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Santa Catarina sofre prejuízos com importações de leite

Desafios na Produção Leiteira Brasileira em 2023

Impacto das Importações sobre a Cadeia Produtiva

Declínio na oferta mundial de leite impacta os mercados globais de lácteos
Santa Catarina sofre prejuízos com importações de leite 2

A produção leiteira no Brasil enfrentou desafios em 2023 devido ao aumento significativo das importações de lácteos, que tiveram um impacto negativo tanto para os produtores rurais quanto para a indústria nacional. Mesmo que essas importações tenham beneficiado os consumidores com a redução dos preços no varejo, a cadeia produtiva sofreu um desequilíbrio que resultou em fazendas rurais abandonando a atividade leiteira, o que representa uma séria ameaça ao abastecimento de matéria-prima para as indústrias nacionais.

Alerta da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina

Em junho de 2023, a FAESC alertou o Ministério da Agricultura sobre os efeitos negativos das importações excessivas de lácteos no Brasil. Essas importações desordenaram a cadeia produtiva, afetando diretamente a agricultura familiar e levando muitos produtores rurais em Santa Catarina a desistir da atividade leiteira. A FAESC participou de manifestações e reuniões políticas em busca de soluções para essa problemática.

Aumento Expressivo das Importações no Ano de 2023

Os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) revelaram um aumento de 74,2% nas importações brasileiras de lácteos em 2023. São Paulo foi o estado que mais importou lácteos, seguido por Santa Catarina. Isso impactou negativamente os produtores rurais, levando o presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo a fazer um apelo para que haja uma redução nas importações e que seja priorizado o leite do produtor rural brasileiro.

Propostas para Mitigação dos Impactos Negativos

Além disso, a FAESC propõe a regulação da importação de lácteos, a criação de gatilhos e barreiras para evitar o desequilíbrio das cadeias produtivas no Brasil, além de medidas para estimular a produção e o consumo nacionais. Em 2023, houve um esforço significativo para encontrar soluções que equilibrassem a situação.

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Importância da Segurança Alimentar

De acordo com José Zeferino Pedrozo, a cadeia produtiva do leite é essencial para a segurança alimentar do Brasil, e medidas como a redução da tributação, empréstimos do Governo Federal para o setor leiteiro e outras estratégias são necessárias para garantir a estabilidade e o crescimento dessa indústria.

Conclusão: Necessidade de Intervenção e Investimento no Setor Leiteiro

Diante do aumento massivo das importações de lácteos, medidas concretas e urgentes são necessárias para evitar o colapso da produção leiteira brasileira. A situação demanda coordenação entre os governos da União e dos Estados, regulamentação inteligente das importações e investimento no estímulo à produção nacional de leite. A segurança alimentar do país depende da resolução desses desafios.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

São dois lados de uma mesma moeda: em 2023 as maciças importações de lácteos beneficiaram o consumidor brasileiro com a queda de preços no varejo, mas abalaram a cadeia produtiva e levaram muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias nacionais.

A complexidade dessa questão foi levantada em junho do ano passado, quando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) alertou o Ministério da Agricultura que as importações excessivas estavam desorganizando a cadeia produtiva e afetando diretamente a agricultura familiar, fazendo-a desistir desse segmento da agropecuária barriga-verde. A FAESC participou de manifestações e articulações políticas que envolveram toda a cadeia produtiva.

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De acordo com o MDIC, as importações brasileiras de lácteos (leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo) encerraram o ano de 2023 com alta de 74,2% em relação ao ano anterior. As compras totalizaram 231,3 mil toneladas de janeiro a dezembro, e os desembolsos, 853,62 milhões de dólares (+66%).

São Paulo foi o estado que mais importou lácteos em 2023 (26,8%) – quase um terço do total nacional – com desembolso de 229 milhões de dólares, quantia 64,8% maior que a aplicada em 2022.

Santa Catarina ficou na segunda posição, com aquisições que somam 168 milhões de dólares (+54,9%) e participação de 19,7%.

O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo fez um apelo para que os laticínios e as redes de varejo reduzam as importações e voltem a priorizar o leite do produtor rural brasileiro. “A cadeia produtiva do leite é essencial para a segurança alimentar do Brasil”, assinalou o dirigente.

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Lembrou que o ano de 2023 foi penoso para o produtor de leite em consequência da conjunção de estiagem no verão, enchentes provocadas pelo El Niño ao longo do ano e entrada massiva de lácteos do Mercosul. Acredita que neste ano a tendência é de melhoria a partir de março, com retomada do consumo pela volta das atividades escolares.

Uma das soluções que a FAESC propõe em sintonia com a CNA é regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil.

Paralelamente, o presidente Pedrozo defende uma política de apoio ao setor que inclua medidas articuladas entre os governos da União e dos Estados para estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, EGF (empréstimos do Governo Federal) para o leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo.

Outras medidas incluem aquisição subsidiada de tanques de resfriamento e outros equipamentos para pequenos e médios produtores, o uso obrigatório de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.

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Foi o segundo ano consecutivo com alta na aquisição externa de lácteos, principalmente com origem no Uruguai e na Argentina. Em 2022, o país importou 514 milhões de dólares e acumulou um crescimento de 64% ante os 12 meses de 2021, ou seja, dez pontos percentuais a menos que o resultado acumulado em 2023 sobre o ano anterior.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Argentina consolidou-se como líder nas remessas ao Brasil, com participação de 45,5% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no ano passado.

O incremento é de 40% em relação ao ano anterior, com faturamento de 388 milhões de dólares – acréscimo de 111 milhões de dólares sobre os negócios de 2022.

De outro lado, o Uruguai deu um salto ainda maior, com variação de 87,7% nos negócios realizados de um ano para outro. O país faturou 354 milhões de dólares, mais 166 milhões de dólares que em 2022, abocanhando uma fatia de 41,5% das transações.

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Fonte: Ascom Faesc-Senar / MB Comunicação

FAQ Sobre Importação de Lácteos em 2023

Pergunta 1: Por que as importações de lácteos aumentaram tanto em 2023?

Resposta: As importações de lácteos cresceram significativamente em 2023 devido a uma série de fatores, como a conjunção de estiagem, enchentes e a entrada massiva de lácteos do Mercosul, que impactaram a produção nacional.

Pergunta 2: Como as importações afetaram a cadeia produtiva do leite no Brasil?

Resposta: As importações afetaram negativamente a cadeia produtiva do leite no Brasil, causando desorganização e impactos diretos na agricultura familiar, levando muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira.

Pergunta 3: Quais são as propostas da FAESC para lidar com o aumento das importações?

Resposta: A FAESC propõe regular a importação, criar gatilhos e barreiras para o excesso de importações, bem como implementar políticas de apoio ao setor, incluindo estímulos à produção e ao consumo, redução da tributação, combate às fraudes e medidas antidumping.

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Pergunta 4: Qual foi o impacto das importações de lácteos no consumidor brasileiro?

Resposta: As importações beneficiaram o consumidor com a queda de preços no varejo, tornando os produtos lácteos mais acessíveis, porém, em contrapartida, desestabilizaram a cadeia produtiva e ameaçaram a segurança alimentar do país.

Pergunta 5: Quais foram os principais países fornecedores de lácteos para o Brasil em 2023?

Resposta: Os principais países fornecedores de lácteos para o Brasil em 2023 foram a Argentina e o Uruguai, que lideraram as remessas ao país, representando grande parte das importações realizadas.

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