Ciclo da pecuária: desafios e impactos
A pecuária, assim como a agricultura, enfrenta desafios significativos que afetam a produção e a rentabilidade dos produtores. Em meio a altos custos de produção e baixos preços pagos ao produtor, é o ciclo da cria que se mostra mais prejudicado. Como diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Julio Rocha destaca a necessidade de equilíbrio entre os três ciclos de negócios da pecuária: cria, recria e engorda. Sem esse equilíbrio, toda a cadeia pecuária é afetada, levando a prejuízos generalizados. A situação é agravada ainda pelas adversidades climáticas, que afetam as pastagens e a oferta de bezerros. Neste artigo, vamos analisar os desafios e impactos do ciclo da pecuária, fornecendo insights valiosos para produtores, investidores e outros interessados no setor.
Ciclos de negócios na pecuária
O ciclo da cria é fundamental para o futuro da pecuária, mas é também o mais oneroso e desafiador. O preço do bezerro está em baixa, afetando diretamente os produtores. A falta de equilíbrio entre os três ciclos prejudica a rentabilidade de todos os envolvidos, o que exige uma análise minuciosa e ações estratégicas para resolver esses problemas.
Impacto do ciclo da cria
O ciclo da cria, ao ser afetado pela falta de equilíbrio entre os ciclos de negócios na pecuária, impacta toda a cadeia produtiva. Com os preços achatados e a interrupção da atividade pelos produtores, a oferta de bezerros sofre, afetando a produção e a rentabilidade de longo prazo. Esta situação requer a atenção de investidores, gestores e demais partes interessadas, para que soluções eficientes possam ser implementadas.
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Ciclo da cria é mais oneroso
Na avaliação de Julio Rocha o ciclo da cria seria o mais prejudicado dentre os três, visto ser o mais oneroso.
“Realmente quem mexe com cria a gente tem que tirar o chapéu. É um trabalho árduo. Os preços não estão compatíveis e quando não tem o preço adequado o produtor acaba por interromper [a atividade]. Acaba abatendo as matrizes”.
De acordo com ele, é necessário um prazo de dois anos para que uma fêmea emprenhar, parir e ser realizado o desmame do bezerro. Com um aumento dos abates das matrizes, como se vem observando no estado desde o ano passado, que ultrapassa o percentual de 50% dos animais enviados ao gancho, o impacto na oferta de bezerros é sentido no segundo ano.
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Soluções para a pecuária em crise
Diante dos desafios enfrentados pela pecuária, é necessário buscar soluções que possam equilibrar os ciclos de cria, recria e engorda. A situação de alta nos custos de produção e baixa nos preços pagos ao produtor precisa ser revertida para que todos os envolvidos na cadeia pecuária possam obter ganhos. É fundamental buscar alternativas que promovam o equilíbrio e a sustentabilidade do setor, garantindo assim um cenário mais favorável para os pecuaristas.
Alternativas para a sustentabilidade da pecuária
É preciso investir em políticas e práticas que possam favorecer a recuperação do setor pecuário, buscando incentivos para a atividade de cria, recria e engorda. Além disso, a busca por novos mercados e a ampliação da exportação de carne bovina também podem contribuir para a valorização dos produtos, garantindo melhores preços aos produtores e estimulando o desenvolvimento do segmento.
Agir para a transformação do cenário pecuário
Diante do atual panorama da pecuária, medidas efetivas precisam ser adotadas para reverter a crise enfrentada pelos produtores. Por meio de iniciativas que promovam o equilíbrio entre os ciclos pecuários, a tendência é que o setor possa se reestabelecer, oferecendo condições mais favoráveis para os criadores e demais agentes envolvidos na pecuária. A busca por soluções inovadoras e sustentáveis será fundamental para assegurar o futuro do segmento.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Ciclo de negócios da pecuária
Na entrevista para o programa Direto ao Ponto, o diretor da Acrimat, Julio Rocha, destacou que a pecuária se divide em três ciclos de negócios: cria, recria e engorda. O equilíbrio entre esses ciclos é crucial para o bom funcionamento do setor.
Ciclo da cria é mais prejudicado
Segundo Julio Rocha, o ciclo da cria é o mais prejudicado dentre os três devido ao alto custo e aos preços baixos. Ele enfatiza que o trabalho árduo dos produtores de cria não é condizente com os preços praticados, levando muitos a interromper a atividade e abater matrizes.
Impacto na oferta de bezerros
Júlio Rocha alerta que o aumento dos abates de matrizes no estado de Mato Grosso tem impacto na oferta de bezerros, já que a reprodução desses animais leva tempo e depende do cuidado e manutenção das matrizes.
Adversidades climáticas e preços baixos afetam a pecuária
O diretor da Acrimat ressalta que, além dos custos de produção elevados, a pecuária ainda sofre com adversidades climáticas, como o El Niño, e com a baixa nos preços pagos ao produtor, o que prejudica o setor como um todo.
O que é Acrimat?
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) é uma entidade representativa do setor pecuário que atua em defesa dos interesses dos criadores de gado do estado.
Como se divide a pecuária?
A pecuária se divide em três ciclos de negócios: cria, recria e engorda. O equilíbrio entre esses ciclos é essencial para o bom funcionamento do setor.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Assim como a agricultura, a pecuária segue registrando altos custos de produção e baixa nos preços pagos ao produtor. De acordo com o diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e pecuarista, Julio Rocha, o ciclo da cria é o mais prejudicado em meio a toda a situação.
O diretor da Acrimat, entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto, cita ainda que, além dos custos e baixa nos preços ao produtor, desde a reta final de 2023 o setor ainda sofre com as adversidades climáticas, provocadas pelo El Niño, que também afetou as pastagens.
Julio Rocha destaca que a pecuária se divide em três ciclos de negócios: cria, recria e engorda. Conforme ele, é preciso que os três estejam “equilibrados para a coisa fluir”.
“Os três equilibrados todo mundo ganha o seu pouquinho. Por exemplo, a cria em Mato Grosso está ruim. O preço do bezerro está muito ruim, porque o preço da arroba está muito baixo. Aí você pega o cara que é invernista, que compra os bezerros ou garrotes para engordar e abater, ele quer pagar mais baixo, pois se não a conta dele não fecha”.
O diretor da Acrimat frisa que “com os preços achatados todo mundo sai perdendo no processo dentro da escala pecuária”.
Ciclo da cria é mais oneroso
Na avaliação de Julio Rocha o ciclo da cria seria o mais prejudicado dentre os três, visto ser o mais oneroso.
“Realmente quem mexe com cria a gente tem que tirar o chapéu. É um trabalho árduo. Os preços não estão compatíveis e quando não tem o preço adequado o produtor acaba por interromper [a atividade]. Acaba abatendo as matrizes”.
De acordo com ele, é necessário um prazo de dois anos para que uma fêmea emprenhar, parir e ser realizado o desmame do bezerro. Com um aumento dos abates das matrizes, como se vem observando no estado desde o ano passado, que ultrapassa o percentual de 50% dos animais enviados ao gancho, o impacto na oferta de bezerros é sentido no segundo ano.
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