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A monta natural deu ao país o rebanho bovino que possui e a condição de maior exportador de carne bovina do mundo. Portanto, é básico em qualquer sistema de produção eficiente estabelecido. Mas a Inseminação Artificial (IA) é a grande ferramenta de multiplicação, principalmente no que diz respeito à velocidade de ganhos genéticos no rebanho: o lucro.

E ao contrário do que muitos pecuaristas pensam, ela não é válida apenas na pecuária seletiva. Ao contrário, o surgimento da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) possibilitou a mesma velocidade de ganho genético em rebanhos comerciais. Essa conquista tecnológica quase triplicou as vendas de sêmen em apenas alguns anos.

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Fernando Palamin Manzutti, veterinário formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e técnico do programa de melhoramento genético da Embrapa Geneplus, é um dos profissionais que apontam uma série de vantagens para o pecuarista que faz os ajustes necessários no manejo e facilidades para trabalhar com IA.

Foto: arquivo pessoal

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1. Um é o custo. Atendidas as exigências internas da fazenda para adoção da prática, o criador disponibiliza no mercado sêmen de touros realmente em melhoramento – comprovado por Diferenças Esperadas na Progênie (DPEs) – por entre R$ 20 e R$ 50, a dose.

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Essa é uma faixa de preço acessível para uma gravidez, mesmo com os acréscimos da IATF, devido aos hormônios e ao técnico treinado. “Ainda assim sai mais barato do que comprar um reprodutor, que só se paga, em média, a partir de 25 filhos”Explicar.

2. Outra vantagem é a possibilidade de troca de material genético, de forma rápida, sempre que necessário. No caso dos touros de monta natural, eles passam de cinco a oito anos trabalhando na fazenda. Na IA, a informação genética muda de uma estação para outra. É apenas deliberado corretamente.

Além disso, o produtor pode escolher novos touros a cada ano, obtendo variabilidade genética e maior eficiência, devido às suas vantagens na antecipação da seleção e com menores riscos. O touro no campo sempre corre o risco de sofrer um acidente. No uso da IATF, o sêmen fica no cilindro e é improvável que haja perda de material.

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O desafio de escolher bons touros – Mas é necessário e fundamental interromper a lista de vantagens para falar da “escolha dos touros” na IA, a decisão mais difícil. Manzutti aponta que é preciso responder a perguntas básicas: que tipo de criação está em jogo? Qual é o seu mercado?

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Se o criador vai criar bovinos PO, além de serem produtivos, precisam de caracterização racial que agrade, como ereção, inserção do umbigo e toda aquela parte fenotípica. Portanto, a resposta de por que escolher a IA e quais reprodutores escolher é um pouco mais complexa do que a do gado comercial.

Reforçando, outro item importante na escolha de reprodutores para gado PO é a genética que produza carne de qualidade. Além das características fenotípicas, incluindo itens de carcaça, por exemplo, com avaliações ultrassonográficas, deve-se ter cuidado com a precocidade sexual, traduzida no acabamento da carcaça.

Esse é um item que ajuda muito na qualidade da carne, onde seria abatido um animal mais jovem e com excelente cobertura de gordura subcutânea. O marmoreio (gordura entremeada entre as fibras musculares) também é um item de qualidade da carne. Portanto, você precisa estar muito atento ao mercado que está pedindo.

Na verdade, é uma fatia um pouco mais restrita, mas já existe no Brasil; não só na raça Nelore, mas, principalmente, para animais provenientes de cruzamentos industriais. Então, quem vai escolher touros nesta estratégia, as escolhas são mais difíceis e custosas, exatamente pelo valor agregado na genética em questão.

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De volta aos benefícios da IA

3. Na IATF, uma vantagem é o encurtamento da estação reprodutiva. Com sua adoção, a cada ano é possível se locomover mais cedo, já que nos primeiros dias, em média, 50% das fêmeas ficam grávidas. Os bezerros chegam mais cedo.

4. Outra vantagem do melhoramento genético é saber quem são os pais. Essas informações são muito importantes na hora de fazer o controle genealógico do rebanho e saber qual o melhor material genético a ser utilizado. Portanto, mais segurança nas decisões de melhoria. Isso resulta em maior sucesso e, portanto, produtividade e lucro comercial.

Sempre se pensa em melhoramento genético. É o foco, uma pirâmide que se constrói a partir de uma base e olhando para o futuro, lembrando a necessidade de acompanhar o andamento do trabalho. A IATF permite esses benefícios e ainda traz uma padronização muito maior do rebanho.

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Isto é especialmente verdadeiro para aqueles que trabalham com menos touros. No acasalamento natural, você é obrigado a utilizar um grande número de touros, pois cada um normalmente maneja entre vinte e cinco e cinquenta vacas por ano. No caso da IATF, centenas ou milhares de vacas.

E existe a possibilidade de usar um único touro, uma estratégia muito válida para cruzamento industrial. Quando você está muito focado na produção e padronização da carcaça (tamanho e qualidade), a vantagem é enorme. Mas as características reprodutivas devem ser consideradas.

5. Outro destaque da IATF é o controle de doenças. Na IA, são utilizados materiais desinfetados. Não há problema de contaminação como acontece com o uso de touros no campo, onde as vacas podem ser expostas a um touro com uma doença transmissível. Porém, Manzutti não recomenda o uso do touro zero na transferência.

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6. A IATF também tem um papel muito importante no melhoramento genético, que consiste em ajudar a testar a progênie e aumentar a precisão das características genéticas do rebanho. Na criação natural, quando você usa um touro, ele só trabalha com um número pequeno de vacas.

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É um problema, pois demora muito para comprovar a qualidade do jogador em questão. Com a IATF e a coleta do sêmen desse touro, ele pode ser utilizado desde muito jovem em uma ação muito maior na fazenda e gerar um número maior de filhos nascidos. É um risco bem-vindo, mas logo se prova. Talvez muito antes, proporcionando maior precisão. A informação é muito mais confiável.

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A Inseminação Artificial (IA) é uma ferramenta fundamental na multiplicação do rebanho bovino, contribuindo para a posição do país como maior exportador de carne bovina do mundo. Além disso, a IA é responsável por promover ganhos genéticos significativos no rebanho, resultando em maior lucro para os pecuaristas.

Diferente do que muitos acreditam, a IA não é restrita apenas à pecuária seletiva. Com o surgimento da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), foi possível alcançar a mesma velocidade de ganho genético em rebanhos comerciais. Essa conquista tecnológica impulsionou as vendas de sêmen, triplicando-as em apenas alguns anos.

Um dos principais benefícios da IA e IATF é o custo acessível. Apesar dos acréscimos dos hormônios e do profissional treinado, o valor para uma gravidez utilizando sêmen de touros comprovadamente melhorados, através de Diferenças Esperadas na Progênie (DPEs), varia entre R$ 20 e R$ 50 por dose. Essa faixa de preço é mais vantajosa do que a compra de um reprodutor, que só se paga, em média, a partir de 25 filhos.

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Outra vantagem da IA e IATF é a possibilidade de troca rápida de material genético. Enquanto os touros de monta natural trabalham em uma fazenda por cinco a oito anos, na IA a informação genética pode ser facilmente modificada a cada estação. Além disso, o pecuarista pode escolher novos touros a cada ano, obtendo variabilidade genética e maior eficiência na antecipação da seleção, com menores riscos. Além disso, há menos riscos de acidentes ou perda de material genético.

Ao utilizar a IA e IATF, é fundamental considerar a escolha dos touros. É preciso levar em conta o tipo de criação e o mercado em que se atua. No caso de bovinos de produção, além da produtividade, é necessário considerar características fenotípicas, como ereção e inserção do umbigo. Além disso, é importante selecionar touros com características genéticas que produzam carne de qualidade, incluindo itens de carcaça. O marmoreio também é um fator de qualidade da carne que deve ser considerado. Portanto, é essencial estar atento às demandas do mercado.

Outro benefício da IATF é o encurtamento da estação reprodutiva. Com seu uso, é possível obter gestações mais precoces, resultando em bezerros que chegam mais cedo. Além disso, a IA proporciona maior controle genealógico do rebanho, permitindo tomar decisões mais seguras em relação ao uso do material genético.

A IA e IATF também contribuem para o controle de doenças, uma vez que são utilizados materiais desinfetados. Diferente do acasalamento natural, onde há risco de contaminação, na IA esse problema é minimizado.

Outro aspecto relevante da IATF é seu papel no melhoramento genético. Com a coleta de sêmen de touros desde jovens, é possível testar a progênie e aumentar a precisão das características genéticas do rebanho. Diferente da monta natural, onde um touro trabalha com um número limitado de vacas, na IATF é possível utilizar o sêmen de um touro em um número maior de vacas, proporcionando resultados mais precisos.

Em resumo, o uso da IA e IATF na pecuária bovina traz inúmeros benefícios. Além de ser uma ferramenta eficiente para multiplicação do rebanho, a IA oferece vantagens como custo acessível, troca rápida de material genético, encurtamento da estação reprodutiva, maior controle genealógico, controle de doenças e contribuição para o melhoramento genético. É uma estratégia que pode ser adotada tanto na pecuária seletiva quanto na comercial, resultando em ganhos genéticos e aumento da produtividade e lucro para os pecuaristas.
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