O decreto de situação de emergência de Cascavel foi homologado?

As chuvas que caíram no fim de semana e ao longo da última semana deixaram 3.205 casas danificadas no Paraná, segundo o último boletim da Defesa Civil. São 19.348 pessoas afetadas em 61 municípios. No total, 391 pessoas permanecem desabrigadas (em casas de amigos ou parentes) e 271 permanecem desabrigadas (em abrigos públicos). Uma morte também foi confirmada em Irati, cidade que também tem um desaparecido.

Os locais mais atingidos foram Rebouças (3.013 pessoas atingidas), Jardim Alegre (2.800), São Jorge d’Oeste (1.600), Cascavel (1.350), Peabiru (1.320), Ivaiporã (1.200), Jaboti (1.003), Grandes Rios ( 1.000), Mangueirinha (822), Curitiba (700), Paulo Frontin (600), Pinhão (599), Paula Freitas (520), Araucária (475), União da Vitória (328) e Sulina (300). As regiões Centro, Sul, Centro-Sul e Campos Gerais registraram os maiores danos no fim de semana, enquanto o Oeste, que registrou até tornado, teve os maiores registros na semana passada.

Equipes locais da Defesa Civil, em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Estadual, estão atendendo a população, resgatando as pessoas de maior risco e encaminhando-as para locais seguros. Em União da Vitória, por exemplo, os moradores tiveram que sair das proximidades do rio Iguaçu, que subiu mais de seis metros. Os alertas à população, enviados desde segunda-feira, bem como a mobilização nas redes sociais e outros canais de comunicação, ajudaram a garantir que a informação sobre as chuvas chegasse a todos.

A Defesa Civil enviou ajuda humanitária para Ivaiporã, Jardim Alegre, Rio Negro e União da Vitória. Foram distribuídos 820 colchões, 800 kits de quarto, 305 kits de limpeza, 305 kits de higiene e 4.420 azulejos. Com isso, desde o início, foram enviadas mais de 22,5 mil telhas aos municípios, além de 1.030 colchões, 950 kits dormitório, 764 kits de higiene, 180 kits de limpeza e 484 cestas básicas.

Até o momento, Cascavel, Mangueirinha, São Jorge D’Oeste e Rio Negro já tiveram seu decreto municipal de emergência aprovado por decreto estadual. Paula Freitas, Pinhão, Ivaiporã, União da Vitória e Paulo Frontin são alguns dos municípios que também declararam situação de emergência, mas ainda não tiveram o processo aprovado pelo Estado.

ESTRADAS – A chuva causou danos às rodovias estaduais no fim de semana. Em Jaguariaíva, o pavimento da PR-151 rompeu no km 214. O tráfego de veículos continua sendo desviado por rotas alternativas. A PR-170, entre Guarapuava e o bairro de Entre Rios, registrou deslizamento de terra em um dos acostamentos. O trânsito permanece aberto na região, mas em apenas uma faixa.

Outros dois pontos chegaram a registrar alagamentos. A PR-364 foi interditada temporariamente no km 100, entre Irati e Inácio Martins, devido ao transbordamento do Rio Preto, que abrangeu as duas pistas, mas a pista já foi reaberta. Em Pitanga, a PRC-466 (ligação com Guarapuava e Campo Mourão) e a PR-239 (ligação com Mato Rico) foram atingidas e ainda têm muita água.

Na Graciosa, trânsito foi liberado durante a noite. Não houve novos deslizamentos de terra. Informações sobre a rodovia podem ser acompanhadas neste perfil do Twitter.

Em União da Vitória, a BR-476 cedeu no km 356. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já analisa o trecho. Na Serra do Mar, a BR-277 operou em pista única durante todo o final de semana de forma preventiva, entre os km 39 e 42.

COPEL – Os eletricistas de atendimento, manutenção e construção de redes da Copel continuam trabalhando na restauração das redes elétricas danificadas pelo temporal que atingiu as regiões Norte e Noroeste no último final de semana. Com a abertura do sol nesta segunda-feira (09), foi possível às equipes acessar regiões rurais onde a chegada com caminhões e postes foi bastante dificultada pela chuva que ocorreu durante todo o domingo.

Os municípios de Maringá, Sarandi e Marialva foram os mais atingidos pelo temporal, e o número de postes quebrados na região chega a 212 estruturas. Só na Estrada Santa Fé, em Marialva, 60 casas estão sem energia devido à quebra de 27 postes num único circuito.

Na região próxima ao Hospital Universitário de Maringá houve seis postes quebrados; no Jardim Aurora, em Sarandi, outras quatro estruturas tombaram, devido à queda de árvores na rede elétrica.

Devido à complexidade dos serviços, que exigem a retirada de árvores de grande porte e a reconstrução de circuitos inteiros da rede, cada serviço pode durar várias horas. São 179 equipes trabalhando na reconstrução das redes com reforços vindos de regiões que não foram afetadas pelo evento climático. Atualmente existem 418 serviços cadastrados para atendimento na região. Cada serviço representa um ponto diferente da rede que precisará ser verificado e reparado pelas equipes.

Principalmente em Maringá, onde o temporal causou danos mais graves, a Copel explica à população que, caso os ventos tenham causado danos na entrada de serviço e no “posto de atendimento”, pode ser necessário que o cliente regularize essa estrutura interna para que a Copel restabelecer o fornecimento de energia. Em caso de dúvida, o cliente pode consultar um técnico particular.

Na região Norte, os trabalhos continuam concentrados no Vale do Ivaí, com 150 ocorrências, e Norte Pioneiro, onde os atendimentos abertos foram reduzidos para 66 na região de Ibaiti, e 17, na região de Santo Antônio da Platina. A maioria dos serviços nestas regiões está localizada em pequenos circuitos rurais.

A comunicação sobre cortes de energia pode ser feita pelo telefone, mas também pelo aplicativo do celular, pelo site www.copel.com e pelo WhatsApp número 41 3013-8973. Sem internet, o aviso ainda pode ser enviado à Copel por mensagem de texto (SMS) para o número 28.593, escrevendo as letras “SL”, de “sem energia elétrica”, mais o número da unidade consumidora, que fica destacado no cabeçalho da conta de luz .

(Com AEN)

(Fernanda Toigo/Sou Agro)