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Entendendo o Mercado de Bovinos em 2023

O aumento nos abates de bovinos sob inspeção federal no primeiro bimestre de 2023 tem gerado repercussão no mercado. Junto a isso, a variação nos preços e a relação entre a carcaça e o boi gordo também são pontos de destaque. Este artigo analisa os dados preliminares e traz reflexões sobre o cenário atual da pecuária bovina.

Análise dos Dados de Abates e Preços

Os números mostram um crescimento expressivo nos abates de fêmeas e machos, com alterações significativas nos preços da carcaça e do boi gordo. Além disso, a relação entre esses valores e a evolução mensal do IPCA-15 são elementos essenciais para compreender o panorama econômico do setor.

Impactos da Demanda Interna e das Exportações

A disponibilidade interna de carne bovina e as exportações têm desempenhado papéis fundamentais na dinâmica do mercado. O equilíbrio entre oferta e demanda, aliado aos recordes de volume nas exportações, indica uma situação favorável para a indústria, mesmo diante de oscilações nos preços.

Desenvolvimento

Considerando dados preliminares de abates de bovinos sob inspeção federal (SIF) no primeiro bimestre, houve aumento de 25,9% na comparação com o início de 2023. As fêmeas tiveram um salto de 38,1%, enquanto os machos tiveram acréscimo, também relevante, de 18,5%, considerando o acumulado até fevereiro.

Preços e Relações

Entre janeiro e a parcial de março, houve recuo de 4,2% para a carcaça no atacado e de 6,7% para o boi gordo em São Paulo, com referências do Cepea. A relação entre a carcaça e o boi gordo passou de 104,1% para 106,9% no mesmo intervalo. Isso não indica necessariamente lucro ou prejuízo, mas mostra que o “espaço” para o resultado da indústria melhorou, considerando a venda de carcaças no mercado interno.

Usando as variações mensais do IPCA-15, na média dos cortes de bovinos, houve valorização de 1,3% em janeiro, recuo de 1,1% em fevereiro e estabilidade em março. O boi gordo cedeu mais que o atacado e a cotação no varejo praticamente se manteve, mostrando que a demanda do mercado não é o ponto principal no momento.

Maior Disponibilidade Interna

Mesmo com exportações em alta, a produção estimada resultou em um aumento de 19,7% na disponibilidade interna de carne bovina em relação ao primeiro bimestre de 2023. Isso indica que a disponibilidade está sendo escoada, tanto no mercado interno quanto nos mercados externos. A oferta forte no início do ano, associada à exportação recorde, ajuda a entender o cenário atual do mercado da pecuária de corte.

Conclusão

A análise do mercado de bovinos indica um cenário de maior disponibilidade interna, mesmo com preços menores no atacado. Isso sugere que o consumo e as exportações estão contribuindo para escoar essa produção excedente. Por outro lado, a oferta de gado para abate iniciou o ano em alta, o que pode impactar os preços no curto prazo. No entanto, caso haja uma diminuição na oferta ao longo do ano, existe a possibilidade de preços mais atrativos e uma fase mais positiva para os produtores. A participação em eventos regionais, como os da MFG Agropecuária, também pode proporcionar insights valiosos para os pecuaristas. Em suma, o mercado de bovinos está em constante movimento, e é importante estar atento às tendências e oportunidades que surgem.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Abates de bovinos sob inspeção federal têm aumento: análise do mercado

Considerando os dados preliminares de abates de bovinos sob inspeção federal (SIF) no primeiro bimestre, houve um aumento de 25,9% na comparação com o início de 2023. As fêmeas tiveram um salto de 38,1%, enquanto os machos tiveram um acréscimo de 18,5% até fevereiro.

FAQs sobre o aumento nos abates de bovinos:

1. Por que houve um aumento significativo no número de abates de bovinos?

O aumento nos abates de bovinos está relacionado a diversos fatores, como a oferta de gado disponível para abate e a demanda do mercado interno e externo.

2. Como esse aumento nos abates impacta o mercado de carne bovina?

O aumento nos abates pode influenciar os preços da carne bovina, a disponibilidade de produtos no mercado e a competitividade do setor pecuário.

3. Qual a relação entre os abates de fêmeas e machos de bovinos no primeiro bimestre?

No primeiro bimestre, as fêmeas tiveram um aumento de 38,1% nos abates, enquanto os machos tiveram um acréscimo de 18,5%, indicando uma distribuição desigual nesse período.

4. Como a variação nos abates de bovinos pode impactar a indústria da carne?

A variação nos abates de bovinos pode afetar a produção de carne, a oferta de produtos no mercado e a competitividade das empresas do setor.

5. Qual a expectativa para o mercado de carne bovina diante desse aumento nos abates?

A expectativa para o mercado de carne bovina é influenciada pela evolução dos abates, pela demanda interna e externa e pela capacidade de absorção dos produtos pelos consumidores.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Destaque Mercado HN 1
Por Hyberville Neto – consultor e diretor da HN AGRO

Considerando dados preliminares de abates de bovinos sob inspeção federal (SIF) no primeiro bimestre, houve aumento de 25,9% na comparação com o início de 2023.

As fêmeas tiveram um salto de 38,1%, enquanto os machos tiveram acréscimo, também relevante, de 18,5%, considerando o acumulado até fevereiro.

Em relação aos preços, entre janeiro e a parcial de março, houve recuo de 4,2% para a carcaça no atacado e de 6,7% para o boi gordo em São Paulo, com referências do Cepea.

A relação entre a carcaça e o boi gordo passou de 104,1% para 106,9% no mesmo intervalo. Essa relação indica que a venda da carcaça equivale ao valor do boi gordo mais 6,9%. Isso não indica necessariamente lucro ou prejuízo, porque não considera outros itens de custo ou venda dos cortes, mas mostra que o “espaço” para o resultado da indústria melhorou, considerando a venda de carcaças no mercado interno.

Nesta análise, o foco não é a margem em si, mas o movimento de queda maior para o boi gordo, frente aos preços de venda no atacado e, destes, em relação ao varejo.

Usando as variações mensais do IPCA-15, divulgado nesta terça-feira (26/3) pelo IBGE, na média dos cortes de bovinos, houve valorização de 1,3% em janeiro, recuo de 1,1% em fevereiro e estabilidade em março.

O boi gordo cedeu mais que o atacado e a cotação no varejo praticamente se manteve. A associação desses dados aos abates maiores indica que a situação do mercado do boi gordo está mais relacionada à oferta de gado que à falta de demanda.

Obviamente, em um cenário econômico melhor, o potencial de absorção de preços maiores pelo consumidor seria superior, mas a demanda não é o ponto principal do mercado no momento.

Se estamos com a produção em alta e preços se mantendo no varejo, quer dizer que, em alguma medida, essa carne a mais está sendo escoada.

As exportações têm ajudado, com recordes de volume em dezembro (maior volume da história), janeiro e fevereiro (recordes para cada mês).

Mesmo com exportações em alta, quando consideramos a produção estimada, menos as vendas externas de carne in natura, para uma conta simplificada de disponibilidade interna (DI), tivemos aumento de 19,7% da DI em relação ao primeiro bimestre de 2023 e de 4,9% na comparação com o último bimestre de 2023 (que tipicamente é de consumo melhor).

Veja a evolução da disponibilidade interna de carne bovina, considerando produção, com dados preliminares estimados pela variação dos abates SIF, e exportações de carne in natura.

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Figura 1. Estimativas da disponibilidade interna de carne bovina, em mil toneladas equivalente carcaça (tec., eixo da direita) e variação em relação ao mesmo mês do ano anterior.  
Obs: para este cálculo foram utilizadas as principais variáveis (produção e exportações de carne in natura), não foram incluídas importações e carnes industrializadas ou salgadas. Fonte: MAPA / IBGE / Secex / HN AGRO

Considerações

Se temos um cenário de maior disponibilidade interna sendo escoada, ainda que com preços menores no atacado, é um indicativo de que o consumo, embora não esteja forte, tem feito sua parte, assim como as exportações têm ajudado em volume.

A grande questão fica a cargo da oferta, que começou o ano forte. Se houver uma trégua do lado da disponibilidade de gado para abate ao longo do ano, há espaço para preços mais interessantes e talvez o início de uma fase mais positiva para quem vende gado. Destaco que, no curto prazo, ainda temos a chegada da seca “para passar”.

 

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