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Já imaginou contribuir para a preservação do meio ambiente e ao mesmo tempo atender todo o consumo de energia elétrica de uma cidade do porte de Ribeirão Preto, com cerca de 700 mil habitantes, por um período de 10 anos? Essa pode ser uma alternativa viável através do biogás, um tipo de combustível gasoso gerado a partir de resíduos orgânicos e com grande possibilidade de geração de energia limpa e renovável.
O tema “Bioeletricidade e Biogás na Transição Energética” foi destaque, nesta quarta-feira (16), no 13º Seminário de Bioeletricidade e Biogás da UNICA/CEISE Br, durante o segundo dia da Fenasucro & Agrocana, única feira do mundo dedicada exclusivamente para a cadeia de bioenergia. O evento começou na última terça-feira (15) e segue até sexta-feira, dia 18, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho.
Para o gerente de Bioeletricidade da UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Zilmar Souza, o mercado está em pleno desenvolvimento e há grandes oportunidades de investimentos em negócios ligados à economia verde. Segundo ele, de todo o potencial do mercado de biogás, atualmente utilizamos apenas 1% ou 2% do potencial técnico como energia.
“É importante estabelecermos uma política setorial estimulante e de longo prazo para o biogás. Pensamos em uma visão estruturante e integrada do biogás e do biometano com outros produtos energéticos da cana-de-açúcar na matriz energética do país, como etanol, eletricidade e hidrogênio”, declarou Souza.
Atualmente, das 369 usinas sucroalcooleiras em operação no Brasil, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apenas duas produzem energia a partir do biogás, embora todas tenham potencial para gerar bioeletricidade a partir de resíduos orgânicos.
Ainda de acordo com o gerente de Bioeletricidade da UNICA, com a destinação de toda a vinhaça, torta de filtro e palhas e pontas, o potencial técnico do biogás chega a 34,9 bilhões de metros cúbicos em 2032 ou 19,2 bilhões de biometano, um tipo de biogás mais purificado.
“Esse total equivale a 31% do consumo nacional de óleo diesel em 2022 ou 12% do consumo residencial de eletricidade no Brasil, o suficiente para abastecer uma cidade como Ribeirão Preto com eletricidade limpa por uma década”, revelou Souza.
Potencial de biogás
Considerado uma fonte de energia limpa, o potencial do biogás tem ganhado destaque tanto em seu conteúdo quanto na programação expositiva. Prova disso é que em sua 29ª edição, a Fenasucro & Agrocana ampliou o número de empresas expositoras de biogás, na qual cinco novas marcas passaram a fazer parte do evento.
“Estou extremamente feliz por ter mais empresas representando o setor de biogás na Fenasucro & Agrocana, feira muito importante para a divulgação da bioenergia como tecnologia de ponta”, enfatizou o presidente da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás e Biometano), Alessandro Gardemann .
Sediada no Paraná, a Brasuma é uma das expositoras de biogás presentes. Especializada em soluções de agitação para homogeneização de substratos, com geração de biogás, a empresa vê o setor sucroenergético como uma importante fonte de biogás e com alto potencial para desempenhar um papel cada vez mais significativo na matriz energética brasileira, seja por meio da geração de eletricidade ou biometano .
“O agronegócio brasileiro oferece diversas oportunidades para a produção de biogás. Isso inclui o aproveitamento de resíduos da produção de proteína animal e das indústrias de processamento de grãos e vegetais, como a cana-de-açúcar”, explica Marina Linck, gerente geral da Brasuma.
Segundo projeção da Abiogás, até 2030 o volume de biogás produzido no Brasil deve chegar a 30 milhões de metros cúbicos do produto por dia com praticamente 80 usinas. “O Brasil tem um enorme potencial de produção e estamos muito confiantes no crescimento do setor, tornando-o cada vez mais sustentável, carbono neutro e substituindo o diesel e os fertilizantes”, destacou Gardemann.
A força de um setor integrado
O executivo e presidente da UNICA, Evandro Gussi, presidente de honra da 29ª edição do evento, destacou a importância da integração do setor. “Essa visão da bioenergia como um todo reclassifica nosso processo de geração de energia elétrica. As pessoas precisam saber quanto e de que qualidade é a eletricidade que estamos gerando em nossos parques de biomassa. Principalmente em um momento em que o debate é sobre segurança energética e sustentabilidade”, afirmou.
Segundo ele, o setor de bioenergia valoriza todo o crescimento das fontes renováveis no Brasil. “Temos que aproveitar todo o potencial que o nosso país tem para crescer. Devemos estar cientes do nosso papel na sociedade, de como é essencial respeitar o meio ambiente. Num mundo em turbulência, já não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem. E é isso que estamos fazendo aqui!”, frisou.
Desafio
A programação de conteúdo da 29ª Fenasucro & Agrocana também debateu na manhã desta quarta-feira (16) o tema “Inteligência Artificial nas Indústrias”.
Em uma das palestras, o coordenador técnico do IST (Instituto SENAI de Tecnologia) em Sertãozinho, Marcio Venturelli, apresentou os desafios do setor de bioenergia com os avanços em soluções e tecnologias. “Falta gente e formação. As mudanças são rápidas e a indústria nem sempre consegue acompanhar. Precisamos pensar se estamos preparados para o futuro”, destacou Venturelli.
Com conselhos
(Tatiane Bertolino/Sou Agro)
A importância do biogás na transição energética
O biogás é um tipo de combustível gasoso que pode ser obtido a partir de resíduos orgânicos, e apresenta um enorme potencial para a geração de energia limpa e renovável. Além disso, ele possui a capacidade de contribuir para a preservação do meio ambiente ao reduzir o impacto negativo causado pela queima de combustíveis fósseis.
No contexto atual, em que a busca por fontes de energia sustentáveis está em alta, o tema “Bioeletricidade e Biogás na Transição Energética” vem ganhando destaque. Durante o 13º Seminário de Bioeletricidade e Biogás da UNICA/CEISE Br, realizado no âmbito da Fenasucro & Agrocana, foi possível debater a importância e o potencial dessa fonte energética.
De acordo com Zilmar Souza, gerente de Bioeletricidade da UNICA, o mercado do biogás está em pleno desenvolvimento e oferece grandes oportunidades de investimentos em negócios ligados à economia verde. No entanto, atualmente, utilizamos apenas cerca de 1% a 2% do potencial técnico do biogás como fonte de energia.
Diante dessa realidade, o especialista ressalta a importância de estabelecer uma política setorial estimulante e de longo prazo para o biogás. Ele defende a criação de uma visão estruturante e integrada do biogás e do biometano com outros produtos energéticos provenientes da cana-de-açúcar, como etanol, eletricidade e hidrogênio.
Embora todas as 369 usinas sucroalcooleiras em operação no Brasil tenham o potencial para gerar bioeletricidade a partir de resíduos orgânicos, atualmente apenas duas produzem energia a partir do biogás. Essa estatística mostra que há um longo caminho a percorrer para que o país possa aproveitar todo o potencial desse combustível renovável.
Segundo Souza, se toda a vinhaça, torta de filtro e palhas e pontas fossem destinadas para a produção de biogás, o potencial técnico atingiria cerca de 34,9 bilhões de metros cúbicos em 2032, ou 19,2 bilhões de biometano, que é uma forma ainda mais purificada do biogás.
Esses números impressionantes reforçam a viabilidade de utilização do biogás como uma importante alternativa energética. Se todo esse potencial fosse aproveitado, seria possível suprir 31% do consumo nacional de óleo diesel em 2022, ou ainda 12% do consumo residencial de eletricidade no Brasil. Isso seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Ribeirão Preto com eletricidade limpa por uma década.
Além disso, é importante destacar o potencial de geração de empregos e desenvolvimento econômico que o setor do biogás apresenta. A Fenasucro & Agrocana, por exemplo, ampliou o número de empresas expositoras de biogás em sua última edição, mostrando o crescente interesse e investimento nessa área.
A Brasuma, uma das empresas expositoras presentes na feira, especializa-se em soluções de agitação para homogeneização de substratos com geração de biogás. A empresa reconhece o setor sucroenergético como uma importante fonte de matéria-prima para a produção de biogás e enxerga um potencial cada vez maior para a participação desse combustível na matriz energética brasileira.
Além das usinas sucroalcooleiras, o setor agropecuário também oferece diversas oportunidades para a produção de biogás. O aproveitamento dos resíduos provenientes da produção de proteína animal e das indústrias de processamento de grãos e vegetais, como a cana-de-açúcar, são exemplos disso.
As projeções da Abiogás indicam que até 2030, o volume de biogás produzido no Brasil poderá chegar a 30 milhões de metros cúbicos por dia, provenientes de aproximadamente 80 usinas. Esses números reforçam o enorme potencial de produção que o país possui e a confiança no crescimento desse setor, que busca tornar-se cada vez mais sustentável e carbono neutro, substituindo o diesel e os fertilizantes.
O presidente da UNICA, Evandro Gussi, destaca a importância da integração de todo o setor da bioenergia para o crescimento das fontes renováveis no Brasil. Ele enfatiza a necessidade de conscientização sobre a qualidade da eletricidade gerada pelos parques de biomassa e da adoção de práticas sustentáveis que respeitem o meio ambiente.
Para isso, é fundamental que a indústria invista em soluções e tecnologias que garantam a qualidade do biogás produzido, além de pensar na formação de profissionais capacitados para lidar com os avanços nesse setor. A falta de mão de obra qualificada e de formação são desafios que precisam ser enfrentados para que a bioenergia consiga acompanhar o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas.
Em conclusão, o biogás apresenta uma solução energética promissora, capaz de contribuir para a preservação do meio ambiente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa. Ele possui um potencial técnico gigantesco, mas ainda subutilizado. Investimentos e políticas setoriais estimulantes são essenciais para explorar ao máximo o potencial do biogás e garantir que ele desempenhe um papel significativo na matriz energética brasileira.
Perguntas com respostas que geram alta demanda de visualizações:
1. Quais são as fontes de energia renovável utilizadas atualmente no Brasil?
Resposta: As principais fontes de energia renovável no Brasil são hidrelétrica, eólica, solar e biomassa, incluindo o biogás.
2. Quais são os benefícios do uso do biogás como fonte de energia?
Resposta: O biogás é uma fonte de energia limpa e renovável, contribui para a preservação do meio ambiente, reduz a emissão de gases de efeito estufa e pode suprir uma parte significativa da demanda energética do país.
3. Quais são os principais desafios enfrentados pelo setor de biogás no Brasil?
Resposta: Os desafios incluem a falta de investimentos e políticas setoriais estimulantes, a escassez de profissionais capacitados e a necessidade de conscientização sobre a importância do biogás como fonte de energia.
4. Como é possível aumentar a produção de biogás no Brasil?
Resposta: É necessário incentivar investimentos e políticas setoriais que estimulem a produção de biogás, além de promover a formação de profissionais qualificados para atuar nesse setor.
5. Quais são as perspectivas futuras para o setor de biogás no Brasil?
Resposta: As projeções indicam um crescimento significativo na produção de biogás nos próximos anos, com a possibilidade de substituição do diesel e dos fertilizantes, tornando o setor cada vez mais sustentável e carbono neutro.
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