Integração lavoura-pecuária: a solução para reduzir emissões de N2O e o uso de fertilizantes

Agricultores e pesquisadores buscam constantemente novas técnicas e sistemas que possam contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a otimização do uso de insumos agrícolas. Nesse contexto, o sistema de Integração lavoura-pecuária (ILP) tem se destacado como uma alternativa promissora para atingir esses objetivos.

Benefícios da ILP na redução das emissões de N2O e do uso de fertilizantes

O sistema de ILP, além de promover a integração entre lavoura e pecuária, tem demonstrado benefícios significativos na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) e na redução das aplicações dos fertilizantes fósforo e potássio, em comparação aos sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normais recomendadas desses nutrientes. Esses resultados promissores têm despertado o interesse de agricultores e especialistas em todo o mundo.

Relevância e abordagem do artigo sobre ILP

Neste artigo, vamos analisar em detalhes os resultados de um estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília. A pesquisa, cujos resultados foram publicados no artigo “Nitrous Oxide Emissions from a Long-Term Integrated Crop–Livestock System with Two Levels of P and K Fertilization”, fornece insights valiosos sobre como a ILP pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e o uso mais eficiente de fertilizantes. Ao compreender melhor as vantagens desse sistema integrado, os agricultores poderão tomar decisões mais sustentáveis e produtivas em suas propriedades.

Desafios e oportunidades da ILP para a agricultura sustentável

Além de discutir os benefícios da ILP, abordaremos também os desafios e as oportunidades associados à implementação desse sistema, especialmente no contexto das mudanças climáticas e da crescente demanda por práticas agrícolas mais sustentáveis. Ao final deste artigo, esperamos que os leitores tenham uma compreensão aprofundada do potencial da Integração lavoura-pecuária e estejam motivados a explorar essa abordagem em suas próprias atividades agrícolas.

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Sistemas integrados fundamentais para mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola.

A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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Integração lavoura-pecuária: fertilizantes e emissões

Os sistemas de lavoura contínua, sem pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada, em relação aos sistemas que receberam metade da dose aplicadas como fertilização de manutenção, segundo experimento da Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013.

O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Com a crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída, é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação.

Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

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No sistema integrado “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira.

A adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura realmente reduz a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes.

Os resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

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### Sistemas integrados fundamentais para mudanças climáticas

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Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola. A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados. O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

FAQs sobre Integração lavoura-pecuária

1. O que é a Integração lavoura-pecuária (ILP)?

A Integração lavoura-pecuária (ILP) é um sistema que combina a produção de culturas agrícolas com a criação de gado, possibilitando a rotação entre lavouras e pastagem, trazendo benefícios para a qualidade do solo e redução das emissões de gases de efeito estufa.

2. Como a ILP contribui para a redução das emissões de óxido nitroso (N2O)?

O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Além disso, a rotação entre lavoura e pastagem estimula o sistema radicular da gramínea forrageira, aumentando a mineralização do nitrogênio e a ciclagem de nutrientes.

3. Quais são os benefícios da rotação entre lavoura e pastagem?

A rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, incluindo a proteção da matéria orgânica, melhoria do funcionamento biológico do solo e redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

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4. Por que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo?

Os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo devido ao ciclo de nutrientes promovido pela rotação entre lavoura e pastagem, que estimula a ciclagem de nutrientes e aumenta a mineralização do nitrogênio.

5. Qual é a relevância da ILP no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes?

Os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, com metade da dose de fósforo e potássio, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que é de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo, especialmente em um contexto de crise mundial de fertilizantes.

Integração lavoura-pecuária: redução de fertilizantes e emissões de N2O

O sistema de Integração lavoura-pecuária (ILP) é uma estratégia que combina a produção de culturas agrícolas com a criação de gado, visando benefícios para o meio ambiente e a produção sustentável. Um estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília revelou que a ILP pode contribuir significativamente para a redução das emissões de óxido nitroso (N2O) e a diminuição das aplicações de fertilizantes fósforo e potássio, comparado a sistemas de lavouras contínuas. Os resultados desse estudo são de extrema relevância, especialmente em um momento de crise mundial de fertilizantes e crescimento das preocupações com as mudanças climáticas.

A rotação entre lavoura e pastagem, a eficiência na utilização dos nutrientes aplicados ao solo e os benefícios para a qualidade do solo colocam a ILP como uma das principais tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, alinhando-se com várias metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A implementação efetiva da ILP pode ser uma estratégia fundamental para a agricultura no Brasil e no mundo, contribuindo para a sustentabilidade do setor e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O sistema de Integração lavoura-pecuária (ILP) pode beneficiar tanto na diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O) como na redução das aplicações dos fertilizantes fósforo e potássio, comparado a sistemas de lavouras contínuas fertilizadas com as doses normais recomendadas desses nutrientes.

O estudo vem sendo conduzido por pesquisadores da Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília e os resultados da pesquisa foram publicados no artigo Nitrous Oxide Emissions from a Long-Term Integrated Crop–Livestock System with Two Levels of P and K Fertilization.

Por reduzir a aplicação de fertilizantes, sistema ainda diminui emissões de óxido nitroso.Por reduzir a aplicação de fertilizantes, sistema ainda diminui emissões de óxido nitroso.
Por reduzir a aplicação de fertilizantes, sistema ainda diminui emissões de óxido nitroso. Foto: Divulgação

Integração lavoura-pecuária: fertilizantes e emissões

Os sistemas de lavoura contínua, sem pastagem na rotação e baseados no cultivo solteiro de soja e sorgo, por exemplo, promoveram emissões mais elevadas de N2O quando foi aplicada a fertilização recomendada, em relação aos sistemas que receberam metade da dose aplicadas como fertilização de manutenção, segundo experimento da Embrapa Cerrados (DF) entre 1991 e 2013.

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O pastejo na área do sistema ILP nos anos anteriores ao estudo e a adubação com metade das doses de fósforo e potássio reduziram as emissões acumuladas do gás de efeito estufa (GEE) em 59%. Com a crise mundial de fertilizantes, os resultados têm extrema relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

O trabalho partiu da premissa de que os sistemas integrados são mais eficientes na utilização dos nutrientes aplicados ao solo, e que em solos de fertilidade construída, é possível reduzir significativamente as doses de fósforo e potássio aplicadas na fase lavoura da rotação.

Segundo os pesquisadores, a rotação entre lavoura e pastagem traz diversos benefícios para a qualidade do solo, que tem como consequência a proteção da matéria orgânica e a melhoria do funcionamento biológico do solo, além da redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

No sistema integrado “boi safrinha”, por exemplo, o pastejo de entressafra reduz a disponibilidade de biomassa no solo, aumentando a mineralização do nitrogênio, a ciclagem de nutrientes e estimulando o sistema radicular da gramínea forrageira.

A adoção de sistemas integrados em áreas consolidadas de agricultura realmente reduz a adubação fosfatada e potássica e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de N2O em comparação com lavouras contínuas que recebem altas doses desses nutrientes.

Os resultados sugerem que os sistemas integrados, que incluem lavouras e pastagem, e com metade da dose de P e K, são mais efetivos em mitigar emissões de N2O, o que, no contexto atual de crise climática e na indústria global de fertilizantes, é um aspecto de grande relevância para a agricultura no Brasil e no mundo.

Rotação entre lavoura e pastagem melhora a qualidade do solo. Rotação entre lavoura e pastagem melhora a qualidade do solo.
Rotação entre lavoura e pastagem melhora a qualidade do solo. Foto: Divulgação

Sistemas integrados fundamentais para mudanças climáticas

Os sistemas integrados representam uma das tecnologias disponíveis para enfrentar as mudanças climáticas, sendo uma das principais estratégias previstas no Plano ABC+, atual política pública brasileira para mitigação das emissões de GEE no setor agrícola.

A expectativa é de que a implementação de políticas públicas de pagamento por serviços ambientais e a possiblidade de negociar o excedente do carbono em mercado público ou privado tornará ainda mais atrativa a adoção de sistemas integrados.

O estudo está alinhado a algumas metas de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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