Pular para o conteúdo

Sinais de estresse em lavouras de soja no RS.

Novidades na Agricultura do Rio Grande do Sul

Neste artigo, vamos abordar as novidades e desafios enfrentados pelos agricultores do Rio Grande do Sul. Com 23% das lavouras de soja na fase de enchimento de grãos, as chuvas desuniformes e as altas temperaturas causam disparidades nas condições das lavouras, trazendo consequências negativas para o balanço hídrico da cultura. Essa situação afeta o potencial produtivo e exige atenção especial dos produtores.

Agricultura e Clima

Como as condições climáticas impactam diretamente a produtividade das lavouras, é essencial entender como lidar com situações como estresse hídrico e altas temperaturas. Veremos como as diferentes regiões do Estado enfrentam esses desafios e quais são as perspectivas para a safra.

Projeções e Desafios

Além dos aspectos climáticos, discutiremos as projeções e desafios enfrentados em diferentes culturas, como o milho, o feijão, o arroz, as olerícolas e frutícolas, e as criações de bovinos para carne e leite. Entender essas dinâmicas é fundamental para o planejamento dos agricultores e para a economia do Estado.

Impacto Econômico

Além dos desafios climáticos, abordaremos o impacto econômico das condições enfrentadas pelos produtores rurais e como isso influencia não apenas a produção, mas também o mercado e os preços dos produtos agrícolas.

Curiosidades e Tendências

Por fim, vamos explorar curiosidades e tendências em relação às práticas agrícolas e às projeções para o futuro da agricultura no Rio Grande do Sul, apresentando um panorama completo das novidades e desafios enfrentados pelos agricultores do Estado.

———————————————————————————————-

Desenvolvimento

Com 23% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul na fase de enchimento de grãos, as chuvas, localizadas e desuniformes, associadas a elevadas temperaturas, trazem consequências negativas para o balanço hídrico da cultura e criam disparidades nas condições das lavouras. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira, 8, pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), em regiões onde não choveu o suficiente, como no Noroeste do Estado, há sinais de estresse hídrico, que pode afetar o potencial produtivo. As plantas exibem sintomas de murchamento, expondo a face inferior das folhas em direção aos raios solares, que causa queimaduras nessas partes. Observa-se também o início do processo de desprendimento das folhas mais baixas nas lavouras mais afetadas pelo déficit hídrico, as quais apresentam rápido amarelecimento e senescência.

Entretanto, nas áreas que receberam volumes pluviométricos mais significativos ou intermediários, a situação das lavouras de soja é satisfatória, com as plantas emitindo brotações, com estatura em conformidade com a fase fenológica em que se encontram, o que sugere resultados produtivos alinhados às projeções estabelecidas inicialmente.

Milho

A colheita das lavouras de milho foi intensificada, favorecida pela estabilidade atmosférica, pela presença significativa de sol e pela elevação das temperaturas no transcorrer do dia. O decréscimo na umidade relativa do ar propiciou a colheita dos grãos, cujo teor de umidade varia entre 18% e 22%. Essa faixa é considerada adequada e tem resultado em menor quebra de grãos e em debulha mais eficiente na espiga. A área colhida evoluiu 11% e alcançou 52% da cultivada.

A produtividade do milho colhido é variável, e há relatos de lavouras de alta tecnologia com resultados superiores a 10 mil kg/ha. Em contrapartida, parte das lavouras em situações adversas, como a presença de cigarrinha, de doenças e com tecnologia mais limitada, apresentam produtividade de 3 a 5 mil kg/ha. Em termos gerais, é consenso que a safra será satisfatória, mas inferior à estimativa inicial projetada de 7.414 kg/ha. Além da redução na produtividade, a queda na cotação do produto é identificada como um dos principais desafios, chegando, em alguns casos, a não cobrir os custos de produção, mesmo diante de produtividades elevadas.

Feijão 1ª safra

Prosseguem as ações de manejo e cultivo das lavouras nas regiões Sul e Nordeste do Estado, assim como a colheita nas demais regiões produtivas. A projeção de rendimento está estabelecida em 1.775 kg/ha. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita atingiu 99%, e o rendimento está próximo a 1.600 kg/ha. Em razão da baixa umidade no solo, a semeadura da 2ª safra ocorre apenas nos talhões com irrigação. Nas lavouras de sequeiro, já semeadas, observa-se germinação desuniforme em decorrência da escassez de umidade no solo.

————————————————————————————————–
**Conclusão**

Diante das condições climáticas adversas e desuniformes, as lavouras de soja no Rio Grande do Sul estão enfrentando desafios significativos. O estresse hídrico em regiões com chuvas insuficientes tem prejudicado o potencial produtivo das plantas, enquanto áreas com volumes pluviométricos satisfatórios ou intermediários estão mantendo uma situação mais favorável. A atenção ao manejo fitossanitário, especialmente em relação à ferrugem-asiática, é crucial para mitigar os impactos das condições climáticas. Além disso, a colheita do milho tem apresentado resultados variáveis, sendo que a produtividade está aquém das estimativas iniciais. No entanto, é consenso que a safra será satisfatória, apesar dos desafios enfrentados. O setor de olerícolas e frutícolas também está sentindo os efeitos das condições climáticas, com redução significativa da produtividade em culturas como uva e alho. Em resumo, as atividades agrícolas no estado demandam atenção e manejo cuidadoso para enfrentar os efeitos das variações climáticas.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Condições das lavouras de soja no Rio Grande do Sul

A safra de soja no Rio Grande do Sul está em uma fase crítica, com chuvas localizadas e desuniformes, temperaturas elevadas e consequências negativas para o balanço hídrico da cultura. Isso tem criado disparidades nas condições das lavouras, com áreas sofrendo estresse hídrico e outras apresentando bons resultados produtivos.

Perguntas frequentes sobre as condições das lavouras de soja no Rio Grande do Sul

1. Quais são os principais problemas enfrentados pelas lavouras de soja no Rio Grande do Sul?

As principais dificuldades estão relacionadas às chuvas desuniformes, elevadas temperaturas e estresse hídrico, que têm afetado o potencial produtivo e levado a sintomas de murchamento, queimaduras nas folhas e desprendimento precoce.

2. Como está o manejo fitossanitário da soja?

O foco do manejo tem sido a ferrugem-asiática, que se desenvolveu com as altas precipitações no início do ciclo da cultura. Mesmo com a baixa umidade recente, o monitoramento e controle preventivo continuam sendo realizados.

3. E quanto à colheita das lavouras de milho?

A colheita do milho foi favorecida pela estabilidade atmosférica e pelos elevados índices de sol e temperatura. A produtividade é variável, com relatos de resultados superiores a 10 mil kg/ha, mas também de lavouras com produtividade limitada devido a fatores como a presença de pragas e doenças.

4. Quais são as projeções para o feijão 1ª safra?

A projeção de rendimento para o feijão 1ª safra está em 1.775 kg/ha, mas a baixa umidade no solo tem impactado a germinação das lavouras de sequeiro, enquanto a colheita nas demais regiões produtivas está em andamento.

5. Como está a situação da bovinocultura de corte e de leite?

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé, os campos nativos vêm melhorando a disponibilidade de forragem para a bovinocultura de corte, enquanto na bovinocultura de leite, a produção é satisfatória, mas os baixos preços têm limitado os investimentos no setor.

Essas foram algumas das perguntas frequentes sobre as atuais condições das lavouras de soja e de outras culturas no Rio Grande do Sul. Para mais informações detalhadas sobre o tema, continue lendo o artigo ou entre em contato conosco. Com a colaboração da Emater/RS-Ascar.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Com 23% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul na fase de enchimento de grãos, as chuvas, localizadas e desuniformes, associadas a elevadas temperaturas, trazem consequências negativas para o balanço hídrico da cultura e criam disparidades nas condições das lavouras. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira, 8, pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), em regiões onde não choveu o suficiente, como no Noroeste do Estado, há sinais de estresse hídrico, que pode afetar o potencial produtivo. As plantas exibem sintomas de murchamento, expondo a face inferior das folhas em direção aos raios solares, que causa queimaduras nessas partes. Observa-se também o início do processo de desprendimento das folhas mais baixas nas lavouras mais afetadas pelo déficit hídrico, as quais apresentam rápido amarelecimento e senescência.

Entretanto, nas áreas que receberam volumes pluviométricos mais significativos ou intermediários, a situação das lavouras de soja é satisfatória, com as plantas emitindo brotações, com estatura em conformidade com a fase fenológica em que se encontram, o que sugere resultados produtivos alinhados às projeções estabelecidas inicialmente.

Quanto ao manejo fitossanitário, a atenção principal tem sido direcionada à ferrugem-asiática. As altas precipitações no início do ciclo da cultura beneficiaram o desenvolvimento da doença. Apesar da baixa umidade nas últimas semanas, o que retarda o avanço da doença, permanecem o monitoramento e a aplicação do protocolo de controle preventivo.

Milho – A colheita das lavouras de milho foi intensificada, favorecida pela estabilidade atmosférica, pela presença significativa de sol e pela elevação das temperaturas no transcorrer do dia. O decréscimo na umidade relativa do ar propiciou a colheita dos grãos, cujo teor de umidade varia entre 18% e 22%. Essa faixa é considerada adequada e tem resultado em menor quebra de grãos e em debulha mais eficiente na espiga. A área colhida evoluiu 11% e alcançou 52% da cultivada.

A produtividade do milho colhido é variável, e há relatos de lavouras de alta tecnologia com resultados superiores a 10 mil kg/ha. Em contrapartida, parte das lavouras em situações adversas, como a presença de cigarrinha, de doenças e com tecnologia mais limitada, apresentam produtividade de 3 a 5 mil kg/ha. Em termos gerais, é consenso que a safra será satisfatória, mas inferior à estimativa inicial projetada de 7.414 kg/ha. Além da redução na produtividade, a queda na cotação do produto é identificada como um dos principais desafios, chegando, em alguns casos, a não cobrir os custos de produção, mesmo diante de produtividades elevadas.

Não foram realizados novos plantios de milho no período, em decorrência do baixo teor de umidade no solo. As lavouras semeadas em períodos intermediários e tardios continuam a se desenvolver, evidenciando bons patamares produtivos, conforme a tecnologia empregada. Porém, ainda se esperam reposições de umidade em intervalos regulares.

Milho silagem – Foram suspensos novos plantios, devido aos teores insuficientes de umidade nos solos, permanecendo implantados 97% da área projetada. Contudo, prosseguiu o processo de colheita e ensilagem de planta inteira, visando ao aproveitamento da massa vegetal em ponto ideal para a confecção do alimento conservado e para evitar uma eventual perda de qualidade. A área colhida supera 60% da extensão cultivada. A produtividade estimada é de aproximadamente 39 mil kg/ha, podendo haver redução em algumas regiões, onde os cultivos foram afetados por excesso de chuvas, ventos, pragas e moléstias.

Feijão 1ª safra

Prosseguem as ações de manejo e cultivo das lavouras nas regiões Sul e Nordeste do Estado, assim como a colheita nas demais regiões produtivas. A projeção de rendimento está estabelecida em 1.775 kg/ha. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita atingiu 99%, e o rendimento está próximo a 1.600 kg/ha. Em razão da baixa umidade no solo, a semeadura da 2ª safra ocorre apenas nos talhões com irrigação. Nas lavouras de sequeiro, já semeadas, observa-se germinação desuniforme em decorrência da escassez de umidade no solo.

Arroz

A semana foi de condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas, especialmente em função dos dias de plena radiação solar, baixa umidade relativa do ar e ausência de chuvas, além das temperaturas moderadamente elevadas. A cultura apresenta desenvolvimento satisfatório, e os estágios predominantes são de florescimento e enchimento de grãos. As projeções apontam para produtividades consideradas normais. No entanto, há apreensão em relação à possível incidência de temperaturas extremamente elevadas, uma vez que valores superiores a 35 °C podem ocasionar a esterilização dos grãos de pólen, resultando em potencial diminuição na produtividade.

Os talhões encontram-se integralmente irrigados. A disponibilidade de água nos reservatórios é satisfatória e superior ao observado nas últimas três safras. Os rizicultores também prosseguiram com as adubações de cobertura e eventuais controle de doenças.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Dom Pedrito, houve aumento de 10% na área plantada em comparação ao ano anterior, totalizando 33 mil hectares cultivados, sendo 55% em fase reprodutiva e 45% em fase vegetativa. Em Barra do Quaraí e Uruguaiana, prevê-se o início da colheita no final de fevereiro.

Olerícolas e frutícolas

Alho – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as condições climáticas estão favoráveis ao produto estocado nos galpões para a cura. Alguns produtores vêm praticando, de forma moderada, a toalete dos bulbos, visando futuras vendas. A qualidade e o rendimento das lavouras têm preocupado os produtores em razão do calibre abaixo do esperado, dos bulbos abertos, do alto índice de bulbilhos perfilhados (transformados e folhas) e do baixo peso específico. Diante desse panorama, os produtores estão com dificuldades de encontrar estoques de bulbos adequados para comprar e garantir os bulbilhos-sementes para a safra futura.

Uva – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, a colheita está praticamente encerrada, e a produtividade obtida de uva de mesa foi de 10.900 kg/ha, o que representa redução de 38% em relação à expectativa inicial. Para uva destinada à indústria, a produtividade ficou em torno de 17.400 kg/ha, redução de 29%. Além da diminuição significativa da produtividade, o excesso de chuvas comprometeu consideravelmente a qualidade da uva produzida. Nesse momento, os produtores realizam o manejo pós-colheita com tratamentos fitossanitários para manutenção da área foliar a fim de produzir reservas para próxima safra. Também realizam adubação de reposição.

Criações

Bovinocultura de corte – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os campos nativos apresentam boa quantidade de massa verde, melhorando a disponibilidade de forragem, especialmente em áreas com lotações ajustadas ou divisões de piquetes. A falta de chuvas, em algumas regiões de solo arenoso, começa a afetar o desenvolvimento do pasto nativo. O escore corporal do gado melhorou, mas os produtores continuam à espera de condições mais favoráveis de preços para realizar a comercialização, que permanece limitada em razão do mercado retraído para o gado gordo e para as categorias de reposição.

Bovinocultura de leite – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as matrizes leiteiras e demais categorias do rebanho estão em bom estado corporal, sendo alimentadas com campo nativo, pastagens de verão e suplementação de concentrado. A produção de leite é satisfatória, porém os baixos preços por litro têm limitado os investimentos no setor, resultando em baixa procura por matrizes leiteiras. As altas temperaturas recentes impactam o bem-estar e a produção dos animais. Na de Santa Maria, os produtores seguem preocupados em relação ao baixo valor pago pelo leite, que permanece estável e baixo, como nas semanas anteriores. Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas permanece dentro da normalidade; dedica-se especial atenção ao controle de ectoparasitas, como carrapato, mosca-dos-chifres, miíases (bicheira) e berne. A presença de mosca doméstica e borrachudo foi agravada pelo clima, levando os produtores a realizar controle químico.

Destaque Rural, com informações da Emater/RS-Ascar.

Verifique a Fonte Aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Patrocinadores