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Boa leitura!
Se você está interessado em ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão, você veio ao lugar certo. Neste artigo, vamos abordar aspectos importantes sobre a pecuária de corte e como o sombreamento artificial pode melhorar tanto o desempenho ambiental quanto o bem-estar animal.

O estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) demonstrou que a disponibilização de sombreamento artificial em sistemas de confinamento de bovinos de corte resultou em uma redução das pegadas hídricas e terrestres, além de aumentar a eficiência nutricional. Em média, as pegadas hídrica e terrestre foram 3% e 7% menores, respectivamente, em áreas sombreadas em comparação com instalações a pleno sol.

O experimento foi realizado no Confinamento da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), e contou com a participação de 48 touros Nelore divididos em dois grupos: um com sombra e outro exposto ao sol. O sombreamento foi proporcionado por uma malha de alumínio termorreflexiva, que oferecia de 78% a 83% de sombra e 32% de transmissão de luz difusa.

Durante o período de 85 dias, os animais foram separados em quatro áreas e passaram por diferentes fases, incluindo adaptação, crescimento e finalização. A dieta foi composta por bagaço de cana, soja, milho e mistura mineral, e o consumo de ração e água foi mensurado por meio de cochos e bebedouros eletrônicos.

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Os resultados do estudo indicaram que o sombreamento artificial não apenas melhorou o bem-estar animal, mas também teve um impacto direto no desempenho ambiental. Os animais com acesso à sombra apresentaram uma redução média de 3% na pegada hídrica e 7% na pegada de uso do solo em comparação com os animais expostos ao sol.

Além disso, a localização da produção dos grãos e a época de plantio do milho também influenciaram os valores das pegadas hídrica e de uso do solo. O cenário de cultivo com soja e milho primeira safra produzidos em Maringá, por exemplo, resultou nos menores valores de pegada hídrica e pegada de uso do solo.

No entanto, é importante ressaltar que a eficiência da pecuária é uma métrica complexa e depende de diversos fatores, como o tipo e a formulação da dieta. A dieta ajustada para cada fase do desenvolvimento do animal pode levar a um melhor aproveitamento dos elementos alimentares, resultando em menos excedentes e em um maior uso eficiente da ração.

Em conclusão, proporcionar sombreamento artificial aos animais da pecuária de corte não apenas melhora o bem-estar animal, mas também traz impactos ambientais positivos, como a redução das pegadas hídricas e de uso do solo. A gestão responsável e o uso de tecnologias são essenciais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a eficiência na conversão de nutrientes em carne.

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Agora, para garantir uma alta demanda de visualizações, vamos apresentar 5 perguntas com respostas que com certeza vão despertar o interesse dos leitores:

1. Como o sombreamento artificial pode beneficiar a pecuária de corte?
R: O sombreamento artificial não apenas melhora o bem-estar animal, mas também reduz as pegadas hídricas e de uso do solo, além de aumentar a eficiência nutricional.

2. Quais foram os resultados do estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste?
R: O estudo indicou que a disponibilização de sombreamento artificial resultou em uma redução média de 3% na pegada hídrica e 7% na pegada de uso do solo.

3. Qual foi a metodologia utilizada no experimento?
R: Foram utilizados 48 touros Nelore divididos em dois grupos: um com sombra e outro exposto ao sol. O sombreamento foi proporcionado por uma malha de alumínio termorreflexiva.

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4. Quais os benefícios do uso eficiente da ração na pecuária de corte?
R: O uso eficiente da ração não apenas melhora a ciclagem de nutrientes, mas também reduz as perdas para o meio ambiente e os custos.

5. Como a dieta pode influenciar a eficiência da pecuária de corte?
R: A dieta ajustada para cada fase do desenvolvimento do animal pode levar a um melhor aproveitamento dos elementos alimentares, resultando em menos excedentes e em um maior uso eficiente da ração.

Esperamos que este artigo tenha fornecido informações relevantes e úteis sobre o impacto positivo do sombreamento artificial na pecuária de corte. Fique por dentro do agronegócio brasileiro e receba as principais notícias do setor em primeira mão. Não perca nossas atualizações!

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Estudo da Embrapa Pecuária Sudeste (SP) demonstrou que a disponibilização de sombreamento artificial em sistema de confinamento de bovinos de corte foi capaz de reduzir pegadas hídricas e terrestres, além de aumentar a eficiência nutricional. Em média, as pegadas hídrica e terrestre foram 3% e 7% menores, respectivamente, em áreas sombreadas em comparação com instalações a pleno sol.

Foram avaliados três indicadores: pegada hídrica, pegada de uso do solo e eficiência de uso dos nutrientes nitrogênio (N) e fósforo (P). As pegadas foram avaliadas em diferentes cenários agrícolas: soja no Paraná e São Paulo, e primeira e segunda safra de milho, também nesses dois estados. A avaliação é pioneira em relação ao impacto de um sistema de confinamento bovino, considerando de forma holística as eficiências da água, da terra e dos nutrientes e as sinergias entre os três indicadores.

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Segundo o pesquisador Julio Palhares, o impacto das mudanças climáticas, com aumento de temperaturas e eventos climáticos extremos mais frequentes, também terá consequências negativas no desempenho da pecuária de corte. “O impacto destes fenómenos climáticos no gado estende-se ao consumo alimentar, aos padrões comportamentais, ao uso da água e à eficiência na conversão de nutrientes em carne. Portanto, a gestão responsável e o uso de tecnologias são importantes para mitigar esses efeitos e melhorar a gestão ambiental”, destaca Palhares.

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O estudo indicou que fornecer sombra artificial, além de melhorar o bem-estar animal, impacta diretamente no desempenho ambiental. O pesquisador da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP) Taisla Novelli destaca que tecnologias que reduzam o estresse térmico e proporcionem mais conforto climático à pecuária devem ser consideradas para aumentar a eficiência no uso de recursos pela pecuária de corte.

O experimento

A pesquisa foi realizada no Confinamento da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), de setembro a dezembro de 2019. Participaram 48 touros Nelore, divididos em dois grupos, um com sombra e outro a pleno sol.

O material utilizado para proporcionar sombra foi uma malha de alumínio termorreflexiva. De acordo com as especificações do fabricante, 78% a 83% de sombra e 32% de transmissão de luz difusa.

Os animais foram separados em quatro áreas com 12 touros cada, durante 85 dias. As 11 primeiras foram para adaptação, seguidas das fases de crescimento e finalização.

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A dieta foi composta por bagaço de cana, soja, milho e mistura mineral, com valores baseados na matéria seca. Para mensuração do consumo de ração e água foram utilizados cochos e bebedouros eletrônicos.

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O cálculo da pegada hídrica considerou a água consumida na produção de alimentos (água verde) e a consumida pelos animais (água azul).

Para o cálculo da água verde foram considerados oito cenários, envolvendo duas cidades: Pradópolis (SP) e Maringá (PR), e quatro sequências de culturas. As pegadas de soja e milho foram calculadas para ambos os municípios. No caso do milho em duas sequências de safra: primeira safra e segunda safra.

Uso de nutrientes

O balanço parcial de nutrientes no sistema de produção foi avaliado para nitrogênio (N) e fósforo (P). A eficiência de uso de N e P foi calculada.

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Pegada de uso da terra

A pegada foi calculada como a razão entre a área de terra (m²) necessária para produzir ração e o rendimento das culturas.

Resultados

O sombreamento artificial reduziu a pegada hídrica e de uso do solo e melhorou a eficiência do uso de nutrientes. A localização da produção dos grãos e a época de plantio do milho também influenciaram os valores.

Para ambos os tratamentos, o cenário de cultivo com soja e milho primeira safra produzidos em Maringá resultou nos menores valores de pegada hídrica e pegada de uso do solo. Animais sem acesso à sombra apresentaram consumo médio de água azul maior do que aqueles com acesso à sombra.

No experimento a pleno sol, o cenário primeira colheita de soja e milho em Maringá (PR) apresentou a menor pegada hídrica – 917 litros por quilograma de peso vivo. Por outro lado, a segunda safra de soja e milho em Pradópolis (SP) teve pegada de 1.676 litros por quilo de peso vivo.

Em ambos os tratamentos, o cenário cultivo com soja e milho primeira safra produzidos em Maringá obteve o menor consumo de água verde. No ambiente sem sombra, o consumo médio foi de 532 m3 e na área sombreada a média foi de 526 m3. O cenário segunda safra de soja e milho em Pradópolis (SP) apresentou o maior consumo de água verde em ambos os tratamentos, com média de 976 m3 no sem sombra e 964 m3 não na sombra.

O consumo médio total de água pelos animais durante o ciclo de produção a pleno sol foi de 3.252 litros, 8% superior ao do tratamento sombreado, onde a média foi de 2.983 litros. O consumo médio diário de água por animal (sem sombra) foi de 40 litros por dia, enquanto com acesso à sombra foi de 36,8 litros.

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Na pegada de uso da terra, todos os cenários de cultivo utilizando milho primeira safra exigiram áreas menores em comparação com outros cenários. Isto significa que as dietas baseadas neste grão (1ª colheita) têm uma pegada terrestre menor. Isso se deve principalmente à produtividade do milho primeira safra, que foi 50% maior em Maringá e 29% maior em Pradópolis. Independentemente do município, a utilização do milho segunda safra resultou em maior necessidade de terras para produção da dieta dos animais.

Os animais com acesso à sombra e seguindo o melhor cenário levaram a uma redução de 7% na pegada do uso da terra em comparação com os animais sem sombra no mesmo cenário de cultivo.

Os animais que tiveram acesso à sombra demonstraram melhores eficiências de água, nutrientes e terra em comparação com animais a pleno sol. Em média, as pegadas hídrica e terrestre no tratamento com sombra foram 3% e 7% menores, respectivamente, do que no tratamento sem sombra. Esses resultados indicam que proporcionar práticas de bem-estar, além de promover melhor conforto térmico aos animais, traz impactos ambientais positivos no que diz respeito ao uso eficiente de recursos e insumos naturais.

Segundo o pesquisador da Embrapa Sérgio Raposo Medeiros, a eficiência da pecuária é uma métrica complexa que depende de vários fatores, sendo o tipo e a formulação da dieta um dos principais aspectos. Se a dieta for ajustada para cada fase do desenvolvimento do animal, pode levar a um melhor aproveitamento dos elementos alimentares, resultando em menos excedentes. O uso eficiente da ração não só melhora a ciclagem de nutrientes, mas também reduz as perdas para o meio ambiente e os custos.

(Com Embrapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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