medidas ao longo de 603 dias, totalizando 78 campanhas de coleta de gases. As amostragens do gás foram realizadas com o uso de câmaras estáticas instaladas em cada sistema de manejo.

Os fluxos diários de óxido nitroso variaram de −5,33 a 73,51 µg N2O/m 2/h no primeiro ano agrícola e de -3,27 a 77,17 µg N2O/m 2/h no segundo – fluxos com valores positivos significam emissões do GEE para a atmosfera, enquanto valores negativos representam sequestro do gás. Segundo os pesquisadores, apesar de não serem tão altos, esses valores já são preocupantes no contexto das mudanças climáticas.

O maior fluxo diário de N2O foi observado no sistema lavoura contínua com as doses recomendadas de fósforo e potássio no segundo ano de avaliação. De acordo com o estudo, os fluxos mais altos de N2O foram registrados imediatamente após a semeadura e ao final do ciclo da soja, e após a adubação de cobertura nitrogenada do sorgo na segunda safra.

As médias de fluxos diários de óxido nitroso no período analisado foram de 23,2 µg N2O/m 2h no sistema de lavoura contínua com a adubação recomendada, 16,9 N2O/m 2 /h no sistema de lavoura contínua com metade da adubação fosfatada e potássica, 14,3 µg N2O/m 2/h no sistema integrado com adubação recomendada e 12,4 µg N2O/m 2/h no sistema integrado com metade da dose, enquanto na vegetação nativa de Cerrado, a média diária de
referência foi de 6,2 µg N2O/m 2/h.

O trabalho também mensurou as emissões acumuladas de N2O, considerando sistema e níveis de fertilidade.

O sistema de lavoura contínua e dose recomendada (1,32 kg N2O/ha) emitiu mais N2O quando comparado ao sistema integrado com metade da dose (0,46 kg N2O/ha) no primeiro ano de avaliação, porém não diferiu dos demais sistemas no segundo ano, e ao considerar todo o período de avaliação (603 dias), continuou sendo o sistema que mais emitiu (2,74 kg N2O/ha), enquanto o sistema integrado com metade da dose contribuiu
no mesmo período com 1,12 kg N2O/ha, ou seja 59% menos.

“Esse resultado possivelmente é explicado pelo pastejo em anos anteriores a esse estudo nos sistemas ILP, o que, associado à fertilização de fósforo e potássio no sistema integrado com metade da dose, resultou em menor quantidade de resíduos culturais. Isso provocou aumento da mineralização e menor disponibilidade do nitrogênio. Em consequência, houve mitigação de N2O”, explica Arminda Carvalho.

Nos demais sistemas, as emissões acumuladas no período estudado foram de 1,62 kg N2O/ha (lavoura contínua com metade da dose), 1,41 kg N2O/ha (no sistema integrado e dose recomendada) e de 0,38 kg N2O/ha no Cerrado nativo.

“Nossos resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo”, concluem os autores.

Tecnologia importante para as mudanças climáticas

Os sistemas integrados já são uma realidade no Brasil e representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola.

A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou
privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

“Para isso, é necessário estabelecer métricas que possibilitem comparar sistemas tradicionais, como lavouras continuas de grãos, ou de pecuária, com os intensificados, como os de Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Nesse sentido, nosso estudo contribui para a elaboração dessas métricas”, finalizam os autores.

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Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo?

Segurança Jurídica no Agronegócio Brasileiro

O agronegócio brasileiro enfrenta desafios relacionados à segurança jurídica, que impactam diretamente a operacionalidade dos produtores rurais e investidores. Neste post, abordaremos a análise crítica dos avanços e desafios do setor, com foco na estabilidade legal para garantir práticas sustentáveis e investimentos seguros. Confira os detalhes e atualizações neste artigo.

Retrospectiva e perspectivas futuras

No atual cenário do agronegócio brasileiro, a segurança jurídica se tornou um dos assuntos mais debatidos e relevantes por seu impacto direto na operacionalidade dos produtores rurais e investidores. Neste contexto, a estabilidade legal para garantir práticas sustentáveis e investimentos seguros torna-se crucial. Confira as análises críticas dos avanços e desafios do setor, apresentadas pelo especialista em legislação rural e ambiental, advogado Pedro Puttini Mendes. Ele enfatiza a importância histórica da implementação de leis que preservem o direito de propriedade e promovam um ambiente de negócios estável.

Crucialidade do direito de propriedade

O direito de propriedade é um elemento fundamental para o desenvolvimento sustentável do agronegócio. Neste contexto, a regulamentação clara e estável é vital para o avanço da agropecuária nacional. Conheça mais sobre a importância do direito de propriedade e sua relação com o progresso inovador e tecnológico no setor.

A resolução de conflitos e a legislação ambiental

Além do direito de propriedade, a resolução de conflitos e a legislação ambiental desempenham um papel crucial no cenário do agronegócio brasileiro. Saiba mais sobre a importância de processos jurídicos eficientes e uma legislação ambiental eficaz na promoção de um ambiente de negócios sustentável e competitivo.

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Retrospectiva e perspectivas futuras

Em uma retrospectiva abrangente, Mendes ressalta a importância histórica da implementação de leis que preservem o direito de propriedade e promovam um ambiente de negócios estável.

Ele destaca decisões legislativas e jurídicas recentes que têm afetado a posse de terra e o desenvolvimento de infraestrutura, essenciais para o avanço da agropecuária nacional.

Crucialidade do direito de propriedade

Vista aérea de propriedade rural. Foto: Reprodução
Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 35

Referindo-se a desapropriações e demarcações como exemplos, Mendes sublinha que uma regulamentação clara e sem alterações repentinas é vital para um setor agropecuário próspero.

Ele aponta que áreas onde o direito de propriedade é incerto tendem a sofrer com a falta de crédito e especulação imobiliária, fatores que detêm o progresso inovador e tecnológico.

A resolução de conflitos e a legislação ambiental

Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 36

Mendes aborda também a importância de uma legislação ambiental eficaz e de processos jurídicos eficientes, capazes de resolver conflitos de maneira justa e sustentável.

Em suas considerações, a falta de clareza nas regulamentações, juntamente com decisões tributárias onerosas, constituem obstáculos significativos que pesam sobre a competitividade dos produtos nacionais.

Decisões dos tribunais superiores

Produtor rural com notebook na fazenda. Foto: Wenderson Araujo/CNA
Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 37

O especialista enfatiza decisões proferidas pelos tribunais superiores que influenciam diretamente a segurança jurídica.

Ele cita como exemplo a responsabilidade ambiental, fundamentada por um veredito histórico do Supremo Tribunal Federal em 2020, que determinou que a ação de reparação civil por danos ambientais é imprescritível, aumentando assim a responsabilidade dos agentes econômicos.

Desafios legais contemporâneos

Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 38

Mendes assinala que entre os temas críticos para 2024, nos campos do Direito Agrário e do Direito Ambiental, estão a função social da propriedade e a regularização fundiária, assim como a responsabilidade por danos relacionados às mudanças climáticas e à biodiversidade.

A participação ativa e cooperativa dos produtores rurais, agentes políticos e institucionais é imperativa para superar desafios fundiários e ambientais.

Mendes finaliza ressaltando que políticas públicas eficazes são necessárias para fortalecer a segurança jurídica, viabilizando a inclusão social e a prosperidade econômica no agronegócio do Brasil.

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Conclusão: Desafios e perspectivas para o futuro do agronegócio brasileiro

A segurança jurídica no agronegócio é fundamental para garantir práticas sustentáveis, investimentos seguros e o avanço da agropecuária nacional. A estabilidade legal e a clareza nas regulamentações são essenciais para o setor, assim como a resolução de conflitos de maneira justa e sustentável. A participação ativa e cooperativa dos produtores rurais, agentes políticos e institucionais é imperativa para superar desafios fundiários e ambientais. O fortalecimento da segurança jurídica através de políticas públicas eficazes é necessário para viabilizar a inclusão social e a prosperidade econômica no agronegócio do Brasil.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
**Título:**
Segurança Jurídica no Agronegócio: Atualizações e Análises Críticas

**Introdução:**
No atual cenário do agronegócio brasileiro, a segurança jurídica tem sido um tema crucial e amplamente debatido. O advogado especializado em legislação rural e ambiental, Pedro Puttini Mendes, ofereceu uma análise crítica dos avanços, desafios e perspectivas futuras para o setor em um vídeo informativo.

**Retrospectiva e perspectivas futuras**
– Quais foram os principais avanços e desafios enfrentados pelo setor agrícola?
– Como essas mudanças impactaram a estabilidade dos investimentos e práticas sustentáveis?
– O que se pode esperar para o futuro do agronegócio em termos de regulamentação legal?

**Crucialidade do direito de propriedade**
– Qual é a importância histórica da implementação de leis para a preservação do direito de propriedade?
– De que forma a estabilidade jurídica impacta o setor agropecuário nacional?
– Que obstáculos podem surgir quando o direito de propriedade não é assegurado de maneira clara?

**A resolução de conflitos e a legislação ambiental**
– Por que uma legislação ambiental eficaz é fundamental para o setor agrícola?
– Como processos jurídicos eficientes podem contribuir para a resolução justa e sustentável de conflitos?
– Quais são os obstáculos enfrentados devido à falta de clareza nas regulamentações e decisões tributárias?

**Decisões dos tribunais superiores**
– Como as decisões dos tribunais superiores têm afetado a segurança jurídica no setor agrícola?
– Quais foram os vereditos históricos que tiveram um impacto significativo na responsabilidade ambiental?

**Desafios legais contemporâneos**
– Quais são os desafios mais urgentes que o setor agrícola enfrenta em termos de legislação e regulamentação?
– Como a função social da propriedade e a regularização fundiária, assim como a responsabilidade por danos relacionados às mudanças climáticas e à biodiversidade, estão sendo abordadas?

Esperamos que as FAQs e a seção do post possam esclarecer dúvidas comuns sobre o tema da segurança jurídica no agronegócio, fornecendo informações relevantes para os leitores interessados no assunto.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

No atual cenário do agronegócio brasileiro, a segurança jurídica se tornou um dos assuntos mais debatidos e relevantes por seu impacto direto na operacionalidade dos produtores rurais e investidores. Assista ao vídeo e confira as atualizações.

O especialista em legislação rural e ambiental, advogado Pedro Puttini Mendes, apresentou no quadro “Direito Agrário” uma análise crítica dos avanços e desafios do setor, enfatizando a necessidade de estabilidade legal para garantir práticas sustentáveis e investimentos seguros.

Retrospectiva e perspectivas futuras

Propriedade meio ambiente 30.01.2024 3
Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 39

Em uma retrospectiva abrangente, Mendes ressalta a importância histórica da implementação de leis que preservem o direito de propriedade e promovam um ambiente de negócios estável.

Ele destaca decisões legislativas e jurídicas recentes que têm afetado a posse de terra e o desenvolvimento de infraestrutura, essenciais para o avanço da agropecuária nacional.

Crucialidade do direito de propriedade

Vista aérea de propriedade rural. Foto: ReproduçãoVista aérea de propriedade rural. Foto: Reprodução
Vista aérea de propriedade rural. Foto: Reprodução

Referindo-se a desapropriações e demarcações como exemplos, Mendes sublinha que uma regulamentação clara e sem alterações repentinas é vital para um setor agropecuário próspero.

Ele aponta que áreas onde o direito de propriedade é incerto tendem a sofrer com a falta de crédito e especulação imobiliária, fatores que detêm o progresso inovador e tecnológico.

A resolução de conflitos e a legislação ambiental

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Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 40

Mendes aborda também a importância de uma legislação ambiental eficaz e de processos jurídicos eficientes, capazes de resolver conflitos de maneira justa e sustentável.

Em suas considerações, a falta de clareza nas regulamentações, juntamente com decisões tributárias onerosas, constituem obstáculos significativos que pesam sobre a competitividade dos produtos nacionais.

Decisões dos tribunais superiores

Produtor rural com notebook na fazenda. Foto: Wenderson Araujo/CNAProdutor rural com notebook na fazenda. Foto: Wenderson Araujo/CNA
Produtor rural com notebook na fazenda. Foto: Wenderson Araujo/CNA

O especialista enfatiza decisões proferidas pelos tribunais superiores que influenciam diretamente a segurança jurídica.

Ele cita como exemplo a responsabilidade ambiental, fundamentada por um veredito histórico do Supremo Tribunal Federal em 2020, que determinou que a ação de reparação civil por danos ambientais é imprescritível, aumentando assim a responsabilidade dos agentes econômicos.

Desafios legais contemporâneos

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Impactos legais no agronegócio: o que está em jogo? 41

Mendes assinala que entre os temas críticos para 2024, nos campos do Direito Agrário e do Direito Ambiental, estão a função social da propriedade e a regularização fundiária, assim como a responsabilidade por danos relacionados às mudanças climáticas e à biodiversidade.

A participação ativa e cooperativa dos produtores rurais, agentes políticos e institucionais é imperativa para superar desafios fundiários e ambientais.

Mendes finaliza ressaltando que políticas públicas eficazes são necessárias para fortalecer a segurança jurídica, viabilizando a inclusão social e a prosperidade econômica no agronegócio do Brasil.

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Impactos do DRB nas fazendas leiteiras

O complexo Doenças Respiratórias dos Bovinos (DBR) é considerado uma das principais causas de morte nos primeiros meses de vida dos bezerros, estando entre as principais causas de morte após o desmame, e impacta diretamente nas taxas produtivas das propriedades leiteiras, principalmente quando acomete animais antes do primeiro ano de vida. Considerado um dos principais desafios da pecuária mundial, suas perdas são observadas em toda a cadeia produtiva.

As bactérias que habitam naturalmente o trato respiratório superior de bovinos são agentes de grande importância para a ocorrência de DRB. Presentes no local sem causar danos, aguardam momentos de desequilíbrio no sistema imunológico local, para que se multipliquem de forma oportunista e migrem em direção aos pulmões. A multiplicação desses agentes e a produção de toxinas e outras substâncias, responsáveis ​​por atrair e destruir as células inflamatórias do organismo, promovem um quadro inflamatório grave, que pode levar o animal à morte.

“Além de promover o aumento da taxa de mortalidade e interferir no crescimento e desenvolvimento dos animais, o DRB impacta diretamente na produção de leite. Um bezerro que sofre DRB tem maior possibilidade de descarte involuntário, produz menos leite na primeira lactação e é mais propenso a distocia ao parto, com consequências negativas para a saúde geral e reprodução, como retenção de placenta e metrite puerperal”, explica Marcos Malacco , veterinário gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal.

Na pecuária leiteira, os fatores de risco que favorecem o surgimento da BRD estão relacionados à falha na transferência da imunidade passiva devido a erros na colostração, dietas restritivas, protocolos de vacinação inadequados e falhas no manejo ambiental como qualidade inadequada da cama, excesso de poeira e gases tóxicos (como amônia) devido ao acúmulo de material orgânico (fezes, urina e alimentos), baias coletivas com grande número de animais e contato direto entre animais jovens e adultos. Situações que promovem estresse, como desmame e periparto, também influenciam no declínio da imunidade dos animais e na predisposição à DRB.

A doença precisa da atenção do produtor, pois estudos mostram que bezerros que superaram o DRB nas fases iniciais de vida têm duas vezes mais chances de morrer antes do parto e tendem a ser mais velhos no primeiro parto. Além disso, quando acomete a vaca adulta, é necessário descartar o leite durante o período de tratamento, e cerca de 2% desses animais acabam sendo descartados.

Os custos associados às doenças respiratórias incluem prevenção, tratamento e perda de produtividade. Uma pesquisa realizada em 2010 por um grupo de pesquisadores norte-americanos para calcular os custos das perdas causadas pela DRB estimou que podem variar de US$ 16,35 por bezerro a US$ 9,08 por animal adulto, embora o diagnóstico de pneumonia em gado leiteiro adulto não é tão comum quanto doenças como mastite, claudicação, doenças metabólicas e distúrbios reprodutivos (Gorden e Plummer, 2010).

O DRB também pode ser responsável por mortes súbitas no rebanho, quando a evolução do quadro ocorre de forma extremamente rápida. Em bovinos jovens, a DRB é uma das principais causas de mortalidade, juntamente com enterite e tristeza parasitária.

Prevenção de BRD em bezerros leiteiros

“A prevenção de doenças respiratórias em bezerros começa antes mesmo do nascimento, com vacinações adequadas na fêmea grávida. Após o nascimento, os cuidados com a “cicatrização” do umbigo e o fornecimento de colostro de boa qualidade, em tempo e quantidade adequados, protegem contra diversas infecções, inclusive a BRD. No colostro é importante minimizar a possibilidade de falha na transferência passiva de anticorpos, por isso a qualidade do colostro fornecido nos primeiros momentos de vida do bezerro é muito importante”, explica Malacco. “A nutrição adequada em todas as fases da vida e a vacinação contra os principais agentes virais promotores de doenças respiratórias e os agentes bacterianos oportunistas que agravam a DRB também têm papel relevante na formação da defesa desse animal”.

O bom manejo ambiental é fator chave para a saúde respiratória dos bezerros, dando maior ênfase às maternidades que devem estar o mais limpas e secas possível, sem excesso de matéria orgânica para evitar o contato com bactérias patogênicas que podem promover doenças. nos primeiros momentos da vida. O bezerro deve ser mantido longe dos animais mais velhos e o manejo alimentar e sanitário deve ser iniciado desde o mais novo até o mais velho.

“O momento do desmame também requer maior atenção, pois é um período estressante e resulta em surtos de DRB. É importante que a instalação coletiva que irá receber os animais tenha espaço adequado para os bezerros, excelente ventilação e circulação de ar, com fácil acesso a ração e água. A triagem dos animais antes da formação dos lotes também é importante para que não haja introdução de um animal doente para um grupo saudável”, comenta.

Diagnóstico e Tratamento da RBD

Por ter uma progressão rápida, o diagnóstico precoce da DRB é essencial para limitar o curso da doença, garantir menos sequelas nos pulmões dos animais e reduzir os impactos no seu desenvolvimento. Os sinais clínicos mais comuns são apatia e inapetência, presença de secreção nasal, secreção ocular, respiração rápida ou difícil, com ou sem tosse espontânea ou provocada e febre.

“O tratamento da DRB baseia-se em duas abordagens de grande importância, o controle efetivo da infecção e o processo inflamatório pulmonar. Na maioria das vezes, é o processo inflamatório que agrava o quadro, que tem alto potencial para determinar lesões importantes e levar o animal acometido à morte. Portanto, os animais diagnosticados com BRD devem ser tratados rapidamente, buscando o controle rápido e prolongado da infecção e o controle conveniente da inflamação”, conclui o veterinário.

Uma ótima opção para o controle da inflamação é o uso do meloxicam, um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com ação inibitória preferencial da COX-2, capaz de combater a inflamação com menos efeitos colaterais, o que pode ocorrer com a maioria dos outros AINEs utilizados. em gado. No combate à infecção, o florfenicol é um antibiótico de amplo espectro de escolha, com baixíssima taxa de resistência bacteriana quando comparado a outros antimicrobianos também utilizados no tratamento da DRB.

Consciente da importância de uma intervenção rápida e necessária para a cura da DBR, a Ceva traz em seu portfólio Zeleris®, a primeira e única associação de florfeniicol e meloxicam. que permaneça por pelo menos 3 dias, juntamente com o controle da inflamação pulmonar pelo mesmo período citado. Além disso, Zeleris® traz praticidade com sua aplicabilidade em dose única (1 mL/10 kg de peso vivo por via subcutânea), que facilita o cálculo do volume a ser administrado, possui alta seringabilidade, tem a exclusividade de estar disponível em frasco Clas. ®, e reduz o estresse de aplicações repetitivas no animal, considerando também seu bem-estar.



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Mistério da Hiperqueratose do teto!

Alta incidência de hiperqueratose em vacas leiteiras

A hiperqueratose em vacas leiteiras é caracterizada pelo espessamento anormal da camada externa da pele, podendo levar a consequências que afetam todo o sistema e podendo trazer grandes prejuízos para uma fazenda.

Incidência de infecções bacterianas e fúngicas decorrentes

Esse aumento da espessura da pele pode levar à formação de crostas e fissuras, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento dessas infecções, trazendo impactos na saúde e desempenho das vacas leiteiras. É essencial entender a origem e os fatores de risco desse problema para buscar soluções e prevenções eficazes na fazenda.

Importância do controle da hiperqueratose

Nesse texto, discutiremos sobre a hiperqueratose, suas características, classificação por escore de ponta de teto e os impactos desse problema em rebanhos leiteiros. Abordaremos também os principais fatores de risco, como os equipamentos e manejo de ordenha, a fim de fornecer as informações necessárias para o entendimento e controle eficaz desse quadro nas propriedades rurais.

Benefícios de manter os tetos saudáveis

Manter um escore de esfíncter de teto adequado é fundamental para garantir a saúde e o conforto das vacas, uma vez que a hiperqueratose pode levar a problemas como mastite e desconforto durante a ordenha. Além disso, tetos saudáveis são essenciais para a eficiência da ordenha e qualidade do leite.

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Desenvolvimento

Durante a ordenha, o fluxo de leite e a abertura do canal do teto ocasionado pelo vácuo promovem a retirada do tampão de queratina e o relaxamento do músculo do esfíncter do teto. Por esse motivo, o processo de ordenha pode ser considerado uma operação crítica sobre a eficácia das defesas estruturais do teto.

Na propriedade, é importante que sejam adotadas análises dos fatores que podem provocar essa lesão, pois assim será possível adotar medidas de melhoria que irão impactar diretamente na promoção da saúde do úbere e no bem-estar das vacas.

Classificação por escore de ponta de teto

Sabemos que a hiperqueratose é observada como uma protusão do esfíncter do teto, o qual fica circundado por tecido queratinizado.

  • Escore 1: Teto perfeito, fechado, sem presença de rugosidades ao redor do esfíncter. 
  • Escore 2: Orifício do teto parece ligeiramente aberto, apresentando um anel mais queratinizado ao ser redor. 
  • Escore 3: Orifício já bem protuído, demonstrando rugosidade na extremidade do teto e presença de dobras de queratina. 
  • Escore 4: Protusão muito avançada, com grande protusão e presença do anel rugoso, formando uma aparência de flor.

Espera-se em um rebanho de vacas leiteiras que se tenha no máximo 20% das vacas apresentando um ou mais tetos com escore 3 ou 4 de hiperqueratose na extremidade dos tetos. 

Impactos da hiperqueratose

Sabe-se que a mastite é uma enfermidade comum em vacas leiteiras e que é causada por microrganismos patogênicos. Já é ponderado que a higiene de úbere e pernas está associada a uma maior chance de ocorrência de infecção, entretanto, já se sabe também que ela pode estar associada a hiperqueratose dos tetos, pois isso predispõe a ocorrências de infecções intramamárias, por conseguinte a ocorrência de mastite clínica, levando a um aumento das células somáticas no leite. 

A hiperqueratose pode interferir no processo de ordenha. A presença de rugosidades na ponta dos tetos pode tornar o procedimento de ordenha mais difícil e doloroso, podendo, também, resultar na não retirada completa do leite da vaca, o que impacta negativamente a eficiência do processo. 

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  • Impactos da hiperqueratose

    A hiperqueratose pode causar mastite e desconforto durante a ordenha, além de interferir na eficiência do processo e na qualidade do leite. A sujidade no teto afeta a saúde do úbere e a contagem padrão em placa, avaliando a qualidade microbiológica do leite.

  • Fatores de risco da hiperqueratose

    A prática inadequada de ordenha, sobreordenha, pulsação ineficiente, teteiras desgastadas e alto nível de vácuo são os principais fatores de risco para a hiperqueratose. Esses efeitos podem ser observados a curto, médio e longo prazo.

  • Equipamentos de ordenha

    Os equipamentos de ordenha exercem grande influência nas alterações do canal do teto. Manutenção periódica, nível de vácuo controlado, tempo de troca das teteiras e utilização de extratores automáticos contribuem para a prevenção da hiperqueratose.

  • Manejo de ordenha

    A duração e frequência da ordenha, sobreordenha e interações com o equipamento são fatores associados à hiperqueratose. A correta remoção dos conjuntos de ordenha e a realização de trocas de teteiras avariadas são práticas essenciais para prevenção do problema.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

FAQs

O que é hiperqueratose em vacas leiteiras?

A hiperqueratose em vacas leiteiras é um espessamento anormal da camada externa da pele, o que pode levar à formação de crostas nos tetos e oferece um ambiente propício para o desenvolvimento de infecções bacterianas e fúngicas. Isso pode dificultar o fechamento adequado do teto e tornar as vacas mais suscetíveis à contaminação e ao desenvolvimento de mastite.

Como a hiperqueratose afeta a saúde das vacas leiteiras?

A hiperqueratose pode afetar a saúde das vacas leiteiras ao predispor à ocorrência de infecções intramamárias e mastite clínica, além de interferir no processo de ordenha ao torná-lo mais difícil, doloroso e menos eficiente. Além disso, dificulta a manutenção da qualidade microbiológica do leite.

Quais são os principais fatores de risco para a hiperqueratose em vacas leiteiras?

Os principais fatores de risco para a hiperqueratose em vacas leiteiras incluem práticas de ordenha inadequada, sobreordenha, pulsação ineficiente, teteiras desgastadas, alto nível de vácuo e retirada grosseira do conjunto.

Como os equipamentos de ordenha influenciam a hiperqueratose?

Os equipamentos de ordenha podem influenciar a hiperqueratose por meio de níveis inadequados de vácuo, falhas na manutenção, falta de ajustes adequados e tempo prolongado de extração das teteiras. A falta de manutenção e a utilização de teteiras desgastadas também podem agravar o problema.

Quais são as considerações finais sobre a hiperqueratose em vacas leiteiras?

Por fim, é fundamental adotar medidas de prevenção e controle da hiperqueratose, a fim de preservar a saúde e o conforto das vacas, garantir a eficiência da ordenha e a qualidade do leite. É importante buscar informações sobre os fatores associados ao problema e adotar medidas de manejo e assistência técnica adequadas.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A hiperqueratose em vacas leiteiras é caracterizada pelo espessamento anormal da camada externa da pele, podendo ter implicações significativas em rebanhos leiteiros, acarretando consequências que afetam todo o sistema e podendo trazer grandes prejuízos para uma fazenda.

O aumento da espessura da pele pode levar à formação de crostas e fissuras, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento de infecções bacterianas e fúngicas.

Além disso, quando a hiperqueratose ocorre nos tetos, essa formação de crostas pode dificultar o fechamento adequado, tornando a vaca mais susceptível à contaminação e ao desenvolvimento de mastite.

Nesse texto iremos discutir sobre a hiperqueratose e sua classificação, seus impactos na saúde e desempenho das vacas leiteiras e os principais fatores de risco, como os equipamentos e manejo de ordenha. 

Características da hiperqueratose em vacas leiteiras

A hiperqueratose é caracterizada pelo aumento da espessura e rugosidade da ponta do teto, ocasionada por alguns estímulos, ou seja, se trata de uma resposta fisiológica da pelo do teto a ação da ordenha que provoca a hiperplasia do extrato córneo da pele do teto. O teto detém de uma estrutura interna composta por musculatura lisa que envolve o canal e o esfíncter do teto. 

Os tetos dos bovinos leiteiros são altamente especializados na função de liberar o leite armazenado na glândula mamária e impedir que ocorra a invasão de microrganismos patogênicos.

No teto, os tecidos que o circundam são considerados a primeira linha de defesa e dentre esses tecidos estão o músculo do esfíncter do teto e o tampão de queratina.

Considerada uma barreira física, essa queratina formada no orifício do teto nada mais é do que uma substância produzida pela pele que reveste o teto, a qual tem capacidade de se ligar e imobilizar algumas cepas de bactérias não encapsuladas, devido a sua composição química de lipídeos e proteínas que são consideradas antimicrobianas. 

Já o músculo do esfíncter do teto é o responsável por manter o canal do teto firmemente fechado nos períodos entre as ordenhas, evitando assim a penetração de agentes patogênicos, como os causadores de mastite.

Imagem ilustrando o músculo do esfíncter e o tampão de queratina do teto de uma vacaImagem ilustrando o músculo do esfíncter e o tampão de queratina do teto de uma vaca

Imagem ilustrando o músculo do esfíncter e o tampão de queratina. Fonte: PHILPOT & NICKERSON (2002)

Durante a ordenha, o fluxo de leite e a abertura do canal do teto ocasionado pelo vácuo promovem a retirada do tampão de queratina e o relaxamento do músculo do esfíncter do teto. Por esse motivo, o processo de ordenha pode ser considerado uma operação crítica sobre a eficácia das defesas estruturais do teto.

Na propriedade, é importante que sejam adotadas análises dos fatores que podem provocar essa lesão, pois assim será possível adotar medidas de melhoria que irão impactar diretamente na promoção da saúde do úbere e no bem-estar das vacas

Classificação por escore de ponta de teto

Sabemos que a hiperqueratose é observada como uma protusão do esfíncter do teto, o qual fica circundado por tecido queratinizado.

A metodologia mais utilizada para a avaliação de hiperqueratose na extremidade dos tetos é em sistema de escore de classificação por diferentes graus, o qual vai de 0 até 4, sendo:

  • Escore 1: Teto perfeito, fechado, sem presença de rugosidades ao redor do esfíncter. 
  • Escore 2: Orifício do teto parece ligeiramente aberto, apresentando um anel mais queratinizado ao ser redor. 
  • Escore 3: Orifício já bem protuído, demonstrando rugosidade na extremidade do teto e presença de dobras de queratina. 
  • Escore 4: Protusão muito avançada, com grande protusão e presença do anel rugoso, formando uma aparência de flor.

Representação do escore de teto, demonstrando que com o agravamento da lesão, tem-se o aumento da hiperqueratose e o prolapsamento do esfíncterRepresentação do escore de teto, demonstrando que com o agravamento da lesão, tem-se o aumento da hiperqueratose e o prolapsamento do esfíncter

Representação do escore de teto, demonstrando que com o agravamento da lesão, tem-se o aumento da hiperqueratose e o prolapsamento do esfíncter. Fonte: HULSEN, 2007, p. 76) apud Animal Sciences Group at Wageningen University, Lelystad.

Espera-se em um rebanho de vacas leiteiras que se tenha no máximo 20% das vacas apresentando um ou mais tetos com escore 3 ou 4 de hiperqueratose na extremidade dos tetos. 

Impactos da hiperqueratose

Sabe-se que a mastite é uma enfermidade comum em vacas leiteiras e que é causada por microrganismos patogênicos. Já é ponderado que a higiene de úbere e pernas está associada a uma maior chance de ocorrência de infecção, entretanto, já se sabe também que ela pode estar associada a hiperqueratose dos tetos, pois isso predispõe a ocorrências de infecções intramamárias, por conseguinte a ocorrência de mastite clínica, levando a um aumento das células somáticas no leite. 

A hiperqueratose pode interferir no processo de ordenha. A presença de rugosidades na ponta dos tetos pode tornar o procedimento de ordenha mais difícil e doloroso, podendo, também, resultar na não retirada completa do leite da vaca, o que impacta negativamente a eficiência do processo. 

A grande maioria das propriedades com esse tipo de problema possui dificuldades no manejo de ordenha, principalmente quando se relaciona a hiperqueratose em escore mais avançado com a eficiência de limpeza dos tetos antes do acoplamento das teteiras.

Essa sujidade difícil de ser removida do teto devido a presença de um elevado anel rugoso na extremidade do teto, além de contribuir para a ocorrência de infecções, também afeta a qualidade do leite e a contagem padrão em placa (CPP), a qual avalia a qualidade microbiológica do leite.

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Fatores de risco da hiperqueratose

As lesões nos tetos podem ter origem traumática, ambiental, infecciosa ou erosão química, entretanto, dentre as lesões mais comuns nos tetos, a hiperqueratose é considerada a principal, podendo ter como possíveis fatores de risco: 

  • Práticas de ordenha inadequada;
  • Sobreordenha;
  • Pulsação ineficiente;
  • Teteiras desgastadas;
  • Alto nível de vácuo;
  • Retirada grosseira do conjunto.

É importante ressaltar que os efeitos podem aparecer de curto a longo prazo, onde inicialmente, a curto prazo (uma ordenha) podemos observar mudanças de cor, textura e firmeza da ponta ou do teto como um todo. A médio prazo (dias ou semanas), já é possível observar mudanças na condição da pele do teto e o aparecimento de petéquias hemorrágicas, entretanto, de forma mais significativa, temos as lesões a longo prazo, as quais são modificações relativas à ocorrência de hiperqueratose na extremidade dos tetos. 

Equipamentos de ordenha

Dentre os mecanismos que alteram a condição da ponta dos tetos, os equipamentos de ordenha é um dos fatores que mais exerce influência nas alterações de canal do teto. Quando há um funcionamento inadequado desses equipamentos a ação exercida durante a ordenha será responsável por provocar lesões nos tetos e favorecer a hiperqueratose.

Relacionado ao equipamento de ordenha, a falta de manutenção é considerada um dos principais fatores, pois já é visto que fazenda que realizam manutenções periódicas dos equipamentos da ordenhadeira, apresentam menores escores médios de hiperqueratose do que fazendas que não tem frequência de manutenção. 

Quanto ao nível de vácuo, estudos citam que níveis acima de 60 kPa estão associados à ocorrência de hiperqueratose. Entretanto, há evidências de que quando se tem média de vácuo superior a 42kPa, o risco de hiperqueratose aumenta em 1,64 vezes em comparação com média de vácuo inferior a 42kPa, o que vem mostrar que o vácuo na ponta do teto quando muito superior a 42kPa pode causar dados nos tecidos, principalmente em períodos de baixo fluxo de leite. 

De acordo com a ISO (Organização Internacional de Normatização, 2007) há a recomendação de que a ordenha deve ser conduzida com vácuo na extremidade do teto entre 32 e 42kPa durante o período de pico de fluxo de leite

Níveis elevados de vácuo vão extrair o leite com muita força, ocasionando assim a perda da camada de queratina do canal do teto, onde essa perda será responsável por induzir o aumento da produção de queratina, o que pode resultar na hiperqueratose. Além disso, a alta pressão das teteiras sobre a pele do teto pode provocar a interrupção da circulação sanguínea com aumento da pressão local, o que pode formar rachaduras pequenas que elevam a formação de queratina no canal. 

Entretanto, além do nível de vácuo elevado, a hiperqueratose pode também estar associada simplesmente a queda do nível de vácuo do equipamento, o que vai aumentar o tempo total de ordenha e elevar as chances de agravamento do problema.

Esse nível reduzido de vácuo pode aumentar a frequência de deslizamento de teteiras, o que causa a diminuição da velocidade da ordenha e até mesmo o aparecimento de marcas na base dos tetos. 

Manejo de ordenha

A reduzida adoção de boas práticas de ordenha vem se tornando um dos principais gargalos para o desenvolvimento de hiperqueratose. Dentre este tópico de manejo de ordenha, podemos citar como fatores associados a duração e frequência de ordenha, sobreordenha e também interações entre o manejo de ordenha e o equipamento. 

Quanto a remoção dos conjuntos de ordenha, ela pode ser um grande fator relacionado a hiperqueratose, pois sabe-se que a hiperqueratose é menor quando os conjuntos de ordenha são extraídos com taxa de fluxo de 0,8kg/min comparado com um tempo de extração de 0,2kg/min. 

Em relação a sobreordenha, a qual ocorre quando há a permanência das unidades de ordenha nos tetos após o término do fluxo de leite e é considerada um dos principais fatores de risco relacionados a deterioração da condição dos tetos. Além disso, a sobreordenha se relaciona ao aumento da incidência de mastite clínica e alta CCS.

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Hoje, com a modernização das ferramentas, existem alternativas que visam reduzir problemas que são provocados durante a ordenha, e dentre eles podemos citar a utilização de extratores automáticos de teteiras, os quais detectam a redução na velocidade do fluxo de leite e promovem o saque da teteira sem que ocorra problemas com a produção total de leite e a saúde do úbere. Entretanto, é importante que essa ferramenta esteja ajustada corretamente para essa função. 

Além disso, é importante estar atento ao tempo de troca das teteiras, onde as mesmas devem ser substituídas com periodicidade recomendada pelo fabricante ou quando estiverem avariadas.

Quando se tem falha nesses equipamentos de ordenha, há uma massagem comprometida dos tetos, e também quando se tem o surgimento de fissuras nas teteiras, tem-se acúmulo de leite e dificuldade de aderência no teto, fazendo com que ocorra a entrada de ar no sistema. 

Considerações finais

Por fim, sabemos então que manter um escore de esfíncter de teto adequado é fundamental para garantir a saúde e o conforto das vacas, uma vez que a hiperqueratose pode levar a problemas como mastite e desconforto durante a ordenha. Além disso, tetos saudáveis são essenciais para a eficiência da ordenha e qualidade do leite.

O controle da hiperqueratose dentro da fazenda irá exigir atentas propostas de prevenção, a qual inclui medidas de manejo que visem evitar a exposição dos animais as possíveis causas de hiperqueratose.

Buscar informações sobre os fatores associados ao problema de acordo as características do rebanho, é necessário, pois assim é possível adotar medidas de controle assertivas e que contribuirão para o sucesso do sistema.

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