Foto: Divulgação/Mapa

Principal empresa chinesa de investimentos no agronegócio brasileiro, a Cofco tem interesse em ampliar os negócios em economia verde, de baixo carbono, no Brasil. A intenção do grupo foi manifestada, nesta sexta-feira, durante reunião com a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em sua sede, em Pequim.

Durante o encontro, o ministro Carlos Fávaro falou das potencialidades brasileiras para ampliação da parceria comercial. “Há um marco sendo estabelecido na nossa missão na China. Além das relações comerciais, a retomada das relações fraternais amplia nossa parceria para compra e venda de produtos”, destacou o ministro.

As operações da Cofco no Brasil representaram exportações de 33 milhões de toneladas de produtos, num total de U$ 5,4 milhões de investimentos. Ela ocupa a quinta posição nos embarques de milho, sexta nas de soja e sétima nas de açúcar. O grupo tem 7,2 mil funcionários no Brasil, 60% da sua força de trabalho fora da China.

Além disso, a Cofco está investindo cerca de U$ 300 milhões na reforma e ampliação do terminal arrematado em leilão do Porto de Santos, o que aumentará a capacidade de transporte de grãos.

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Relação Brasil-China

“Como todos já sabem, nosso presidente Xi Jinping valoriza muito a relação Brasil – China e também nossas operações em território brasileiro”, disse o chairman da Cofco, Lyu Jun.

O embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão pontuou que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, precedida pelo ministro Fávaro, é um marco no retomada das relações entre os dois países:

“O Brasil respondeu, no ano passado, por 22% de tudo que a China comprou no mundo. Este é um grande símbolo da confiança e de como se dá a nossa parceria.”

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Ele ressaltou também que a empresa pretende atingir, no agronegócio mundial, a mesma representatividade que a Seleção Brasileira tem no futebol.

Para tanto, as parcerias com o Brasil são fundamentais. Além da comercialização de grãos, a Cofco investe em infraestrutura logística no Brasil.

“Ficamos satisfeitos e com esperança no futuro. O cenário, como o ministro e o embaixador falaram, é muito importante para a Cofco, mas também para os brasileiros e os chineses. Nos 15 anos futuros, com o aumento da qualidade de vida do povo chinês, nossa cooperação vai se fortalecer mais. Não somente a Cofco, mas também a China precisa de mais parceria com o Brasil”, afirmou Jun.

Programa ABC

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Com o foco no novo programa ABC do Plano Safra 23/24, que terá linhas de crédito diferenciadas e com juros mais atrativos para produtores que investirem em práticas socioambientais, o Brasil poderá contar com mais investimentos do grupo chinês, inclusive para uma parceria privada, sob coordenação do Mapa, para a recuperação de pastagens degradadas.

Diante da proposta apresentada, a Cofco organizará uma missão para visitar o Brasil em breve e seguir nas negociações.

Também participaram da reunião com a diretoria executiva da Cofco os secretários de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa; e de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o assessor especial Carlos Ernesto Augustin; o chefe de gabinete, Wilson Taques; o secretário adjunto de Relações Internacionais, Fernando Zelner; o adido agrícola da Embaixada do Brasil, Fábio Araújo, a diplomata da seção de agricultura Ana Prates e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar.

Da redação, com Mapa

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