para Uma pesquisa recente realizada pela Plataforma online Kantar aponta que o aumento dos preços está impulsionando Brasileiros reduzirão consumo de carne em suas refeições.
Segundo o estudo, que entrevistou 3.800 pessoas no primeiro trimestre deste ano, houve queda de 9% no consumo de proteína durante este períodoem contraste com a queda de 6% no segmento de alimentos e bebidas em geral.
A diretora do Kantar Usage Panel, Aurélia Vicenteaponta que o consumo de proteínas em geral vem apresentando queda, principalmente no caso da carne bovina.
Essa tendência já vinha sendo observada desde o ano passado, mas se intensificou com o aumento da inflação.
Carne bovina, suína e aves
Atualmente, a carne bovina representa 39% do consumo de proteínas, ante 43,1% registrado no primeiro trimestre de 2021.
Por outro lado, a carne suína ganhou destaque, passando de 4,6% para 9,1% no mesmo período.
Mesmo as proteínas mais acessíveis, como linguiças e embutidos, perderam importância no período.
O consumo de embutidos caiu de 15,4% para 14,9%, enquanto o de embutidos caiu de 4,8% para 3,8%.
No entanto, o consumo de carne de frango está se recuperando no curto prazo, passando de 25,9% para 28,6%, após um período de alta de preços em 2022.
Em relação aos peixes e frutos do mar, houve estabilidade nos três primeiros meses deste ano, representando 4,3% do consumo total de proteínas.
No entanto, esses alimentos apresentaram queda em relação a 2021, quando representavam 6% do consumo.
Proteínas mais acessíveis
A diretora da Kantar, Aurélia Vicente, destaca que a retomada do consumo da carne de frango está relacionada à busca por opções mais acessíveis e ao equilíbrio financeiro dos consumidores.
Com os preços em alta, as pessoas estão optando por alternativas como linguiças e embutidos, que vêm ganhando espaço na mesa dos brasileiros, principalmente nas classes sociais mais baixas.
Aurélia aponta que o comportamento dos preços será decisivo para o consumo no curto e médio prazo.
Ela enfatiza que, quando as pessoas tiverem mais possibilidades financeiras, é provável que voltem a comprar carne bovina e de frango, preferidas pelos brasileiros.
O diretor destaca ainda que a alta do preço não afeta apenas as carnes, mas também outras commodities, como arroz e feijão.
