A safra de soja puxará o resultado recorde esperado para a produção agrícola brasileira em 2023. A colheita de grãos nacional deve ser de 293,6 milhões de toneladas no ano que vem, 30,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho previsto para 2022, um aumento de 11,8%. Os dados são do segundo Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Em 2022, a safra da soja foi drasticamente reduzida por causa da falta de chuvas, sobretudo na região Sul. Para a safra 2023, até o momento, as condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, o que deve permitir uma recuperação na produção. A safra de 2023 deve ser novo recorde da série histórica do IBGE”, apontou o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, em nota oficial.
A previsão é de que a supersafra de soja alcance 146,4 milhões de toneladas em 2023, alta de 22,5% em relação a 2022.
O milho deve somar 115,8 milhões de toneladas, aumento de 5,1% ante 2022. “Apesar de uma boa 2ª safra em 2022, a rentabilidade dos preços do cereal deve se manter em 2023, incentivando os produtores de milho a ampliarem as lavouras e investirem mais nesse cultivo”, acrescentou Barradas.
A produção agrícola de 2023 prevê colheitas maiores de soja (alta de 22,5% ante 2022, ou 26.866.714 toneladas a mais), milho 1ª safra (15,8% ou mais 4.022.128 toneladas), milho 2ª safra (1,9% ou mais 1.596.689 toneladas), algodão herbáceo em caroço (0,8% ou mais 31.682 toneladas), sorgo (4,5% ou mais 127.774 toneladas) e feijão 1ª safra (4,2% ou mais 45.884 toneladas).
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Na direção oposta, estão estimadas reduções no arroz (-3,1% ou -332.552 toneladas), feijão 2ª safra (-10,4% ou -139.148 toneladas), feijão 3ª safra (-1,0% ou -6.542 toneladas) e trigo (-12,0% ou -1.145.356 toneladas).
A área prevista deve ser maior em 2023 para soja (3,7%), feijão 2ª safra (0,7%), algodão herbáceo (0,1%) e milho 2ª safra (1,3%). Por outro lado, há recuos estimados para o arroz em casca (-4,0%), sorgo (-1,4%), feijão 1ª safra (-1,8%), feijão 3ª safra (-1,1%) e trigo (-2,4%).
“Essa 2ª estimativa para a safra a ser colhida em 2023 é passível de retificações no próximo levantamento, em dezembro, e durante o acompanhamento das safras ao longo de 2023”, observou o IBGE.