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Mastite: 5 dicas fundamentais para evitar danos

A mastite é uma inflamação das glândulas mamárias e, infelizmente, é uma doença muito comum nas fazendas leiteiras de todo o país.

Há estimativas de que cerca de 30% do rebanho leiteiro em nosso país sofre desta doença.

Por ser tão comum, essa doença pode afetar a produção de leite em até 50%, além de causar danos diretos à qualidade do leite produzido, o que causa enormes prejuízos ao produtor e também a toda a cadeia leiteira.

Outro fator que causa muita preocupação em relação à mastite é a facilidade de contágio entre os animais, pois pode ser transmitida de um animal para outro, por meio de utensílios contaminados ou até mesmo pelo meio ambiente.

A doença pode aparecer em duas formas. Olhar:

mastite clínica

Em que o animal pode apresentar sintomas inflamatórios no úbere e tetas, como vermelhidão, inchaço e dor ao contato, com alterações visuais no leite (grumos, sangue e pus).

Os animais também podem apresentar febre, perda de apetite e queda na produção de leite.

mastite subclínica

É o tipo mais perigoso, pois não apresenta sintomas visuais e não pode ser identificado “a olho nu” pelo produtor.

Dessa forma, pode causar perdas econômicas significativas, que muitas vezes não são identificadas a tempo pelo pecuarista.

Seu diagnóstico precisa ser feito através de um teste simples e fácil chamado de CMT (California Mastitis Test) ou “Teste de Raquete”.

A mastite está diretamente ligada à falta de cuidados na higiene e manejo dos animais.

Portanto, realizar o controle sanitário e manter a higiene correta nos locais por onde os animais circulam e são ordenhados – além de fornecer a nutrição correta ao rebanho – pode prevenir o contágio e a proliferação dessa doença.

A formação dos colaboradores e das pessoas que trabalham na propriedade, juntamente com a informação técnica, também é essencial no seu combate.

Assim como alguns cuidados simples você pode evitar a contaminação, separamos 5 dicas fundamentais para os produtores de leite aplicarem em sua propriedade e minimizar os riscos e danos causados ​​pela mastite:

1. Identificar vacas infectadas

Saber quais vacas têm mastite é o primeiro passo para controlar a infecção dentro do rebanho.

Alguns sintomas podem aparecer neste momento, como febre e vermelhidão nas tetas.

Portanto, é importante que o produtor fique atento às vacas que apresentam sinais clínicos ou comportamento incomum.

Caso um animal seja diagnosticado com a doença, seja ela clínica ou subclínica, é necessário ajustar o manejo da linha de ordenha.

a linha de a ordenha deve seguir sempre um protocolo de segurançaem que as primeiras vacas a serem ordenhadas são vacas primíparas que nunca apresentaram sintomas de mastite, seguidas de vacas multíparas que também não tinham histórico da doença.

Logo depois, seguem as vacas que já tiveram histórico de doença, mas estão saudáveis.

E, por fim, entram os animais que são diagnosticados com a doença.

Este arranjo é necessário para evitar a contaminação do equipamento de ordenha e do leite.

2. Conforto e bem-estar da vaca

Como você já viu aqui no Blog Premix, um ambiente limpo e confortável é essencial na produção animal de qualquer espécie.

Na pecuária leiteira não é diferente.

Manter a higiene do curral de espera e da sala de ordenha é essencial para o controle da prevenção de doenças.

A limpeza do piso e dos equipamentos deve ser feita sempre, antes e após a ordenha dos animais.

Fornecer às vacas uma cama sempre seca e livre de contaminação, bem como o conforto térmico adequado por meio de ventiladores e aspersores, são medidas importantes de bem-estar.

Eles certamente ajudam a prevenir doenças como a mastite, pois os animais passam longos períodos deitados enquanto ruminam e descansam.

3. Cuidados antes da ordenha

A pré-dipping é para o produtor de leite uma forma muito eficaz de auxiliar seu rebanho no combate a infecções externas, principalmente aquelas relacionadas a microrganismos ambientais que atingem os tetos dos animais.

Para uma boa prática de produção de leite, recomenda-se que as tetas estejam sempre limpas e secas antes da ordenha.

É importante lavar os tetos (e somente eles) com água corrente, além de utilizar um desinfetante germicida antes da ordenha, mergulhando cada teto neste produto.

veja o exemplo:

solução de iodo (0,5 a 1%) ou o hipoclorito de sódio (1 a 2%). Após a aplicação, as tetinas devem ser secas com papel toalha descartável (uma folha por tetina).

Ainda na pré-ordenha, dois testes simples podem ajudar o produtor para identificar a presença de mastite no rebanho.

São eles: o teste da caneca de fundo preto e o CMT (California Mastitis Test) ou teste da raquete.

O teste da caneca de fundo preto deve ser feito diariamente e, como o próprio nome indica, consiste em direcionar alguns jatos para um recipiente de fundo escuro, facilitando a identificação de qualquer anormalidade de cor, presença de sangue, caroços e/ou pus no leite .

O CMT deve ser feito sempre após o teste da caneca e consiste em colocar uma amostra de leite de cada bico em uma cavidade da raquete, onde será misturada com um reagente.

Se não houver formação de gel, o resultado é negativo, caso contrário, ou seja, o resultado é dado em uma escala, que varia desde uma leve formação de gel até uma reação fortemente positiva.

4. Cuidados pós-ordenha

Após a ordenha, o pós-dipping deve ser realizado nos animais.

É comum o uso de soluções de iodo novamente, mas diferentemente da pré-imersão, na pós-imersão essa solução na qual o teto será emergido não será limpa.

Para que o iodo forme uma barreira protetora contra microorganismos, enquanto o esfíncter (primeira proteção física da glândula mamária do animal) do teto se fecha.

Dessa forma, as soluções de glicerina iodo são a melhor opção, pois além da barreira protetora, a glicerina evita que o teto resseque pelo iodo, o que pode causar rachaduras e lesões na área.

mantenha o animais em pé é essencial durante a primeira hora pós-ordenhapois o esfíncter do teto ainda está aberto, tornando-se uma porta para bactérias causadoras de mastite.

A estratégia de servir alimentos frescos no cocho após a ordenha é excelente para manter esses animais em pé, longe da contaminação do solo.

Destacamos também aqui a limpeza dos equipamentos.

Os equipamentos devem ser devidamente higienizadosseguindo as instruções do técnico responsável pela ordenha, utilizando detergente alcalino e básico.

Quando necessário, sempre prezando pela eficiência na descontaminação de mangueiras, tubulações e equipamentos em geral.

OLHAR como manter bebedouros e bebedouros na pecuária

5. Nutrição adequada

A correto suplementação oferecida aos animais desempenha um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico de vacas, ou seja: animais bem nutridos são mais resistentes e fortes!

Manter seu rebanho saudável, além de ajudar diretamente na produção de leite, também deixa os animais mais preparados para combater possíveis infecções.

🎬 VER: Por que a nutrição para vacas prenhes faz toda a diferença?

Como exige muitos cuidados, qualquer tipo de mudança na rotina das vacas certamente afetará a produção e a qualidade do leite.

Portanto, estar atento à questão da suplementação também é uma forma de garantir que as vacas produzirão mais leite.

Da mesma forma, vacas mais saudáveis ​​e bem nutridas também são menos suscetíveis a doenças.

Você gostou desta dica?

Quer saber mais como aumentar sua produção de leite ou vê outras práticas que ajudam na saúde animal?

Resumidamente? Continue aqui no blog da Premix e compartilhe com o pessoal da fazenda!

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