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Qual a importância dos inventários de emissões para as propriedades rurais?

CompreRural.com

Foto: Divulgação

O setor agrícola está especialmente sob constante pressão para mudar os atuais sistemas de produção para sistemas mais resilientes.

Estratégias para o redução das emissões de gases de efeito estufa tornaram-se prioridade nos países devido às crescentes concentrações desses gases na atmosfera. Este aumento é resultado das atividades humanaso que pode causar um desequilíbrio na natureza e consequências para a vida no planeta.

O sexto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão máximo da mudanças climáticasalertou que o mundo pode atingir ou ultrapassar 1,5°C de aquecimento nas próximas duas décadas e que dizem respeito às sociedades de todos os países.

O Brasil, em 2020, apresentou aumento de suas emissões em 9,5% em relação ao ano anterior e a causa apontada foi o desmatamento presente principalmente na Amazônia e no Cerrado, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). As emissões no país são provenientes de fontes como a agricultura, representada por 27%; energia, com 18%; processos industriais, com 5%; resíduos, com 4%; e mudança de uso do solo, responsável por 46% das emissões.

O O setor agrícola está particularmente sob constante pressão para mudar os sistemas de produção sistemas para sistemas mais resilientes que preservam os recursos naturais e auxiliam nas estratégias de mitigação do gás.

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Os três gases mais emitidos pelo setor são:

  • dióxido de carbono (CO2), principalmente de mudanças no uso da terra e queima de combustível;
  • metano (CH4), por fermentação entérica e fermentação de esterco animal;
  • óxido nitroso (N2O), através do uso de fertilizantes químicos nitrogenados na produção de grãos e pastagens.

A agricultura é um setor com fontes significativas de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, portanto, precisa de planejamento para conter os impactos gerados.

Ao pensar em algumas alternativas que podem ser implementadas na mitigação de gases no interior das propriedades rurais, as árvores e o solo desempenham um papel fundamental no sequestro de gases.

Os componentes das árvores têm grande potencial para sequestrar carbono acima e/ou abaixo do solo. O solo, por outro lado, armazena carbono orgânico a longo prazo, mais do que a biomassa e a atmosfera. O manejo e uso da terra, valorizando as boas práticas, maximiza o armazenamento de carbono, sendo um dos compostos que ajudam a preservar as funções produtivas do solo.

Integrar a produção agropecuária e florestal, indica resultados positivos em comparação com os sistemas convencionais de monoculturapois possuem grande potencial de redução de emissões por meio do sequestro de gases de efeito estufa, e aumento da produtividade, qualidade e rentabilidade do sistema.

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Também estimulam a conservação do solo e dos recursos hídricos, aumentam a biodiversidade e possibilitam a exploração da propriedade rural durante todo o ano, devido ao aumento da diversidade de produtos produzidos. Além disso, podem aumentar a renda e o lucro do imóvel.

Mas não basta que o setor adote apenas sistemas de produção mais sustentáveis: seu compromisso com as metas de redução de GEE deve ser tornado público.

Para receber o reconhecimento das principais instituições sobre o tema em nível global, o construção de inventários de emissões é o primeiro passo para o combate às mudanças climáticas. Os inventários são fontes de informações quantitativas e qualitativas para a gestão de emissões, material relevante para reporte de resultados e estratégias de redução. Para as organizações é também uma oportunidade de negócio como acesso a investimentos, entrada no mercado de carbono, visibilidade, transparência e credibilidade para compradores internos e externos.

O processo de contabilização de emissões precisa não apenas ser transparente, mas também usar métodos cientificamente confiáveis ​​e aceitos, que posteriormente permitirão a verificação por terceiros (uma auditoria, por exemplo). Os cálculos são realizados nas ferramentas computacionais e, em seguida, os resultados são reportados nos inventários anuais.

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No O Brasil tem a plataforma de Registro Público de Emissões para reporte de estoques, administrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no qual diversos setores publicam seus estoques. Assim, é possível acompanhar, ano a ano, as reduções de emissões dessas organizações.

Considerando a importância da redução de emissões nos próximos anos, em nossa pesquisa de mestrado com o Laboratório de Análise Socioeconômica e Zootecnia (LAE) da Universidade de São Paulo (USP), e com a experiência residente em Bem-estar e Sustentabilidade no Animal Produção na MSD Saúde Animal, onde o trabalho foi iniciado, estamos realizando uma estudo para auxiliar os produtores na escolha da ferramenta de cálculo para seus estoques. O estudo estimará o balanço das emissões de gases de efeito estufa de uma fazenda leiteira integrada à produção vegetal (IPF) utilizando as ferramentas GHG Protocol e Cool Farm Tool.

A A ferramenta GHG Protocol é dividida em dois módulos: Agricultura e Florestamento. Idealizado pelo WRI (Word Resources Institute), EMBRAPA e UNICAMP, permite o cálculo das emissões de gases de efeito estufa utilizando fatores de emissão de sistemas de produção no Brasil, com fontes de emissão mecânicas (maquinaria agrícola) e não mecânicas. Abrange os três gases: CO2, CH4 e N2O. A ferramenta calcula o sequestro de gases pela Floresta.

já o Ferramenta de fazenda legal, Ferramenta europeia, criada pela Universidade de Aberdin, Sustainable Food Lab e Unilever, calcula as emissões da produção agropecuária por meio de modelos e fatores de emissão que consideram diferenças entre sistemas de produção, regiões e climas, sendo mecânicos e não mecânicos; inclui os gases CO2, CH4 e N2O. Cool Farm Tool calcula o sequestro de gases do solo.

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À medida que testamos essas ferramentas, foram construídos inventários para a produção agrícola, pecuária e florestal da propriedade em estudo. Com os cálculos concluídos, será possível analisar as ferramentas, suas semelhanças e/ou diferenças e os impactos das diferenças nos resultados, permitindo assim aos produtores esclarecer qual ferramenta pode ser escolhida para um sistema de produção integrada de laticínios no Brasil.

Entendemos que o setor agrícola contribui para o aquecimento global, mas também tem o potencial de reduzir as emissõessendo de suma importância que os produtores se preparem nos próximos anos para construir seus inventários e reportar anualmente o que têm feito para reduzir suas emissões.

Então o O setor dará uma contribuição significativa para a meta global de mitigar os gases de efeito estufa causas desse aquecimento, protegendo as gerações futuras, o meio ambiente e a segurança alimentar.

Fonte: Milk Point

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