Dezoito das 31 regiões administrativas da China relataram novos casos de peste suína africana, segundo a agência de notícias. RTP. Assim, o país pode estar vivendo um novo surto da doença.
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A peste suína africana, que pode chegar a 100% de mortalidade entre os animais, devastou a produção de carne suína da China em 2018 e 2019. Até agora, no entanto, nem a Organização Mundial de Saúde Animal (OMS/OIE) nem o governo chinês confirmaram o surto.
Sobre o assunto, o consultor de agronegócios do Itaú BBA, César de Castro Alves, concedeu entrevista ao Canal Rural. Ao conversar com o jornalista e apresentador do ‘Mercado & Empresa’Pryscilla Paiva, ele destacou que o combate à doença pode estar em um nível avançado no país asiático.
“Para nós, seria a possibilidade de exportar mais carne suína” — César de Castro Alves
“O que assustou esta semana, com a circulação desta notícia, é que a situação pode ficar muito complicada por lá”, disse o especialista. “Infelizmente, as notificações à OIE não vão contar essa história”, destacou o entrevistado. Segundo ele, a China pode até estar enviando animais doentes para abate.
Mesmo diante desse cenário, Alves destacou que, no curto prazo, o mercado não deve sentir o problema da peste suína africana na China. Isso porque, como ele apontou, a oferta é alta. No entanto, se a situação persistir por mais tempo, a China pode ser obrigada a comprar mais carne suína do exterior.. Chance para o Brasil, observou ela. “Para nós, seria a possibilidade de exportar mais carne suína. O cenário para o Brasil seria muito positivo”, afirmou.
Peste suína africana na China atrai comentário de Miguel Daoud
Comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud também abordou a peste suína africana na China em seu comentário para a edição desta sexta-feira (17) do ‘Mercado & Companhia’. Assim como César de Castro Alves, ele destacou a falta de dados por parte das autoridades chinesas.
Daoud, porém, alertou os suinocultores do Brasil. “É preciso monitorá-lo com muito cuidado”, disse ele. “Não dá para sair investindo no aumento da produção, pois pode sofrer consequências”, acrescentou.
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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