Produtores comemoram nascimento de bezerras do projeto de inseminações da cadeia de pecuária de leite

Produtores comemoram nascimento de bezerras do projeto de inseminações da cadeia de pecuária de leite

Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!

São 300 km de distância que separam o Sítio Nossa Senhora Aparecida em Rio Branco (MT) do Sítio Nossa Senhora Aparecida em Comodoro. Além do nome, as propriedades compartilham a mesma experiência de uma semana atrás. Ali nasceram as primeiras novilhas do programa ATeG + Genética desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT). Crioula nasceu em 12 de junho e Modelo dois dias depois. Eles abriram a temporada de partos da primeira rodada de inseminações do projeto na cadeia produtiva do gado leiteiro.

A ATeG + Genética foi criada com o objetivo de melhorar os indicadores das propriedades, aumentando a produção e, consequentemente, a renda dos produtores rurais. As inseminações artificiais foram realizadas em propriedades de gado leiteiro e de corte, assistidas pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT, e sem ônus para os produtores.

Em Comodoro, o pecuarista Ronaldo Mendes ficou encantado ao ver que o animal era fêmea. “Achávamos que ia nascer um macho, mas quando vimos que era uma fêmea nos apaixonamos, porque o filhote fêmea facilita muita coisa. Sem contar que a Crioula é um bezerro muito lindo”.

Banner Site 300x250 1

WhatsApp Image 2023 06 19 at 08.57.24

O produtor afirma que o projeto veio em boa hora, pois o sêmen de um touro de qualidade não é acessível aos pequenos produtores rurais. “Alguns anos atrás eu já paguei R$ 200 por sêmen de touro Nelore, mas temos um rebanho pequeno e não dá para ficar com ele. Assim, acabamos comprando de touros mais baratos e de menor qualidade. Com o programa trazendo sêmen de touros de qualidade foi um grande presente. Foi bom demais”, ressalta.

Em Rio Branco, Adauto de Oliveira, foi surpreendido com o nascimento do bezerro, que estava previsto apenas para o dia 16. Touro Black Jack Holstein”, destacou o produtor que ainda aguarda o nascimento de mais dois animais da primeira rodada de inseminações.

A inseminação artificial é realizada na propriedade há 12 anos, mas sempre por meio de contratação particular. A oportunidade do projeto, segundo Adauto, tornou a atividade mais viável. “Com essa iniciativa, reduzimos custos e mantivemos a qualidade dos animais, o que viabilizou ainda mais nossa produção”, disse.

WhatsApp Image 2023 06 16 at 09.04.24 3

Banner Site 300x250 1

ATeG – Na propriedade Adauto, os serviços da ATeG são prestados em parceria com o Sindicato Rural de São José dos Quatro Marcos. Segundo o técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Alessandro Nogueira, os animais já começam a nascer nas outras 21 propriedades rurais que também participam do programa na região e os resultados têm sido positivos. “O projeto trouxe diversos benefícios ao produtor, como diagnóstico gestacional, redução do intervalo entre partos e melhoramento genético do rebanho”.

Segundo o profissional, a ATeG está ajudando os animais a crescerem saudáveis. “Através das orientações, os produtores estão fazendo protocolos nutricionais e sanitários para que tenhamos uma matriz reprodutiva saudável no futuro”.

Em Comodoro, Ronaldo Mendes é auxiliado pelo técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Ransvagner Garcia. Segundo o produtor rural, além do programa de genética, a ATeG do Senar-MT tem auxiliado na gestão da propriedade. “Antes, não fazíamos muita gestão das coisas. Depois que nosso técnico nos ensinou, até compramos sal direto da fábrica e por um preço melhor”.

Metodologia – ATeG + Genética teve início em setembro de 2022 e teve uma consultoria contratada para realizar as inseminações. Nesses nove meses de projeto, mais de mil pecuaristas de leite e corte de Mato Grosso foram beneficiados. Dados levantados pelo analista Andrei Zeni indicam que, ao todo, foram inseminados 9.830 animais na pecuária leiteira e 6.840 animais na pecuária de corte. Tudo realizado sem custo para os produtores rurais.

Segundo a veterinária e supervisora ​​do ATeG, Jéssica Gonçalves, esse foi um projeto piloto e agora passará por uma reestruturação para torná-lo ainda mais eficaz. “Sabemos que muitas variáveis ​​interferem na reprodução animal e precisamos analisar e aprimorar essa metodologia. A intenção vai além de trazer tecnologia, mas também incentivar os produtores a mensurar dados dentro da propriedade para que possam entender o processo e caminhar sozinhos”, destaca.

(Com CNABRASIL)

(Emanuely/Sou Agro)



Sou Agro