

O uso de satélites no monitoramento da produção aquícola brasileira
No primeiro tópico, o foco será na utilização de imagens de satélite para monitorar e mapear a produção de peixes em cativeiro no Brasil. Será abordado o avanço tecnológico que permitiu a implementação desse tipo de monitoramento, bem como os benefícios e desafios enfrentados pelos produtores.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!De acordo com especialistas do setor, o uso de satélites tem ajudado a identificar áreas de maior concentração de produção, bem como a monitorar possíveis impactos ambientais causados pela atividade. Com isso, é possível otimizar a gestão dos recursos naturais, garantindo uma produção mais sustentável e rentável.
O impacto da aquicultura na economia e no meio ambiente
O segundo tópico irá explorar o impacto da aquicultura na economia e no meio ambiente brasileiro. Será destacada a importância desse setor para a geração de empregos e renda no país, bem como as preocupações ambientais relacionadas à atividade.
A aquicultura tem se mostrado uma alternativa viável para garantir a segurança alimentar da população, além de impulsionar o desenvolvimento econômico de regiões menos favorecidas. No entanto, é importante ressaltar que a expansão desenfreada da atividade pode trazer impactos negativos para o meio ambiente, como a poluição de rios e lagos.
As principais regiões produtoras de peixes em cativeiro no Brasil
No terceiro tópico, será abordado as principais regiões produtoras de peixes em cativeiro no Brasil. Serão apresentados dados estatísticos sobre a produção de peixes em cada uma das regiões, bem como as características geográficas e climáticas que favorecem a atividade.
Algumas das regiões mais relevantes para a aquicultura no Brasil são a região Sul, Sudeste e Nordeste. Nessas áreas, há um clima favorável para a produção de diversas espécies de peixes, além de uma infraestrutura adequada e incentivos governamentais para a atividade.
Perspectivas para o futuro da produção aquícola brasileira
O setor da aquicultura tem um grande potencial de crescimento no Brasil e no mundo. Com a crescente demanda por proteína animal e a busca por opções mais sustentáveis, a produção de peixes em cativeiro surge como uma alternativa promissora.
Nesse contexto, é importante destacar algumas tendências e perspectivas para o futuro da produção aquícola no país. Uma delas é a adoção de tecnologias mais avançadas, como o uso de sensores e drones para monitoramento e manejo dos sistemas de produção.
Outra perspectiva importante é o fortalecimento da cadeia produtiva como um todo. Isso envolve desde a capacitação dos produtores e trabalhadores da área, até a melhoria das condições de transporte e comercialização dos produtos.
Além disso, é necessário investir em pesquisa e desenvolvimento de novas espécies e tecnologias, visando aumentar a eficiência e a sustentabilidade da produção aquícola. Uma das áreas que tem recebido bastante atenção é a produção de peixes em sistemas integrados, como a aquaponia, que combina a criação de peixes com o cultivo de plantas em um sistema fechado e altamente eficiente.
Em resumo, o futuro da produção aquícola no Brasil é bastante promissor, desde que haja investimentos em tecnologia, capacitação e inovação. Com o uso adequado das ferramentas disponíveis e a adoção de práticas mais sustentáveis, a aquicultura pode se consolidar como uma importante fonte de proteína animal no país e no mundo.
A Embrapa usou imagens de satélite para mapear mais de 78.000 hectares de viveiros escavados para produção aquícola no brasilo que representa uma medida importante para o desenvolvimento da aquicultura no país.
O levantamento realizado gerou um banco de dados inédito no país, contendo informações precisas sobre a localização e limites de 48.500 conjuntos de viveiros, também conhecidos como “baterias”.
Foram analisados os municípios que respondem por cerca de 75% da produção aquícola de cada estado, resultando em uma área de estudo que abrange 513 municípios.
Com essas informações, torna-se possível ter um panorama mais completo e detalhado da produção aquícola no país.
No entanto, durante o mapeamento, a equipe da Embrapa encontrou diferenças na concentração espacial, bem como na estrutura produtiva do país.
No Paraná, maior produtor de piscicultura, as baterias de viveiros estão muito concentradas na região Oeste.
Eles estão mais dispersos por todo o território no Rio Grande do Sul, onde foi encontrado o maior número deles, nove mil.
Rondônia, que ocupa a terceira posição no ranking, teve a maior área mapeada de viveiros com 12,5 mil hectares.
Segundo Marta Ummus, líder dos projetos que financiaram o mapeamento dos viveiros da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), “os recursos provenientes de diversas fontes de financiamento foram essenciais para o desenvolvimento de um produto importante e inédito para a aquicultura brasileira. Agora, os esforços devem ser direcionados para automatizar o mapeamento dessas funcionalidades, a fim de tornar o monitoramento das atividades mais eficiente e preciso.” Com o mapeamento automático, será possível acompanhar com mais detalhes e em tempo real o crescimento da produção aquícola no Brasil.
No entanto, identificar baterias de viveiros nos 930 mil km² dos municípios estudados não foi uma tarefa fácil para o grupo de geoprocessamento e sensoriamento remoto da Embrapa envolvido no projeto. Os diferentes tamanhos e formas das estruturas exigiram uma combinação de estratégias de mapeamento.
“Este é o primeiro trabalho que trata de um mapeamento sistemático de viveiros escavados no Brasil. Poucas referências foram encontradas, mesmo internacionalmente. Muitos trabalhos descrevem apenas experimentos em escala de pontos. Não existia um mapeamento de todo o país, com as dimensões territoriais que o Brasil tem”, relata o Vice-chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial (SP), Lucíola Magalhães.
“A aquicultura tem diferentes contextos de produção. A carcinicultura, no litoral do Rio Grande do Norte, utiliza grandes tanques e é comum encontrá-los próximos a estruturas de produção de sal. Quando você analisa a aquicultura no Paraná, encontra pequenas propriedades, com quatro ou cinco pequenos viveiros, muitas vezes associados à produção de grãos. Na região Norte também é diferente, muitas espécies cultivadas são nativas, a forma de captação da água é diferente”, observa o analista André Farias, da Embrapa Territorial.
“Esta diversidade é própria da atividade aquícola e é natural porque os contextos geográficos são diferentes, assim como as espécies cultivadas, o manejo, o objetivo. Isso se expressa no território e, portanto, mapear todo o Brasil é um grande desafio”, acrescenta.
como foi feito
O trabalho utilizou como base imagens de 2018 do sensor multiespectral MSI do satélite Sentinel-2, com resolução espacial média (dez metros). Eles foram geoprocessados para identificar os pontos do território que podem corresponder a corpos d’água, com base no cálculo do índice NDWI (Índice de Diferença Normalizada da Água).
O problema é que esse processamento não consegue diferenciar da água outros objetos que absorvem luz, como regiões de sombra e telhados.
Com isso, a equipe escaneou as áreas destacadas para identificar visualmente quais dos objetos selecionados pelo geoprocessamento poderiam realmente corresponder a baterias de lagoas escavadas. Para isso, também utilizou imagens de alta resolução espacial de diferentes satélites, em busca de elementos comumente presentes em áreas de produção aquícola, como aeradores e galpões para armazenamento de rações e equipamentos.
“O aerador é um elemento chave: quando conseguimos visualizá-lo, e isso só é possível em imagens de alta resolução, temos certeza de que é aquicultura”, diz Farias.
Parte dos dados recolhidos foi validada no gabinete, por cruzamento com outras bases de dados espaciais. Foram utilizadas informações fornecidas pelos órgãos estaduais de licenciamento ambiental e órgãos de assistência técnica rural, bem como dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), cadastro público eletrônico obrigatório para todas as propriedades rurais do país. O método utilizado está descrito em publicação técnica, disponível no Portal da Embrapa.
Unindo forças
A identificação dos municípios responsáveis por pelo menos 75% da produção aquícola de cada estado foi feita com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o coordenador de estatísticas agropecuárias do instituto, Octávio Costa de Oliveira, a expectativa é que, agora, o caminho inverso também possa ser feito, com o mapeamento direcionando o trabalho dos recenseadores e da Pesquisa Pecuária Municipal
(PPM), realizada anualmente.
“Se eu conseguir identificar, antes do trabalho censitário, onde pode haver unidades produtivas, isso pode garantir uma melhor cobertura do censo”, exemplifica.
O levantamento de informações sobre aquicultura pelo IBGE é recente. Os primeiros dados foram registrados no Censo Agropecuário de 2006. Em 2013, a atividade passou a fazer parte do PPM e passou a contar com números anuais de volume e valor de produção. No entanto, coletar dados de uma cadeia produtiva ainda em desenvolvimento é um desafio, na opinião de Oliveira.
“Precisamos ter instrumentos para identificar os viveiros escavados anualmente, de forma mais rápida e que nos permita espacializar a produção. (O mapeamento) é um trabalho muito relevante”, destaca.
“A aquicultura é um fenômeno espacial e dinâmico. Ao ‘colocar no mapa’, estamos mostrando onde esse fenômeno está ocorrendo, que caminho ele percorreu até agora e quais serão seus possíveis cenários de desenvolvimento. Desta forma, contribuímos para aumentar o sucesso nos processos de tomada de decisão, principalmente para a formulação de políticas públicas”, contextualiza Marta Ummus.
Em busca de parceiros
A base de dados com o mapeamento dos viveiros escavados é um trunfo destinado às parcerias da Embrapa. O produto apresenta a localização e limites vetorizados de cada conjunto de lagoas, bem como informações de validação. “Existe a oportunidade de associar outras variáveis ao mapeamento, fazer análises e gerar novos produtos. Buscamos parceiros nos setores público e privado”, explica o analista Marcelo Fonseca, da Embrapa Territorial.
“Se considerarmos a cadeia como um todo, esse tipo de produto pode orientar planos de desenvolvimento territorial, licenciamento ambiental, rastreabilidade, certificação, estatísticas nacionais, por exemplo”, detalha Magalhães.
O ativo já faz parte de uma iniciativa de três instituições brasileiras com a Cornell University (Estados Unidos), para avaliar a pegada de carbono e os impactos da expansão da aquicultura na Amazônia. Além disso, também forneceu informações à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) e serviu de base para estudos solicitados pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, para definição de áreas para receber projetos-piloto para o setor.
A Embrapa Territorial ainda trabalha no desenvolvimento de algoritmos para automatizar o mapeamento da aquicultura por sensoriamento remoto e expandi-lo para todo o Brasil.
Cadeia em constante crescimento
No Brasil, a aquicultura vem crescendo de forma sólida nos últimos anos.
A maior profissionalização da cadeia produtiva de valor, o acesso a tecnologias e dados e informações organizadas, bem como avanços na legislação em nível estadual e nacional, contribuem para esse cenário positivo.
Em particular, a piscicultura tem se destacado. Os números comprovam o bom momento da atividade. De acordo com o último anuário do Associação Brasileira de Piscicultura (peixe BR)em 2022, o faturamento do setor ficou em torno de R$ 9 bilhões.
Foram produzidas mais de 860 mil toneladas de pescado, com destaque para a tilápia, que respondeu por cerca de 64% desse volume.
Analisando os números divulgados pela associação nos últimos nove anos, percebe-se o crescimento da produção pesqueira no país. Ao longo desse período, a produção cresceu de um ano para o outro. Os números de 2014 indicavam quase 579 mil toneladas. Portanto, houve um aumento de mais de 48,5% entre 2014 e 2022. Ainda segundo o Peixe BR, a piscicultura gera cerca de três milhões de empregos diretos e indiretos no país.
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