cotações recuam desde fevereiro, mas preços devem voltar a subir

Quais são as perspectivas de subida dos preços após as cotações recuarem desde fevereiro?

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Boa leitura!

Artigo sobre a Cotação do Boi Gordo e suas Perspectivas Futuras

Neste artigo, abordaremos a cotação do boi gordo e suas perspectivas futuras no mercado brasileiro. Através de uma entrevista realizada com Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, traremos insights relevantes sobre o tema em questão.

1. O cenário atual da cotação do boi gordo

Após a suspensão das exportações de carne bovina para a China devido a um caso atípico de mal da vaca louca no Pará, as cotações da arroba do boi gordo vêm apresentando queda desde o final do mês passado. Essa queda é resultado da redução da demanda por parte dos frigoríficos que redirecionavam suas carnes para o mercado interno, diante da ausência do mercado chinês.

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2. Impactos da suspensão das exportações

Apesar da queda nas cotações do boi gordo, os preços da carne no atacado têm se mantido firmes. Isso ocorre devido ao movimento dos varejistas em reconstruir as margens perdidas durante a pandemia. Dessa forma, o consumidor final acaba sentindo pouco os efeitos da suspensão das exportações sobre os preços das carnes.

3. Perspectivas de médio e longo prazos

Com a reabertura do mercado de carne bovina brasileira para a China, é esperado um retorno gradual das exportações. A China é responsável por consumir 60% da carne exportada pelo Brasil. A retomada das exportações depende do retorno da oferta de carne bovina chinesa, que costuma ser rápida e impacta no mercado local.

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4. Diversificação de mercados

Embora a China seja o maior mercado mundial de commodities agrícolas, é importante buscar a diversificação de mercados para diminuir a dependência. Países como México e Indonésia já abriram seus mercados para a carne bovina brasileira, demonstrando potencial de crescimento. Além disso, houve um aumento nas exportações para os Estados Unidos.

Todavia, a conquista de novos mercados é um processo lento, que exige tempo e estratégias bem definidas. Substituir um mercado tão expressivo quanto o chinês requer a conquista gradual de pequenos mercados, formando uma rede que torne o país menos dependente das oscilações do mercado chinês.

Conclusão

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Diante da suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China, o mercado brasileiro tem enfrentado desafios na cotação do boi gordo. No entanto, com a reabertura do mercado chinês e a retomada das exportações, espera-se uma recuperação no preço do boi gordo. A diversificação de mercados também é fundamental para garantir a estabilidade do setor e menos dependência de um único mercado.

Acompanhe o Canal Rural para obter informações atualizadas sobre o mercado de boi gordo e outras notícias relacionadas à agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo.

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Editado por: Anderson Scardoelli.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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ENTREVISTA

Diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres falou sobre o tema em entrevista ao Canal Rural

Com as exportações de carne bovina para a China suspensas após a detecção de um caso atípico de mal da vaca louca no Pará, em 22 de fevereiro, as cotações da arroba do boi gordo vêm caindo desde o final do mês passado.

E para saber como está o mercado de boi gordo a curto, médio e longo prazos, o Canal Rural entrevistou Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria. Ele participou da edição desta quarta-feira (22) do telejornal ‘Mercado & Empresa’.

Entrevista de preço do gado vivo

Confira abaixo os principais pontos da entrevista com Alcides Torres. Em pauta, as perspectivas de cotação do boi gordo.

Os preços do boi gordo estão mais fracos no mercado físico, mas os preços da carne no atacado seguem firmes. O que explica isso?

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O preço da arroba do boi gordo caiu para os pecuaristas porque os frigoríficos estão mais retraídos, pois redirecionavam a carne que seria exportada [para a China] para o mercado interno. Na segunda quinzena de março, as exportações caíram. Mas quando vamos para o varejo, a oscilação é muito pequena.

Porquê isso? Porque os varejistas estão reconstruindo a margem perdida durante a pandemia e não estão muito atentos ao drama que está acontecendo com os produtores no mercado atacadista. Com isso, o consumidor está sentindo pouco os efeitos da suspensão das exportações sobre os preços das carnes.

Com a reabertura do mercado de carne bovina brasileira para a China, como o senhor vê os preços no longo e médio prazos?

China consome 60% da carne exportada [pelo Brasil]. Esperamos que a retomada aconteça agora, com a viagem do Presidente da República à China. E voltando às exportações, primeiro temos que ter o retorno da oferta de carne bovina chinesa, que costuma ser rápida e isso acaba contaminando o mercado.

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O pecuarista, hoje, está segurando o boi, está vendendo justamente aquele gado que está mais velho, que a China não compra. E ele está vendendo fêmeas, que não estão grávidas agora. Mas, com a volta da China, devemos ver uma recuperação no preço do boi gordo. E isso não deve mudar a situação do consumidor final, pois as oscilações já são tão fracas que não devem alterar tanto o preço da carne.

Continuaremos a ser líderes nas exportações, mas dependeremos sempre do mercado chinês? Onde mais podemos expandir?

Isso é muito lento. Por exemplo: o México já abriu o mercado para a carne bovina brasileira. Mas isso levou 12 anos! tivemos a conquista [do mercado] da Indonésia, país cujo consumo per capita de carne é de 1,2 kg (temos potencial para crescer muito por lá). Também tivemos um aumento nas exportações para os Estados Unidos.

Para substituir um mercado como o chinês, que é o maior do mundo em commodities agrícolas, é preciso fazer assim: conquistando pequenos mercados. Tecendo uma colcha de retalhos grande o suficiente para dependermos menos da China, para onde continuaremos exportando.

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