Sumário

Identificar as seções principais:

1. Estádio

2. Uniformidade das mudas de café

3. Presença de doenças

4. Sistema radicular das mudas de café

5. Aclimatação

Introdução

A formação de lavouras se inicia com o planejamento, preparo do solo e compra ou produção de mudas de café. A etapa do viveiro é de grande importância dentro do processo e precisa de atenção e certo nível de detalhamento, visto que, nesta fase as plântulas de café são sensíveis e as mudas formadas serão a base para se obter lavouras produtivas.

Diante disso, alguns pontos podem e devem ser observados durante a aquisição de mudas:

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1. Estádio

As mudas, para serem levadas a campo, devem ter de quatro a seis pares de folhas, pois com menos de quatro pares, se houver alguma intempérie que cause desfolha, a muda terá o seu desenvolvimento comprometido e assim, maiores chances de morrer. Já as mudas com mais de seis pares de folhas podem dificultar o manejo durante o plantio e aumentar o risco de tombamento.

Muda com bom desenvolvimento para ir a campo. Foto: Diego Baquião

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2. Uniformidade das mudas de café

É importante observar no viveiro a uniformidade das mudas em relação à cor, tamanho e arquitetura. Essas características podem estar ligadas a aspectos genéticos, o que auxilia na identificação de cultivares diferentes. Além disso, as plantas devem estar em estádios similares para obtermos lavouras uniformes.

3. Presença de doenças

No viveiro, as principais doenças encontradas são: Rhizoctoniose, Bacterioses, Cercosporiose e Phoma. Elas podem ser identificadas da seguinte forma:

  • Rhizoctoniose: Causam lesões de 1 a 3 cm de extensão, que circundam o caule e provocam o estrangulamento.
  • Bacterioses: Caracterizada por lesões foliares de coloração parda e escura, que podem ou não ser acompanhadas por um halo amarelado.
  • Cercosporiose: As folhas apresentam manchas circulares de coloração castanho clara a escura, com o centro branco-acinzentado.
  • Phoma: As folhas apresentam manchas irregulares de coloração escura, iniciando geralmente nos bordos.

Muda de café com alta infestação de cercosporiose. Foto: Joana Oliveira

4. Sistema radicular das mudas de café

Uma muda de qualidade é aquela que possui sistema radicular bem desenvolvido. As raízes são essenciais no pegamento da planta no campo. Assim, é preciso ter boa proporção entre parte aérea e sistema radicular, cerca de 1 para 1 em relação ao peso.

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Parte aérea e raiz de mudas. Foto: Diego Baquião

5. Aclimatação

A aclimatação é a preparação da muda para o plantio. Durante a formação do viveiro as plantas são mantidas sob o sombrite. Ao final do processo, porém, é necessário retirar o sombrite para que as mudas se adaptem às condições de campo.

Foto: Diego Baquião

Conclusão

Com isso, a qualidade das mudas do café está relacionada a fatores genéticos, bom desenvolvimento da parte aérea e radicular, boa sanidade e, basicamente, o que proporciona tudo isso, são os cuidados durante a formação das mudas. Visualmente, mudas de qualidade têm caule mais grosso, folhas coriáceas, de coloração verde-claro e estão livres de pragas e doenças. Diante disso, procure sempre viveiros confiáveis e certificados, que utilizem substrato, sementes, produtos e equipamentos adequados.

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A formação de lavouras se inicia com o planejamento, preparo do solo e compra ou produção de mudas de café.

A etapa do viveiro é de grande importância dentro do processo e precisa de atenção e certo nível de detalhamento, visto que, nesta fase as plântulas de café são sensíveis e as mudas formadas serão a base para se obter lavouras produtivas.

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Diante disso, alguns pontos podem e devem ser observados durante a aquisição de mudas:

 

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1. Estádio

As mudas, para serem levadas a campo, devem ter de quatro a seis pares de folhas, pois com menos de quatro pares, se houver alguma intempérie que cause desfolha, a muda terá o seu desenvolvimento comprometido e assim, maiores chances de morrer.

Já as mudas com mais de seis pares de folhas podem dificultar o manejo durante o plantio e aumentar o risco de tombamento.

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Muda com bom desenvolvimento para ir a campo. Foto: Diego Baquião

2. Uniformidade das mudas de café

É importante observar no viveiro a uniformidade das mudas em relação à cor, tamanho e arquitetura. Essas características podem estar ligadas a aspectos genéticos, o que auxilia na identificação de cultivares diferentes.

Além disso, as plantas devem estar em estádios similares para obtermos lavouras uniformes.

3. Presença de doenças

No viveiro, as principais doenças encontradas são: Rhizoctoniose, Bacterioses, Cercosporiose e Phoma. Elas podem ser identificadas da seguinte forma:

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Curso Gestão na Produção de Café Arábica

Rhizoctoniose

Causam lesões de 1 a 3 cm de extensão, que circundam o caule e provocam o estrangulamento. Consequentemente, paralisa a circulação da seiva e a planta fica sujeita à quebra. Em condições de alta umidade, é possível observar um bolor cinzento sobre a lesão.

Bacterioses

É caracterizada por lesões foliares de coloração parda e escura, que podem ou não ser acompanhadas por um halo amarelado, o que provoca, posteriormente, a seca das folhas e pode chegar até a morte das mudas.

Cercosporiose

As folhas apresentam manchas circulares de coloração castanho clara a escura, com o centro branco-acinzentado, quase sempre envolvidas por um halo amarelado, o que acarreta a desfolha.

Muda de café com cercosporiose

Muda de café com alta infestação de cercosporiose. Foto: Joana Oliveira

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Phoma

As folhas apresentam manchas irregulares de coloração escura, iniciando geralmente nos bordos, o que pode provocar curvatura.

Sanidade das mudas e do solo

É preciso observar a sanidade das mudas do café antes de levá-las a campo. O controle em campo pode se tornar muito mais difícil, devido às plantas já ficarem estressadas após o transplantio.

No início, principalmente, manter todas as folhas é essencial para o desenvolvimento e pegamento das mudas, e isso é dificultado na presença de doenças.

Além das doenças foliares, deve-se ter atenção ao solo. O recomendado para o substrato de viveiros é utilizar terra de barranco de áreas que nunca foi cultivado café, isso principalmente para evitar nematoides.

Em viveiros certificados é exigido a análise do substrato para garantir a sua sanidade. Uma das maiores fontes de disseminação de nematoides, todavia, são mudas contaminadas. Assim, é indicado realizar a análise particular do substrato das mudas adquiridas antes de levá-las para o plantio.

Deve-se ter em mente que uma vez a doença levada para lavoura, provavelmente, você terá problemas com ela durante todo seu ciclo, sobretudo, quando se trata de bacterioses e nematoides.

Dessa forma, realizar o diagnóstico ainda no viveiro pode te poupar dinheiro e evitar dores de cabeça.

Calendário agrícola do café

 4. Sistema radicular das mudas de café

Uma muda de qualidade é aquela que possui sistema radicular bem desenvolvido. As raízes são essenciais no pegamento da planta no campo. Assim, é preciso ter boa proporção entre parte aérea e sistema radicular, cerca de 1 para 1 em relação ao peso.

Mudas de café com boa qualidade

Parte aérea e raiz de mudas. Foto: Diego Baquião

Dessa forma, no viveiro, é preciso pedir autorização para abrir alguns saquinhos e verificar o volume de raízes, a consistência do substrato e a presença de pião-torto.

O substrato deve ter consistência firme, os saquinhos devem estar bem cheios para evitar que no plantio ocorra a desagregação e soltura da muda, o que a torna inviável ou dificulta o plantio.

Substrato de solo

Foto: Diego Baquião

Além disso, é importante verificar as raízes para avaliar a presença de pião-torto. Essa anormalidade ocorre pelo entortar da raiz pivotante do café. Isso pode acontecer pelo plantio incorreto, por anomalias das sementes etc.

Ao olhar somente a parte aérea da muda com pião-torto no viveiro, possivelmente não terá diferença das outras. O problema é observado quando as mudas já estão no campo.

Por isso, abrir alguns saquinhos te permite identificar irregularidades com as raízes, assim evita futuros contratempos.

Planta com pião-torto

Planta com pião-torto. Foto: Diego Baquião

5. Aclimatação

A aclimatação é a preparação da muda para o plantio. Durante a formação do viveiro as plantas são mantidas sob o sombrite.

Ao final do processo, porém, é necessário retirar o sombrite para que as mudas se adaptem às condições de campo. Nessa fase, as plantas podem apresentar coloração verde-claro ou até mesmo aspecto amarelado.

Assim, nem sempre as mudas com folhas muito verdes, tenras e grandes são as melhores. Isso pode ser por falta de aclimatação e em campo sua resistência inicial é menor em comparação às mudas aclimatadas.

Conclusão

Com isso, a qualidade das mudas do café está relacionada a fatores genéticos, bom desenvolvimento da parte aérea e radicular, boa sanidade e, basicamente, o que proporciona tudo isso, são os cuidados durante a formação das mudas.

Visualmente, mudas de qualidade têm caule mais grosso, folhas coriáceas, de coloração verde-claro e estão livres de pragas e doenças.

Diante disso, procure sempre viveiros confiáveis e certificados, que utilizem substrato, sementes, produtos e equipamentos adequados.

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Joana Oliveira

Larissa Cocato - Coordenadora de Ensino Café

A importância da etapa do viveiro na formação de lavouras de café

A formação de lavouras de café requer um planejamento cuidadoso e detalhado, que inclui o preparo do solo, a compra ou produção de mudas de café. No entanto, é preciso destacar que a etapa do viveiro é de grande importância dentro desse processo e exige uma atenção especial, pois é nessa fase que as plântulas de café são sensíveis e as mudas formadas serão a base para se obter lavouras produtivas.

Para garantir a qualidade das mudas, é fundamental observar alguns pontos durante a aquisição delas. Vamos abordar esses pontos a seguir:

1. Estádio de desenvolvimento das mudas
As mudas de café, para serem levadas a campo, devem ter de quatro a seis pares de folhas. Menos do que isso, se houver alguma intempérie que cause desfolha, a muda terá seu desenvolvimento comprometido e maiores chances de morrer. Já mudas com mais de seis pares de folhas podem dificultar o manejo durante o plantio e aumentar o risco de tombamento.

2. Uniformidade das mudas de café
É importante observar no viveiro a uniformidade das mudas em relação à cor, tamanho e arquitetura. Essas características podem estar ligadas a aspectos genéticos e auxiliam na identificação de cultivares diferentes. Além disso, as plantas devem estar em estádios similares para obter lavouras uniformes.

3. Presença de doenças
No viveiro, é comum encontrar doenças como Rhizoctoniose, Bacterioses, Cercosporiose e Phoma. É fundamental saber identificar essas doenças para tomar as medidas adequadas. Por exemplo, a Rhizoctoniose causa lesões que circundam o caule da planta, provocando o estrangulamento e a quebra da circulação da seiva. Já as Bacterioses são caracterizadas por lesões foliares que podem levar à seca das folhas e até a morte das mudas. A Cercosporiose se manifesta através de manchas circulares nas folhas, acarretando desfolha. E a Phoma provoca manchas escuras nas folhas, podendo provocar curvatura. É importante garantir a sanidade das mudas antes de levá-las para o campo.

4. Sistema radicular das mudas de café
Uma muda de qualidade possui um sistema radicular bem desenvolvido, essencial para o pegamento da planta no campo. É necessário verificar o volume de raízes, a consistência do substrato e a presença de pião-torto (anormalidade que ocorre pela entortar da raiz pivotante do café). Além disso, é preciso pedir autorização para abrir alguns saquinhos e verificar o estado das raízes.

5. Aclimatação das mudas
A aclimatação é a etapa em que as mudas se preparam para serem plantadas no campo. Durante essa fase, as plantas são expostas gradualmente às condições de campo, retirando-se o sombrite. É comum que as mudas apresentem uma coloração verde-claro ou aspecto amarelado nessa fase, mas nem sempre as mudas com folhas muito verdes são as melhores. A resistência inicial das mudas aclimatadas é maior em comparação às mudas não aclimatadas.

Em conclusão, a qualidade das mudas de café está relacionada a fatores genéticos, ao bom desenvolvimento da parte aérea e radicular, à boa sanidade e aos cuidados durante a formação das mudas. É importante buscar viveiros confiáveis e certificados, que utilizem substrato, sementes, produtos e equipamentos adequados. A qualidade das mudas é essencial para o sucesso da lavoura de café.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

A formação de lavouras de café começa com o planejamento, preparo do solo e aquisição ou produção de mudas de qualidade. A etapa do viveiro é de extrema importância, pois as mudas formadas serão a base para obtenção de lavouras produtivas. Durante a aquisição de mudas, é fundamental observar o estádio de desenvolvimento, a uniformidade, a presença de doenças, a sanidade das mudas e do solo, o sistema radicular e a aclimatação das plantas. Esses cuidados garantem mudas saudáveis e contribuem para o sucesso da cafeicultura.

Perguntas e Respostas

1. Qual é o estádio ideal das mudas de café para serem levadas a campo?

As mudas devem ter de quatro a seis pares de folhas.

2. Por que é importante observar a uniformidade das mudas de café no viveiro?

A uniformidade das mudas em relação à cor, tamanho e arquitetura auxilia na identificação de cultivares diferentes e contribui para a obtenção de lavouras uniformes.

3. Quais são as principais doenças encontradas nas mudas de café no viveiro?

As principais doenças encontradas no viveiro são Rhizoctoniose, Bacterioses, Cercosporiose e Phoma.

4. Por que é importante verificar a sanidade das mudas e do solo antes do plantio?

A presença de doenças nas mudas e no solo pode comprometer o desenvolvimento e o pegamento das mudas no campo, além de dificultar o controle das doenças durante o ciclo da lavoura.

5. O que é aclimatação das mudas de café?

A aclimatação é o processo de adaptação das mudas às condições de campo, após serem retiradas do sombrite no viveiro. Durante essa fase, as mudas podem apresentar coloração verde-claro ou aspecto amarelado.

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