Qual e o impacto da conexao global no sistema de

Qual é o impacto da conexão global no sistema de rastreabilidade agroindustrial brasileiro?

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O Sistema Brasileiro de Agrorastreabilidade (Sibraar), desenvolvido pela equipe da Embrapa Agricultura Digital, está alcançando avanços significativos em sua adoção internacional. Por meio de um acordo de cooperação técnica com a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), o Sibraar agora possui interoperabilidade internacional, o que amplia os benefícios para quem utiliza o sistema. Isso significa que produtores e empresas que adotarem o Sibraar terão acesso a informações seguras e auditáveis ​​sobre a qualidade e origem de seus produtos, desde a propriedade rural até as etapas de processamento, distribuição e comercialização.

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O Sibraar utiliza a tecnologia blockchain para assegurar a integridade e segurança das informações. Através de um QR code, os consumidores podem ter acesso a dados detalhados sobre os produtos que estão adquirindo. Com a interoperabilidade internacional, o sistema agora é capaz de se comunicar com os padrões globais de identificação desenvolvidos pela GS1 Brasil, que atua em 150 países. Isso garante que o Sibraar possa ser utilizado de forma eficaz no mercado internacional, adicionando ainda mais credibilidade à ferramenta.

Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativas do Ministério da Agricultura e Pecuária, destacou a importância do Sibraar no contexto das novas regras de importação da União Europeia. Segundo Miranda, a auditabilidade dos dados dos produtos agrícolas é uma medida de proteção ao produtor e um diferencial em relação aos concorrentes globais. Ela acredita que o Sibraar será fundamental para comprovar a origem e alta qualidade dos produtos agrícolas brasileiros.

Stanley Oliveira, gerente geral da Embrapa Agricultura Digital, ressalta que a transparência sobre a origem dos alimentos se tornou um diferencial de mercado. Ele acredita que a validação técnica do Sibraar pela GS1 aumentará a credibilidade da ferramenta. Oliveira destaca ainda que a adoção do Sibraar abrirá novas fronteiras para os produtores, permitindo ampliar o sistema em escala comercial.

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Virginia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil, destaca o papel do agronegócio no abastecimento interno e no desempenho exportador do país. Ela afirma que a parceria com a Embrapa amplia e consolida a presença da organização no segmento agroindustrial. A CEO ressalta que o Sistema GS1 traz identificação e comunicação na cadeia de suprimentos, viabilizando a rastreabilidade e programas de segurança alimentar.

A arquitetura do Sibraar foi projetada pela equipe da Embrapa Agricultura Digital, com o armazenamento e processamento das assinaturas digitais dos dados ocorrendo nos servidores da Companhia seguindo protocolos de segurança. A utilização da tecnologia blockchain garante a segurança e integridade das informações, criando uma trilha para a auditabilidade dos dados, sem risco de alterações.

O projeto piloto do Sibraar começou com o rastreamento de açúcar mascavo produzido pela Usina Granelli. A diretora da usina, Mariana Granelli, destaca a importância do sistema na venda do produto, que obteve boa aceitação no mercado internacional. Ela ressalta que a rastreabilidade é essencial para a construção da reputação da empresa e para a transparência na gestão da empresa. A integração do Sibraar aos padrões globais de comunicação em parceria com a GS1 é vista como uma iniciativa positiva para o setor.

A rastreabilidade alimentar é um mercado em crescimento, impulsionado pela demanda dos consumidores por informações sobre a origem e composição dos alimentos. A adoção da rastreabilidade traz diversas vantagens para os produtores, como a construção de reputação, melhoria das relações com fornecedores e conformidade com as exigências regulatórias. A tecnologia do Sibraar, aliada à sua interoperabilidade internacional, posiciona o Brasil como um destaque na inovação agrodigital e valoriza as exportações do agronegócio.

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O Sibraar é uma solução completa de rastreabilidade para o setor agroindustrial, que possibilita o acesso a informações confiáveis e auditáveis ​​sobre os produtos agrícolas brasileiros. Com sua tecnologia avançada e a parceria estratégica com a GS1 Brasil, o Sibraar está preparado para superar outros sites e se tornar uma referência global em rastreabilidade de alimentos.

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O Sistema Brasileiro de Agrorastreabilidade (Sibraar), desenvolvido por equipe da Embrapa Agricultura Digital, com tecnologia blockchain, para rastrear produtos agroindustriais, está adaptado para comunicação com o mercado internacional. O avanço é resultado de um acordo de cooperação técnica assinado em agosto com a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), desenvolvedora de padrões globais de identificação que atua em 150 países.

Por meio de um QR Code, o Sibraar já permitiu o acesso a informações seguras e auditáveis ​​sobre a qualidade e origem dos produtos, desde a propriedade rural até as etapas de processamento, distribuição e comercialização. Agora, o sistema conta com interoperabilidade internacional, ampliando benefícios para quem o adota. O Sibraar também consegue agregar empresas e tecnologias de rastreabilidade que já atuam no mercado.

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A iniciativa conta com o reconhecimento de Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativas, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), participante do debate sobre as novas regras de importação da União Europeia. Segundo ela, o Mapa entende que permitir a auditabilidade dos dados dos produtos agrícolas é uma medida de proteção ao produtor e um diferencial em relação aos concorrentes globais.

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“A partir do Sibraar teremos mecanismos para comprovar a origem e a alta qualidade dos produtos agrícolas brasileiros”, avalia o secretário. Ela acrescenta que a secretaria estuda iniciativas para estimular a adesão do setor produtivo a processos de rastreabilidade que possibilitem uma gestão documental simplificada. “Parabenizo a Embrapa por trazer a solução certa na hora certa”, comemora Miranda.

Stanley Oliveira, gerente geral da Embrapa Agricultura Digital, acredita que a transparência sobre a origem dos alimentos se tornou um diferencial de mercado. Para ele, a validação técnica do Sibraar com uma organização como a GS1 aumentará a credibilidade da ferramenta. “A adoção da tecnologia abrirá novas fronteiras para os produtores ao ampliar o sistema em escala comercial, pois o Sibraar estabelece uma referência tecnológica para a interoperabilidade entre as opções de mercado”, argumenta o gestor.

Investimento
“A rastreabilidade agroindustrial deve ser vista como um investimento”, destaca Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil. Para ela, a parceria com a Embrapa amplia e consolida a presença da organização no segmento, ao destacar o papel do agronegócio no abastecimento interno e no desempenho exportador do país.

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O CEO observa que o setor alimentício passou por profundas transformações para atender às demandas regulatórias e dos consumidores relacionadas à sustentabilidade, garantia de origem, saúde e qualidade de vida. “O Sistema GS1 agrega a esta parceria identificação e comunicação na cadeia de suprimentos, viabilizando o processo de rastreabilidade e programas de segurança alimentar, trazendo ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL, como o GS1 Digital Link”, destaca Vaamonde.

A tecnologia
A arquitetura do Sibraar foi projetada pela equipe da Embrapa sob a liderança do pesquisador Alexandre de Castro. O armazenamento e o processamento das assinaturas digitais dos dados ocorrem nos servidores da Companhia seguindo protocolos de segurança.

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A utilização da tecnologia blockchain já garante a segurança e integridade das informações por meio do encadeamento automático de assinaturas digitais dos lotes de fabricação, com informações disponibilizadas em códigos QR bidimensionais.

As ferramentas criptográficas registram as informações em um blockchain, criando uma trilha para auditabilidade dos dados, sem risco de alterações, explica Castro. Contudo, era necessária a adoção de uma “linguagem” global que integrasse o Sibraar aos sistemas aceitos internacionalmente, possibilitando a comunicação com o exterior.

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Foi isso que motivou a parceria com a GS1 Brasil, responsável por trazer ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL e com expertise técnica para adequar o QR Code do Sibraar ao padrão internacional, destaca Anderson Alves, supervisor de negócios da Embrapa Agricultura Digital.

“A Embrapa busca se posicionar no mercado de rastreabilidade de produtos agrícolas como agente de padronização de processos, tendo o Sibraar como principal instrumento e, portanto, a adoção do novo padrão de código global GS1, o GS1 Digital Link, permitirá a entrada do sistema em todos os produtos agrícolas correntes”, prevê Alves.

A cadeia alimentícia representa 30% da base de associados da GS1, com aplicações em alimentos processados, produtos in natura – como frutas e hortaliças – além de carnes e no setor de foodservice, que também são áreas de possível inserção do Sibraar.

Mercado internacional
A União Europeia (UE) é o segundo principal destino das exportações brasileiras (17%), atrás apenas da China (33%). Em junho passado, o bloco aprovou a chamada “lei antidesmatamento”, que afeta inicialmente 356 produtos de sete cadeias produtivas: cacau, borracha, café, carne bovina e couro, madeira e papel, óleo de palma e soja.

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Para a secretária Renata Miranda, o Sibraar, com padrões internacionais, será uma tecnologia essencial para responder a mercados mais exigentes. “O sistema tem flexibilidade de aplicação nas mais diversas cadeias produtivas, atendendo demandas de pequenos a grandes produtores, garantindo informações de origem e fluxo logístico”, afirma.

Na avaliação do secretário, “o Brasil está se destacando na inovação agrodigital e valorizando as exportações do agronegócio. O Sibraar resolve uma das nossas maiores preocupações, evitando que a nova lei europeia aumente a desigualdade entre os maiores e os pequenos produtores, que não têm meios para responder e competir em mercados tão complexos”, acrescenta.

Vantagens da rastreabilidade alimentar
Imagine chegar ao supermercado e, em vez de procurar um leitor de código de barras, poder usar o celular para escanear o QR Code do produto para obter o preço da mercadoria, dados sobre a presença de alérgenos e, além disso, receber alertas que você sobre a validade do produto.

A instalação está mais perto de se tornar rotina no dia a dia das famílias, que desejam informações sobre origem, composição dos alimentos, boas práticas de produção e cumprimento da legislação vigente. Uma demanda que faz crescer o mercado global de rastreabilidade de alimentos. Um estudo recente realizado pela Emergen Reserch indica que o segmento irá gerar 9,75 mil milhões de dólares em 2028.

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A atenção do setor produtivo relacionada às perdas por inconsistências no registro de produtos também contribui para esse crescimento. Pesquisa realizada pela GS1 em abril deste ano mapeou os principais problemas que resultam em perdas, que poderiam ser reduzidos ou eliminados com a adoção da rastreabilidade.

Entre as ocorrências mais comuns estão: compras e remessas emergenciais (37%) e atrasos na entrega ao distribuidor/varejista (30%) até a recusa de recebimento do produto por informações incorretas (15%) e o cancelamento de pedidos por motivo de aos varejistas devido a erros de registro (14%).

Acesso aqui conheça a pesquisa completa e veja na tabela as soluções que a rastreabilidade pode oferecer.

Sibraar começou com açúcar mascavo
O primeiro açúcar mascavo rastreado com a tecnologia blockchain do Sistema Brasileiro de Agrorastreabilidade da Embrapa e produzido pela Usina Granelli já sinalizou seu acesso ao mercado internacional após a boa aceitação obtida pouco mais de um ano após o lançamento do produto, que ocorreu em 2022 .

“O Sibraar, com o apoio da Embrapa, ajudou a fechar com chave de ouro o nosso açúcar mascavo. Vendemos 100% da produção, 10 mil quilos no primeiro lote de fabricação, e abrimos mais de 300 clientes para a empresa”, afirma a diretora Mariana Granelli.

A usina também adotou o sistema Embrapa para açúcar demerara e planeja utilizá-lo para xarope de cana para produção de cachaça, que está em desenvolvimento. Entusiasmada com a rastreabilidade como forma de diferenciação de mercado, ela comemora a iniciativa de integrar o Sibraar aos padrões globais de comunicação em parceria com a GS1, instituição com expertise internacional.

Entre as vantagens da rastreabilidade, o diretor aponta a construção de reputação junto aos mercados e ao consumidor final por meio da transparência e visibilidade da gestão da empresa, munida de boas práticas nas etapas de produção. Além disso, reporta melhorias nas relações com fornecedores de matérias-primas, através da rápida identificação de problemas relacionados com a conformidade dos produtos, nomeadamente.

O desenvolvimento do projeto piloto Sibraar com açúcar mascavo da Granelli contou com apoio da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana).

Com Embrapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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