A produção de alimentos deve crescer cerca de 70% até 2050. Por isso, segundo relatório da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, até 2050 a população mundial deve chegar a 9,7 bilhões. pessoas, cerca de 2 bilhões a mais do que hoje.
Para Pedro Afonso, Técnico de Desenvolvimento de Mercado da BRANDT do Brasil — empresa de inovação tecnológica com foco em fisiologia vegetal e tecnologia de aplicação — trata-se de uma grande expansão e “são necessários processos que visem o melhor aproveitamento da lavoura, que otimizem os métodos de manejo para o aumento gradativo da produção, tanto na produção de grãos , frutas, legumes, carne, leite, ovos, fibras e madeira”. Pedro comenta que “as exigências do mercado por qualidade, competitividade, sustentabilidade e produção são demandas que precisam de atenção para que imprevistos não ocorram”.
Um estudo recente da Embrapa sobre agricultura digital no Brasil indica que o uso de tecnologias digitais no agronegócio é uma demanda crescente. De acordo com a pesquisa, 67,1% dos entrevistados entendem a importância desses recursos para a coleta e armazenamento de informações, além das atividades da propriedade rural. O documento também diz que 59,7% acreditam que a tecnologia é fundamental para a gestão.
Para Afonso, a atualização tecnológica no campo teve grande destaque com a intensificação da entressafra no Brasil, que vem refletindo cada vez mais, ano a ano, no ambiente produtivo e econômico nacional. Ele explica que “a evolução na gestão está diretamente relacionada à agricultura digital, principalmente no que diz respeito à maior facilidade para lideranças, empresários, gestores e agricultores acompanharem todas as informações das atividades, além de coletar dados e planejar as atividades mais relevantes. para o dia a dia”.
Recursos mais usados
Entre os recursos mais utilizados na agricultura digital estão os mais diversos sensores, responsáveis, por exemplo, pelo monitoramento da temperatura e umidade do solo para controle de irrigação. Outros são usados para medir condições meteorológicas, podendo ser térmicas, ópticas e elétricas. Estas novas tecnologias podem permitir, em alguns casos, a tomada de decisões sem a necessidade de intervenção humana.
Afonso comenta que os veículos aéreos não tripulados (VANTs), conhecidos como drones, também estão sendo utilizados para diversas funções, como aplicação de defensivos, monitoramento de temperatura, índice de área foliar (IAF), registro de doenças e pragas e monitoramento do gado no controle de furto de animais . “Várias ferramentas de análise, como grandes dadosGPS, novas formas de pesquisa e softwares utilizados de diversas formas, como supervisão de compras e controle de estoque, por exemplo, fazem parte hoje do campo e isso tende a ser cada vez mais necessário”, diz o especialista.
Fator humano e resultados
Ele reforça que, apesar disso, o fator humano é fundamental para que os resultados das inovações sejam percebidos e analisados. “O rigor da informação e a compreensão de quem a utiliza permite a tomada estratégica de medidas mais precisas, elevando o nível de competição pela qualidade e quantidade do produto final, tendo em conta que cada fração de terreno é diferente em aspetos como como clima, solo, relevo, temperatura e outros fatores”, afirma.
Ainda de acordo com Afonso, a adoção de novas tecnologias, incluindo ferramentas nutricionais de última geração, tecnologias de aplicação, aplicativos voltados para a captação e interpretação de dados e outros traz muitas vantagens. “A BRANDT possui em seu portfólio tecnologias nutricionais, biológicas e de aplicação, como a Tecnologia Integras, um novo conceito de adjuvantes que visa aprimorar as aplicações em todos os pilares da tecnologia de aplicação: ambiental, operacional, agronômico e funcional. Um aplicativo dessa tecnologia está em fase final de desenvolvimento e calculará os resultados dos aplicativos reduzindo as perdas. Permitindo que os agrotóxicos expressem seu real potencial no controle de pragas, doenças e plantas daninhas, protegendo o potencial produtivo da cultura”.
Com Conselho
(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

