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Suplementação de pastagens – Quais estratégias utilizar durante o ano?

Suplementação de pastagens - Quais estratégias utilizar durante o ano?
Suplementação de pastagens – Quais estratégias utilizar durante o ano?

A produção de animais em pastejo envolve a interação de sistemas complexos, como clima, solo, planta e animal.

Na maior parte do Brasil, essa interação resulta em mudanças do ponto de vista quantitativo e qualitativo da pastagem, variação inerente às oscilações climáticas que ocorrem ao longo do ano.

Portanto, fica evidente que as pastagens, mesmo bem manejadas, raramente proporcionam uma dieta balanceada, limitando o potencial de ganho dos animais, além de acarretar perdas de peso dependendo da época do ano e das condições da pastagem.

No artigo de hoje, falaremos sobre as principais estratégias de dieta do gado utilizadas durante o ano, para que o pecuarista tenha uma boa tomada de decisão e não perca.

O primeiro impacto da pastagem no desempenho dos animais em pastejo é a baixa concentração de minerais.

Os principais elementos minerais essenciais para a atividade metabólica e crescimento dos bovinos são divididos em macro (cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre) e microminerais (cobre, ferro, manganês, zinco, cobalto, iodo, molibdênio, selênio e flúor).

Em geral, as pastagens são deficientes em fósforo (P), sódio (Na), iodo (I), zinco (Zn), cobre (Cu) e cobalto (Co).

Em algumas regiões do Brasil, sob condições específicas, as gramíneas podem ser deficientes em outros minerais.

No entanto, a manifestação dos sintomas em animais com deficiência mineral é de difícil identificação, pois a maioria dos sintomas é subclínica, resultando em prejuízos ao crescimento, índices reprodutivos e surgimento de doenças no rebanho.

Além disso, as exigências minerais dos bovinos em pastejo podem variar de acordo com seu estado fisiológico.

Portanto, a suplementação mineral deve ser utilizada durante todo o ano, considerando cada categoria, estado fisiológico e metas de produção.

O segundo impacto da qualidade do pasto no desempenho animal é o teor de proteína bruta (PB).

Em geral, o capim tropical não adubado apresenta teor de proteína bruta entre 90 e 100 g/kg MS na água.

Neste caso, há um potencial de ganho adicional de cerca de 200 a 300 g/animal/dia nas águas com o uso da suplementação proteica.

Em pastagens adubadas em água, o teor de proteína está acima de 120 g/kg de MS, limitando o ganho adicional com a suplementação proteica.

Nesse contexto, a suplementação energética pode ser uma boa alternativa, melhorando o equilíbrio de nutrientes no rúmen e promovendo ganhos adicionais.

Ao contrário da água, a transição água-seca é caracterizada por uma redução na precipitação, temperatura e luminosidade, reduzindo assim a taxa de crescimento da grama.

Além disso, essas oscilações resultam em queda no teor de proteína, que varia de 80 a 90 g/kg MS.

Nessa condição, o uso da suplementação proteica é uma boa alternativa para melhorar a digestibilidade do capim, favorecendo o consumo e o desempenho.

O período de transição água-seca, por outro lado, é marcado pelo retorno das condições climáticas favoráveis ​​ao crescimento do capim, resultando em brotos formados por folhas novas com baixo teor de fibras, alta digestibilidade e alta concentração de proteínas solúveis, o que acaba mudando drasticamente.

A dieta do animal que vinha consumindo capim seco de baixa digestibilidade.

Diante disso, durante o período em que essa condição perdurar, deve-se recorrer ao uso de ionóforos (monensina), reduzir o teor de uréia e aumentar a concentração de amido na dieta, evitando impactos negativos no desempenho.

Na estação seca, as pastagens apresentam teor de proteína bruta abaixo do mínimo necessário para manter o crescimento microbiano (80 g/kg MS), prejudicando a capacidade de degradação da fibra.

Nessa situação, o uso de uréia ou suplemento proteico é essencial para aumentar o teor de proteína da dieta, maximizando assim a produção de compostos microbianos, a degradação da fibra, a taxa de passagem e, consequentemente, o consumo.

Além disso, o uso de suplementos que combinam fontes proteicas e energéticas (energy protein) permite atender às exigências das metas de produção.

No entanto, o ganho adicional das estratégias de suplementação está condicionado à oferta e qualidade do pasto, composição e consumo do suplemento e época do ano.

Portanto, a escolha da composição e nível de consumo do suplemento deve estar condicionada às características de sua pastagem, priorizando as demandas dos microrganismos ruminais e, posteriormente, as metas de desempenho.

A suplementação de animais em pastejo é uma ferramenta essencial para o pecuarista, pois visa evitar a perda de peso no período seco, aumentar a capacidade de carga do pasto, recuperar o escore corporal das vacas e reduzir a idade ao abate e ao primeiro bezerro.

No entanto, a suplementação é uma tecnologia que exige um alto investimento por parte do pecuarista.

Dessa forma, sua adoção deve ser acompanhada de um bom planejamento, considerando o fluxo de caixa, estrutura, logística, viabilidade operacional e econômica.

Para o sucesso da implantação de qualquer uma das tecnologias de suplementação, o pecuarista deve ter planejamento, análise de oportunidades e gestão de desempenho, além de tomar decisões precisas no menor tempo possível, o que depende da análise de muitas variáveis ​​em sua operação.

Diante desse fato, não perca tempo realizando essas análises manualmente, adote tecnologias que possam conectar diferentes informações, comparar cenários e chegar à melhor estratégia de suplementação para seu rebanho.

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