O volume de negócios no mercado de gado para reposição continua evoluindo a passos lentos entre as principais praças pecuárias do Brasil, de acordo com apuração da IHS Markit.

“O descompasso entre oferta e demanda por animais ainda é o principal entrave no processo de formação de preços mais firmes entre as principais categorias”, analisa a consultoria.

Mesmo diante das sucessivas quedas nos preços da boiada gorda, o poder de compra dos pecuaristas recriadores e invernistas, porém, ainda se mostra vantajoso, observa a IHS.

Segundo a consultoria, as chuvas que vêm ocorrendo em algumas importantes regiões do Brasil colaboram para o bom desenvolvimento da pastagem, mas a distribuição entre as regiões é irregular, o que limita o crescimento do capim.

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Porém, diz a IHS, a inconsistência no volume de negócios é atribuída também à maior cautela dos compradores diante da incertezas com relação ao comportamento do mercado pecuário em 2023.

Na região Norte do Brasil, por exemplo, as chuvas nas regiões de Tocantins e do Pará estão irregulares e com baixo volume no acumulado do ano, o que prejudica o desenvolvimento do pasto.

“Há liquidez e negociações constantes, mas com preços (das categorias de reposição) pressionados para baixo”, informa a IHS, referindo-se à região Norte.

Em alguns casos, abre-se prazos maiores para pagamento (30 até 60 dias), para garantir liquidez e boa precificação, acrescenta a consultoria.

No Centro-Oeste, as variações de preços foram mistas ao longo desta semana, dependendo do peso e idade dos lotes. Os preços das fêmeas recuaram no Mato Grosso do Sul, relata a IHS.

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Nas praças do Mato Grosso e de Goiás, o mercado chegou a esboçar firmeza para lotes mais pesados devido ao bom desenvolvimento dos pastos, acrescenta a IHS.

Na região Sudeste, os preços dos animais de reposição também ensaiaram tímida firmeza durante a semana, mas o volume de negócios ficou aquém das expectativas.

No Sul do País, o mercado segue truncado na praça do Rio Grande do Sul, e com liquidez mediana no Paraná.

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Chuva à vista – Pelo levantamento da Scot Consultoria, mesmo com boa oferta de bezerro pressionando as cotações para baixo, a instabilidade no mercado do boi gordo tem deixado os pecuaristas inseguros para repor o plantel.

“Poucos negócios têm ocorrido no mercado de reposição”, informa a zootecnista Jayne Costa, analista de mercado da Scot.

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, considerando a média de todas as categorias de machos e fêmeas aneloradas, no comparativo semanal, as cotações caíram 0,5% nesta semana.

O recuo foi puxado pela categoria de fêmeas, com queda de 0,6% nas cotações.

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“Com as chuvas em maior volume no Brasil-Central, as pastagens estão recuperando a sua capacidade de suporte, dando aos recriadores e invernistas maior poder de negociação”, observa Jayne.

Segundo ela, a expectativa é que, com as festividades de final de ano, a ponta compradora eleve a sua demanda por animais de reposição.

No entanto, prevê a analista, no curto prazo, a ponta vendedora deve entrar no mercado com um maior poder de barganha.

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