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**Dólar fecha a semana em baixa ante o real com cenário externo e ajustes nos DIs**
O dólar à vista encerrou a sexta-feira em queda em relação ao real, acumulando uma baixa significativa ao longo da semana. Essa movimentação nas cotações está relacionada tanto ao cenário externo, onde a moeda norte-americana também cedeu, quanto aos ajustes de posições nos Depósitos Interfinanceiros (DIs), com os investidores aguardando a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana.
No fechamento do dia, o dólar à vista foi cotado a 4,7315 reais na venda, com uma queda de 0,58%. Na semana, a moeda acumulou uma baixa de 1,01%.
Na B3, o primeiro contrato futuro de dólar também apresentou uma queda de 0,30%, chegando a R$ 4,7315 às 17h20 (horário de Brasília).
Durante a sessão, o dólar à vista cedeu em relação ao real, atingindo a cotação mínima de 4,6960 reais (-1,32%) pela manhã. Esse movimento foi influenciado por fatores externos e internos.
De acordo com Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, os mercados estão focados em um cenário de maior aceleração da economia global e desaceleração da inflação, após as últimas decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central Europeu. Isso cria um ambiente positivo para as moedas commodities, como o real.
Moutinho destaca que a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o cenário de recessão não é mais o cenário base para as autoridades, melhora o ambiente de risco global. Combinado com a desaceleração da inflação nas principais economias, isso reforça a perspectiva positiva para as moedas de commodities.
Nos Estados Unidos, novos dados de inflação divulgados confirmaram a tendência de desaceleração. Em junho, o índice do PCE subiu 0,2%, uma alta mais fraca em relação a maio, e avançou 3,0% nos últimos 12 meses, a taxa mais fraca desde março de 2021.
No Brasil, a alta dos contratos futuros de juros na ponta curta contribuiu para a queda do dólar frente ao real, já que os investidores reduziram a probabilidade de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica da Selic na próxima semana.
No restante da manhã e à tarde, o dólar local reduziu as perdas à medida que alguns participantes do mercado aproveitaram as cotações mais baixas para comprar moedas.
A disputa pela Ptax de fim de mês também passou a influenciar os negócios nesta sexta-feira. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e serve como referência para a liquidação dos contratos futuros. No final de cada mês, os agentes financeiros costumam tentar direcionar a Ptax para patamares mais convenientes para suas posições.
No cenário externo, o dólar manteve-se em ligeira baixa frente a uma cesta de moedas fortes e recuou em relação à maioria das moedas de países emergentes ou atreladas a commodities.
Às 17h20 (horário de Brasília), o índice do dólar caía 0,05%, a 101,640.
**Perguntas e Respostas Frequentes**
1. Por que o dólar fechou em baixa ante o real?
– O dólar fechou em baixa em relação ao real devido ao cenário externo, onde a moeda norte-americana também cedeu, e aos ajustes de posições nos Depósitos Interfinanceiros (DIs).
2. Qual foi a variação do dólar ao longo da semana?
– O dólar acumulou uma baixa de 1,01% ao longo da semana.
3. O que influenciou a queda do dólar frente ao real?
– A alta dos contratos futuros de juros na ponta curta contribuiu para a queda do dólar frente ao real, já que os investidores reduziram a probabilidade de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica da Selic na próxima semana.
4. O que é a Ptax?
– A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e serve como referência para a liquidação dos contratos futuros. No final de cada mês, os agentes financeiros costumam tentar direcionar a Ptax para patamares mais convenientes para suas posições.
5. Como o cenário externo afetou o dólar?
– O cenário externo, com a desaceleração da inflação nos Estados Unidos e a expectativa de aceleração da economia global, contribuiu para a queda do dólar, especialmente em relação às moedas de países emergentes ou atreladas a commodities.
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Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa ante o real, acumulando baixa firme na semana, com as cotações reagindo ao cenário externo, onde a moeda norte-americana também cedeu, e aos ajustes de posições nos Depósitos Interfinanceiros ( DIs), com os investidores aguardando o Copom na próxima semana.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7315 reais na venda, com queda de 0,58%. Na semana, a moeda norte-americana acumula baixa de 1,01%.
Na B3, às 17h20 (horário de Brasília), o primeiro contrato futuro de dólar caía 0,30%, a R$ 4,7315.
O dólar à vista cedeu em relação ao real ao longo da sessão. Pela manhã, às 9h33, a moeda registrava cotação mínima de 4,6960 reais (-1,32%), sob influência de fatores externos e internos.
Segundo Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, após as mais recentes decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, os mercados passaram a se concentrar em um cenário de maior aceleração da economia global e desaceleração da inflação.
“Uma declaração importante do (presidente do Fed, Jerome) Powell, que reflete hoje e provavelmente nos próximos meses, é que o cenário de recessão não é mais o cenário de linha de base para as autoridades. Isso melhora o ambiente de risco global e, quando combinado com a desaceleração da inflação nas principais economias, temos um cenário muito positivo para as moedas de commodities”, destacou Moutinho.
Na quarta-feira passada, Powell disse que a equipe do Fed não prevê mais uma recessão nos EUA.
Nesta sexta-feira, novos dados de inflação divulgados nos EUA reforçaram a leitura de que a inflação está desacelerando. O Departamento de Comércio disse que a inflação do PCE subiu 0,2% no mês passado, após alta de 0,1% em maio. Nos 12 meses até junho, o índice avançou 3,0%, a taxa mais fraca nessa base de comparação desde março de 2021 e após alta de 3,8% em maio.
No Brasil, a alta dos contratos futuros de juros na ponta curta, com investidores reduzindo a probabilidade, implícita na curva, de corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica da Selic na próxima semana, contribuiu para a queda do dólar frente ao real .
No restante da manhã e à tarde, no entanto, a moeda local dos EUA reduziu as perdas, com alguns participantes do mercado aproveitando as cotações mais baixas para comprar moedas. A disputa pela Ptax de fim de mês – a ser definida na segunda-feira – também começou a permear os negócios nesta sexta-feira.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e serve de referência para a liquidação dos contratos futuros. Ao final de cada mês, os agentes financeiros costumam tentar direcioná-lo para patamares mais convenientes para suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta de preços) ou vendidas em dólares (no sentido de queda).
No exterior, o dólar manteve-se em ligeira baixa frente a uma cesta de moedas fortes e recuou frente à maioria das moedas de países emergentes ou atreladas a commodities.
Às 17h20 (horário de Brasília), o índice do dólar – que mede o comportamento da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – caía 0,05%, a 101,640.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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Fonte: Agro