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Privatizar Porto de Santos está fora de cogitação e foi um ‘devaneio’, diz ministro

O ministro dos Portos e Aeroportos, Marcio França, disse nesta sexta-feira, 5, que a privatização do Porto de Santos e de outras autoridades portuárias do país está fora de questão. Segundo França, as tentativas do governo anterior nesse sentido foram um “devaneio”.

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Ele também afirmou que pretende lançar licitação para a construção do túnel Santos-Guarujá entre o final deste ano e o início de 2024, obra que será financiada com recursos do próprio Porto de Santos.

França fez as declarações durante visita ao porto do Rio, no final da manhã desta sexta-feira.

O ministro argumentou que os portos são ativos estratégicos para a economia nacional, que não podem ser concedidos a empresas estrangeiras, muitas delas estatais, o que poderia interferir na dinâmica das exportações brasileiras, concorrendo com as de seus países.

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“Essa privatização do Porto de Santos está fora de questão. Foi meio que um devaneio”disse a França.

O ministro citou o exemplo da concessão portuária ocorrida no Espírito Santo, onde as tarifas teriam sido aumentadas em 1.580%, gerando uma enxurrada de reclamações dos usuários, lista que inclui a mineradora Vale.

Túnel Santos-Guarujá

Sobre Santos, especificamente, França falou em adaptar o plano para condicionar uma eventual concessão à construção do túnel Santos-Guarujá. O governo pretende abrir concurso para a construção do túnel entre o final deste ano e o início de 2024 e, depois de construída a estrutura, conceder a sua operação.

“Vamos lançar a licitação do túnel ainda este ano ou no início do ano que vem, sem precisar vender o Porto e com recursos do Porto. A ideia de vender os portos era inocente”, ele declarou. “A obra será pública e, depois de pronta, será cedida a alguém para administrar”ele explicou.

Integrar portos e cidades

Segundo França, um dos objetivos de sua visita às instalações do Porto do Rio é verificar as possibilidades de aumentar a integração desse porto com a cidade e seus habitantes, o que ele considera mais fácil pela proximidade com o centro da cidade.

“Vamos buscar essa integração da cidade com o Porto. Vamos levar a maquete para todo o Brasil: Santos, Salvador, Natal, Belém. Queremos que as pessoas, os donos da cidade, possam olhar os navios, as docas, ter uma experiência gastronómica”ele afirmou.

Segundo França, 850 mil pessoas devem passar pelos portos do país este ano, número que é a metade do que já era alcançado anos atrás. “Esta volta é lenta, não rápida”comentou.

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França destacou o fato de o Rio ter tido uma das primeiras reformas portuárias relevantes do país. “Aqui tem galpões bem cuidados, e queremos que tenham outras ocupações, como artísticas e gastronômicas”ele disse.

O ministro citou ainda a possibilidade de fomentar um mercado de navios com passeios mais constantes dentro da cidade, onde as pessoas podem fazer passeios de até seis horas com um ticket médio acessível, bem abaixo dos cruzeiros tradicionais.

Portal DBO

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