A produção total da Cafés do Brasil foi estimada em um volume físico equivalente a 54,7 milhões de sacas de 60 kg para a safra 2023. Essa estimativa obviamente inclui a produção de 37,9 milhões de sacas da espécie Coffea arabica, o que equivale a 69,3% da produção nacional, e, adicionalmente, 16,8 milhões de sacas de Coffea canephora, espécie no caso que inclui os cafés Conilon e Robusta , que correspondem a 30,7% do total da safra nacional.

Em nível mundial, a produção de café deve atingir o equivalente a 171,3 milhões de sacas de 60 kg, das quais 98,6 milhões de sacas serão da espécie C. arábica, que corresponderá a 57,5% da safra mundial, e 72,7 milhões de sacas de C. canephora, que representará cerca de 42,5% da produção mundial no ano cafeeiro de 2022-2023.

Nesse mesmo contexto, cabe destacar também que a safra estimada para os Cafés do Brasil, se confirmados esses números, corresponderá a 32% da produção mundial, obviamente incluindo as duas espécies citadas. E, especificamente, que a produção de café arábica no Brasil corresponderá a aproximadamente 38,5% da produção mundial de C. arabica, e também que a produção brasileira de C. canephora corresponderá a 23% da produção desta espécie ( robusta +conilon) em todo o mundo.

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Outro ponto que merece destaque nesta análise é que a área de cafeicultura, cujas lavouras estão efetivamente produzindo nesta safra de 2023 no Brasil, totaliza 1,87 milhão de hectares, dos quais 1,48 milhão de hectares são destinados ao café arábica, e aproximadamente 390 mil hectares são de canéfora (robusta e conilon), o que permite estimar que a produtividade média total da Cafés do Brasil será de 29,2 sacas por hectare, considerando a safra total de 54,7 milhões de sacas citada acima, com as duas espécies de café cultivadas no país.

Vale ressaltar que os dados agora destacados para os Cafés do Brasil na safra 2023 foram extraídos do Monitoramento da Safra Cafeeira Brasileira – maio de 2023, da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, bem como do Relatório do Mercado Cafeeiro – abril de 2023, pela Organização Internacional do Café – ICO, que estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

No que diz respeito ao mercado cafeeiro mundial, conforme declarado no Relatório da OIC acima mencionado, “o consumo mundial de café aumentou 4,2%, para 175,6 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2021/22, após um aumento de 0,6% no ano anterior. A liberação da demanda reprimida acumulada durante os anos da COVID-19 e o forte crescimento econômico global de 6,0% em 2021 explicam a recuperação do consumo de café no ano cafeeiro de 2021/22. A desaceleração das taxas de crescimento econômico mundial em 2022 e 2023, juntamente com o dramático aumento do custo de vida, terá um impacto sobre o consumo de café no ano cafeeiro de 2022/23. Espera-se que cresça, mas a uma taxa de desaceleração de 1,7%, para 178,5 milhões de sacas. A desaceleração global deve vir de países não produtores, com a previsão de que o consumo de café na Europa sofrerá a maior queda entre todas as regiões, com taxas de crescimento caindo para 0,1% no ano cafeeiro de 2022/23, de uma expansão de 6,0% em ano cafeeiro 2021/22. Como resultado, espera-se que o mercado mundial de café experimente mais um ano de déficit de 7,3 milhões de sacas.”

E especificamente em relação ao nosso país, cuja produção total de Cafés do Brasil, que é de 54,7 milhões de sacas de 60 kg, se for estabelecido um ranking dos seis maiores estados produtores, em ordem decrescente, verifica-se o seguinte: Minas Gerais, em o primeiro lugar, com 27,8 milhões de sacas, desempenho que corresponde a aproximadamente 51% da produção nacional; Espírito Santo, em segundo lugar, com 13,6 milhões de sacas (25%); São Paulo, então, com 4,9 milhões de sacas (9%); Bahia, 3,6 milhões de sacas (6,6%), Rondônia, 3,1 milhões de sacas (5,7%) e Paraná, o sexto estado produtor, com 1,2%, produz 686,7 mil sacas. Outros estados produtores de Cafés do Brasil completam 100% da safra nacional.

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Esclarecemos que a CONAB realiza quatro levantamentos da safra cafeeira por ano. A primeira é realizada em novembro e dezembro e lançada em janeiro, e retrata o período pós-floração do cafeeiro. A segunda, objeto desta análise e publicação, é realizada e divulgada no mês de maio e representa o período de pré-safra. A terceira, realizada em agosto e lançada em setembro, compreende o período de plena safra no país. O quarto levantamento, realizado e divulgado em dezembro, compreende o período pós-colheita, quando todos os dados obtidos em campo são corrigidos e consolidados. E, ainda, que para a Organização Internacional do Café – OIC, o ano cafeeiro é computado de outubro a setembro do ano seguinte, a fim de adequar e compatibilizar a produção mundial.



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