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Puxada pela soja, safra de grãos de 2022/23 é estimada em 309,9 milhões de toneladas

Foto: Divulgação/Gov. AL

A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 pode chegar a 309,9 milhões de toneladas. Quase metade da produção estimada é resultado da lavoura de soja, que representa uma colheita de cerca de 151,4 milhões de toneladas, segundo o 6º Levantamento Safra de Grãos 2022/23, divulgado nesta quinta-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se confirmado, o volume de oleaginosas a ser colhido nesta safra é 20,6% superior ao do ciclo passado, o que aponta para uma recuperação na produtividade das lavouras que foram afetadas por condições climáticas adversas no ciclo 2021/22.

“A estimativa atual da produção de oleaginosas cresce em relação ao ciclo passado, mas representa uma variação negativa de 1% em relação ao último edital da Conab devido à intensificação, em fevereiro, dos danos causados ​​pela estiagem no Rio Grande do Sul. No entanto, essas perdas foram parcialmente compensadas pelos ganhos observados em Tocantins, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul”, afirma o presidente da empresa, Guilherme Ribeiro.

A colheita avança em todas as regiões produtoras, com percentuais abaixo da safra 2021/22. Esse ritmo mais lento é explicado por diversos motivos, como o excesso de chuvas, que dificulta o deslocamento das máquinas pelas lavouras. Além das chuvas durante a safra, vale lembrar que em algumas áreas o plantio da soja foi feito tardiamente, como em alguns locais de Goiás e Matopiba, enquanto em outras regiões houve temperatura mais baixa, o que impactou no desenvolvimento dos grãos, prolongamento do ciclo da cultura.

Esse atraso impacta a semeadura do milho 2ª safra, que já semeou 63,6% da área prevista para a safra em todo o país. No mesmo período do ano passado, esse índice chegou perto de 75%. Mesmo assim, a Cona projeta um crescimento na produção de 11,3%, que pode chegar a 95,6 milhões de toneladas.

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“É importante destacar que semear o milho fora da janela ideal pode aumentar os riscos durante o desenvolvimento das lavouras, não havendo garantia de como a lavoura se desenvolverá em condições climáticas adversas”, reforça a superintendente de Informações Agropecuárias da Conab, Candice Romero Santos. Na primeira safra do cereal, a safra esperada é de aproximadamente 26,76 milhões de toneladas, 6,9% acima da safra 2021/22.

Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão, já está totalmente semeada. Houve um aumento de 4% na área, chegando a 1,66 milhão de hectares. Com isso, a expectativa é que a colheita da pluma chegue a 2,78 milhões de toneladas.

Para o arroz, a produção está estimada em 9,9 milhões de toneladas, 8,4% inferior ao volume produzido na safra passada, devido à redução de área, aliada às condições climáticas adversas, principalmente no Rio Grande do Sul, maior estado produtor. No caso do feijão, a Conab estima uma safra de 2,92 milhões de toneladas, somando as três safras.

Mercado

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Com relação ao mercado externo, a Conab alterou os estoques finais de algodão para 1,53 milhão de toneladas. A atualização ocorre em função do ajuste nas expectativas de produção e da manutenção tanto do consumo quanto das exportações. O início do ano é lento para as vendas ao mercado externo de pluma, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Em fevereiro de 2023, foram exportadas 43,2 mil toneladas de algodão, desempenho muito baixo quando comparado ao mesmo período de 2022, quando foram exportadas 166,4 mil toneladas de algodão. Ainda assim, o setor segue confiante e vem trabalhando para ampliar as exportações, que devem chegar perto de 2 milhões de toneladas.

Quanto ao milho, as exportações seguem em ritmo acelerado, atingindo a marca de 2,28 milhões de toneladas exportadas, o maior volume registrado para o mês desde 2016. A demanda chinesa, aliada à queda da safra argentina, influencia a maior demanda pelo milho produto brasileiro . Diante da demanda aquecida, a Conab estima que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país pelos portos. Com isso, o estoque de milho em fevereiro de 2024, ou seja, no final da safra 2022/23, deve ficar em 7,3 milhões de toneladas – mesmo com o aumento da produção no país.

As demais culturas analisadas pela estatal apresentaram ajustes pontuais no quadro de abastecimento.

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Clique aqui para acessar a 6ª Pesquisa Safra de Grãos 2022/2023.

da Conab

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