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Mastite em Vacas 10 perguntas, 10 respostas

mastite é uma das doenças mais conhecidas e encontradas nas fazendas leiteiras do Brasil e do mundo. É caracterizada pela inflamação da glândula mamária da vaca, causando diversos prejuízos ao produtor e para a produção de leite. Confira 10 perguntas e 10 respostas para algumas dúvidas sobre essa doença.
 

Quem são os agentes causadores da mastite bovina?

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Os agentes causadores da mastite podem ser bactérias, fungos, algas e, dentro de cada grupo, uma outra infinidade de agentes já foram observados em exames de cultura microbiológica do leite.

Destrinchando a mastite, temos Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa (SCN), Mycoplasma spp., Corynebacterium bovis, Staphylococcus chromogenes, S. epidermides, S. haemolyticus, S. hyicus, S. simulans S. xylosus (Thorberg et al. 2009), se manifestando mais comumente na mastite contagiosa.

Na ambiental, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Proteus spp., Pseudomonas spp., Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae, leveduras, Serratia, algas e fungos.

Na ambiental, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Proteus spp., Pseudomonas spp., Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae, leveduras, Serratia, algas e fungos são apenas alguns dos microorganismos comuns encontrados.

A presença desses microorganismos pode representar riscos para a saúde humana e animal, bem como para o ambiente em geral. É crucial identificá-los e controlá-los de maneira eficaz para garantir a segurança e a qualidade de diversas áreas, como abastecimento de água, produção de alimentos e saneamento básico.

Nossa equipe altamente qualificada possui experiência no tratamento e monitoramento desses agentes microbiológicos. Utilizamos tecnologias avançadas e métodos comprovados para identificar e combater a presença desses microorganismos indesejados.

Conte conosco para fornecer soluções eficazes e personalizadas, garantindo um ambiente mais seguro e saudável para todos.

Quais são os tipos de mastite?

A mastite pode ser de dois tipos, sendo eles:

  • Mastite subclínica: não são observadas mudanças na aparência do leite, sendo testes adicionais, como CMT, necessários para detectar o problema;
     
  • Mastite clínica: a infecção do úbere torna-se evidenciada pelas mudanças físicas na aparência do leite e do úbere, e em casos mais graves, observam-se alterações sistêmicas.

Como classificar as mastites segundo a origem do agente etiológico e a forma de transmissão?

A mastite pode ser contagiosa ou ambiental.  

  • Mastite contagiosa: causada por microrganismos presentes na glândula mamária. A transmissão para outros animais se dá durante a ordenha, seja pelas mãos do ordenhador ou pelo equipamento utilizado;
     
  • Mastite ambiental: causada por patógenos oportunistas presentes no ambiente das fazendas. Estes adentram o canal do teto quando o esfíncter está ainda aberto — principalmente logo após as ordenhas. São representados principalmente por bactérias como Streptococcus uberis, Staphylococcus coagulase negativos, outras espécies do gênero Streptococcus e coliformes (principalmente Escherichia coli), além de fungos e algas.

Quais são os principais sintomas da mastite?

Os principais sintomas da mastite são:

  • Vermelhidão, inchaço e dor ao toque no úbere e tetos;
  • Aparecimento de grumos no leite (teste da caneca);
  • Diminuição de produção de leite;
  • Aumento da CCS do leite (teste de CCS individual);
  • Alterações no comportamento do animal;
  • Perda de apetite dos animais;
  • Febre;
  • Morte do animal em casos mais graves.
     

Quais são os prejuízos econômicos causados pela doença?

  • Redução na produção de leite;
  • Descarte do leite de vacas tratadas;
  • Depreciação da qualidade do produto;
  • Perda de bonificação com aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS);
  • Custos com medicamentos; 
  • Gastos com assistência técnica
  • Descarte de vacas;
  • Tempo extra perdido no manejo e na aplicação de medicamentos.
     

Como a mastite afeta os componentes do leite?

Como resultado da resposta inflamatória durante a mastite são observadas intensas mudanças nas concentrações tanto dos principais componentes (por ex.: proteína, gordura e lactose) quanto dos componentes encontrados em menores níveis no leite (por ex.: minerais e enzimas).

Estas mudanças na composição do leite ocorrem devido à redução na secreção de componentes do leite que são sintetizados na glândula mamária, como a proteína, gordura e lactose. Adicionalmente, durante a mastite ocorre aumento da permeabilidade vascular resultando em aumento do influxo de componentes do sangue para dentro do leite.
 

Quais são os 10 pontos para o controle efetivo da mastite?

  1. Definir metas para saúde da glândula mamária na propriedade;
  2. Proporcionar ambiente limpo e confortável para os animais;
  3. Manejo correto de ordenha: realizar teste da caneca de fundo preto, desinfecção dos tetos antes da ordenha (pré-dipping), secagem dos tetos com papel toalha descartável, colocação das unidades de ordenha evitando entrada excessiva de ar, desinfecção dos tetos após a ordenha (pós-dipping);
  4. Manutenção dos equipamentos de ordenha;
  5. Frequência na coleta de dados dos animais: como CCS individual, casos clínicos;
  6. Manejo dos casos clínicos;
  7. Terapia de vaca seca: ao final da lactação tratar todos os animais com antibioticoterapia para prevenir novos casos e eliminar casos subclínicos;
  8. Biosseguridade: cuidados ao inserir novos animais no rebanho;
  9. Monitoramento dos dados da fazenda;
  10. Revisão Periódica do Programa de Controle.
     

Como funciona o tratamento seletivo da mastite?

O tratamento pode ser de acordo com alguns fatores, sendo eles:

  • Gravidade do caso: recomendado tratar imediatamente somente casos graves;
  • Características do animal: avaliar o histórico de casos do animal e decidir a viabilidade do tratamento (alerta para animais com histórico de 3 casos de mastite por lactação ou CCS cronicamente acima de 700 mil cél./mL);
  • Causa da mastite: realizar a cultura microbiológica e, somente com o resultado, definir o protocolo de tratamento (anti-inflamatório + antibiótico).
     

Quais são as principais causas das falhas nos tratamentos de mastites?

  • Uso de antibióticos sem ação sobre a bactéria causadora da mastite;
  • Baixa penetração de antibióticos nas áreas inflamadas;
  • Inativação do antibiótico pelo leite e componentes do soro;
  • Localização intracelular dos microorganismos;
  • Desenvolvimento de formas resistentes durante o tratamento;
  • Intervalos e procedimentos impróprios de tratamento.
     

Quais são os parâmetros que definem uma fazenda exemplar no controle da mastite?

Parâmetros estabelecidos por Schukken e Kreme que definem uma fazenda como exemplar no controle de mastite são:

  • CCS do tanque inferior a 250.00 células/mL;
  • incidência da mastite clínica menor que 25 casos por ano para cada 100 vacas;
  • menos de 5% de descarte devido à mastite ou problemas de saúde do úbere;
  • porcentagem de vacas com CCS maior que 200.000 células/mL inferior a 20%.
     

Por ser a doença mais prevalente nos rebanhos leiteiros do Brasil e do mundo e trazer diversos prejuízos, todos as formas de prevenção e combate a essa doença devem fazer parte da rotina da fazenda, como a higiene de ordenha e limpeza dos locais onde os animais circulam e descansam, monitoramento constante do leite — por teste da caneca e CMT e/ou CCS individual das vacas, uso de um produto pós-dipping etc.

Por ser a doença mais prevalente nos rebanhos leiteiros do Brasil e do mundo e trazer diversos prejuízos, todos as formas de prevenção e combate a essa doença devem fazer parte da rotina da fazenda.

É fundamental garantir a higiene de ordenha e a limpeza dos locais onde os animais circulam e descansam. Além disso, é essencial realizar um monitoramento constante do leite, tanto por teste da caneca quanto pelo CMT e/ou CCS individual das vacas.

Para garantir a saúde e produtividade do rebanho, recomendamos o uso de um produto pós-dipping de qualidade, que ofereça proteção eficaz contra essa doença.

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