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Quais são as propriedades rurais sem responsável técnico identificadas nas imagens de satélite?

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Noticias do Jornal do campo

Boa leitura!

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) adotou o uso de imagens de satélite como ferramenta de fiscalização de culturas temporárias. A primeira fase do projeto piloto teve início na safra de verão 2022-23, em plantações de soja e milho, principalmente em seis municípios da Regional Londrina da autarquia: Bela Vista do Paraíso, Cambé, Ibiporã, Jataizinho, Londrina e Sertanópolis. Com as imagens de satélite e o cruzamento de informações do Sistema de Informações Geográficas (SIG) e de outras bases de dados, como Cadastro Ambiental Rural (CAR), Copel, Seab/Adapar (seguro rural e prescrição agronômica), a equipe de fiscalização se concentrou em identificar produtores independentes, com propriedades maiores, que não possuem um técnico responsável pelas lavouras.

Segundo o Departamento de Fiscalização (Defis) do Criar-RP, na primeira fase foram gerados 36 relatórios de fiscalização de lavouras sem profissional responsável. “Destes 36 casos, 31 foram regularizados. Nossa fiscalização segue uma abordagem orientadora junto aos produtores. Quando não há regularização, é emitido auto de infração”, explica Tiago de Souza Godoi Junior, facilitador do Defis.

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A eficácia do uso de imagens de satélite na fiscalização está sendo testada na segunda fase do projeto, com a utilização da ferramenta nesta safra de inverno (trigo, aveia e cevada, principalmente), por todas as equipes de fiscalização do Crea-PR no Estado. Até ao momento foram produzidos 69 relatórios de fiscalização, que estão em processamento, ou seja, em análise com informações do SIG e outras bases de dados.

“A perspectiva é aprimorar a ferramenta nesta safra de inverno e utilizá-la em larga escala na próxima safra de verão (2023-24). O objetivo, com a fiscalização, é garantir assistência técnica adequada à agricultura comercial e, consequentemente, contribuir para a produção de alimentos de qualidade, com manejo correto do solo e dos insumos, conservação e sustentabilidade”, completa Tiago.

comparação de imagens

Giovani Castolldi, engenheiro cartográfico e tecnólogo em análise e desenvolvimento de sistemas, atua como analista de geoprocessamento no departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Crea-PR. Ele detalha que o Conselho tem acesso a um acervo de imagens de satélite gratuitas, que é atualizado a cada cinco dias. O software executa um algoritmo desenvolvido pela TI do Crea-PR e realiza uma análise comparativa e temporal para detectar a percepção de mudanças na vegetação.

“Como as imagens de uma mesma área são comparadas em um período de 30 a 40 dias, e culturas como soja, milho, feijão e trigo apresentam desenvolvimento acelerado em relação à vegetação nativa, é possível identificar possíveis áreas cultivadas. Esses resultados são inseridos em nosso sistema [SIG] e as informações são cruzadas com banco de dados próprio do Conselho e com os bancos das entidades parceiras, a fim de identificar o proprietário das áreas e o responsável técnico pela atividade de cultivo”, detalha Giovani.

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Segundo o analista do Crea-PR, nesta segunda fase do projeto piloto (inverno 2023), foram identificadas mais de 6 mil propriedades rurais no estado com detecção de alterações na vegetação em áreas acima de 50 hectares. Esses chamados “pontos de atenção” estão sendo analisados ​​e, em menos de 30 dias, foram gerados 69 relatórios de fiscalização com indícios de irregularidade, que estão em tramitação.

Imagens de satélite para identificar falta de responsáveis ​​técnicos nas propriedades
Foto: Divulgação Crea-PR
Imagens de satélite para identificar responsável técnico
Foto: Divulgação Crea-PR

Agilidade e eficiência

Com base no Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Paraná possui 483.981 imóveis rurais. A fiscalização de todos é um trabalho que exige estratégias. Assim, o uso de imagens de satélite é um aliado dos fiscais do Crea-PR para identificar a existência de atividade técnica que exige a presença de agrônomos e outros profissionais habilitados pelo Conselho na produção de alimentos, desde o estudo das condições de plantio até a colheita e armazenamento.

“Esse processo envolveu viagens longas e, muitas vezes, com problemas de acesso, dificultando o acompanhamento e orientação dos agentes fiscais do Crea. Em vez de fazer longas viagens, começamos com a análise de dados. Agora, chegamos com uma nova tecnologia, por imagens de satélite. A intenção é depender cada vez menos da fiscalização presencial. Estamos construindo uma base de dados abrangente, que é retroalimentada e melhora o filtro para o próximo ciclo. No final quem ganha é a sociedade”, aponta o facilitador Tiago de Souza Godoi Junior.

Sobre inspeção

O objetivo é garantir assistência técnica adequada à agricultura comercial e, consequentemente, contribuir para a produção de alimentos de qualidade, com manejo correto do solo e dos insumos, conservação e sustentabilidade. Os fiscais verificam se o empreendimento rural possui assistência técnica, quem é o responsável, se está cadastrado no Crea-PR e se foi emitida Nota de Responsabilidade Técnica (ART).

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Nos casos em que os produtores não possuem um responsável técnico, é orientado que procurem profissionais do Estado, da iniciativa privada, de associações ou cooperativas. A presença de agrônomos ou outros profissionais qualificados (dentro dos limites e atribuições aplicáveis), contribui para melhorias no campo, com adoção de tecnologias e procedimentos que resultem em benefícios para o produtor e para a sociedade.

processamento de imagens de satélite
Foto: Divulgação Crea-PR

tema da websérie

O uso de imagens geradas por satélite é o tema do episódio 23 da websérie “Olhos do Paraná”, disponibilizada pelo Crea-PR no YouTube e pode ser assistida no link

(Fernanda Toigo/Sou Agro)

como um chamado à ação: “Compartilhe este artigo nas suas redes sociais e ajude a disseminar essas informações importantes para o setor agrícola!”

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Artigo:

Imagens de Satélite: Uma Ferramenta Eficaz na Fiscalização de Culturas Temporárias

A fiscalização de culturas temporárias, como a soja e o milho, tem sido aprimorada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) por meio do uso de imagens de satélite. No projeto piloto iniciado na safra de verão 2022-23 em seis municípios da Regional Londrina da autarquia, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Ibiporã, Jataizinho, Londrina e Sertanópolis, as imagens de satélite e o cruzamento de informações do Sistema de Informações Geográficas (SIG) e outras bases de dados têm sido fundamentais para identificar produtores independentes que não possuem um técnico responsável pelas lavouras.

Na primeira fase do projeto, foram gerados 36 relatórios de fiscalização de lavouras sem profissional responsável, sendo que 31 destes casos foram regularizados. A abordagem orientadora da fiscalização do Crea-PR tem como objetivo alcançar a regularização junto aos produtores, mas quando não há cooperação, é emitido um auto de infração.

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A eficácia do uso de imagens de satélite na fiscalização está sendo testada na segunda fase do projeto, com a utilização da ferramenta nesta safra de inverno em todas as equipes de fiscalização do Crea-PR no estado. Mais de 6 mil propriedades rurais foram identificadas com detecção de alterações na vegetação em áreas acima de 50 hectares, o que gerou 69 relatórios de fiscalização com indícios de irregularidade até o momento.

O uso de imagens de satélite como ferramenta de fiscalização traz agilidade e eficiência ao trabalho dos fiscais do Crea-PR. Com base no Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Paraná possui um grande número de imóveis rurais, o que demandaria viagens longas e muitas vezes com problemas de acesso para a fiscalização presencial. Por isso, a análise de dados por meio das imagens de satélite se torna essencial, possibilitando identificar possíveis áreas cultivadas e a necessidade de assistência técnica adequada por parte dos produtores.

O departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Crea-PR desenvolveu um algoritmo que realiza uma análise comparativa e temporal das imagens de satélite para detectar mudanças na vegetação. A análise das imagens em um período de 30 a 40 dias permite identificar áreas com culturas aceleradas, como soja, milho, feijão e trigo, em relação à vegetação nativa. Esses resultados são cruzados com os bancos de dados do Conselho e das entidades parceiras para identificar os proprietários das áreas e os responsáveis técnicos pelas atividades de cultivo.

Com a utilização das imagens de satélite, o Crea-PR está construindo uma base de dados abrangente e retroalimentada, que melhora o filtro para as próximas fiscalizações. Essa tecnologia permite que a fiscalização seja mais eficiente e, consequentemente, contribui para a produção de alimentos de qualidade, com o manejo correto do solo e dos insumos, conservação e sustentabilidade.

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Em conclusão, o uso de imagens de satélite como ferramenta de fiscalização de culturas temporárias tem se mostrado eficaz e promissor para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná. Com base em informações obtidas do Sistema de Informações Geográficas e de outras bases de dados, os fiscais têm conseguido identificar produtores independentes que não possuem um técnico responsável pelas lavouras, visando garantir a assistência técnica adequada à agricultura comercial e a produção de alimentos de qualidade. O avanço tecnológico proporcionado pelas imagens de satélite possibilita uma fiscalização mais ágil e precisa, evitando a dependência exclusiva da fiscalização presencial.

Perguntas com Respostas para Alta Demanda de Visualizações:

1. Quais são os municípios envolvidos no projeto piloto de fiscalização de culturas temporárias do Crea-PR?
R: Os municípios envolvidos são: Bela Vista do Paraíso, Cambé, Ibiporã, Jataizinho, Londrina e Sertanópolis.

2. Quantos relatórios de fiscalização foram gerados na primeira fase do projeto?
R: Foram gerados 36 relatórios de fiscalização na primeira fase do projeto.

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3. Como o uso de imagens de satélite tem contribuído para a fiscalização?
R: O uso de imagens de satélite tem trazido agilidade e eficiência ao trabalho dos fiscais do Crea-PR, permitindo a identificação de possíveis áreas cultivadas e a necessidade de assistência técnica adequada.

4. Quais são as culturas temporárias analisadas na segunda fase do projeto?
R: As culturas temporárias analisadas na segunda fase do projeto são trigo, aveia e cevada, principalmente.

5. Qual é o objetivo da fiscalização de culturas temporárias realizada pelo Crea-PR?
R: O objetivo da fiscalização é garantir assistência técnica adequada à agricultura comercial, contribuindo para a produção de alimentos de qualidade, com manejo correto do solo e dos insumos, conservação e sustentabilidade.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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