La Niña pode trazer seca extrema!

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Projeção de La Niña ainda este ano deixa a agropecuária em alerta no Sul do Brasil. Fenômemo pode gerar seca extrema!
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A previsão de La Niña gera alerta na região Sul do Brasil

A possibilidade de o fenômeno La Niña se instalar no segundo semestre de 2024 tem preocupado a agropecuária do Sul do Brasil. O prognóstico, que aponta uma chance de 58% para a ocorrência do La Niña entre os meses de julho, agosto e setembro, coloca em alerta os produtores rurais da região. As projeções climáticas indicam uma tendência de seca e frio intenso com esse fenômeno, o que pode afetar a produção de agricultura e pecuária.

Chances de instalação

Com as mudanças no padrão climático previsto para a região do Sul do Brasil, há um cenário projetado para o futuro do agronegócio e da agropecuária. A transição para um novo La Niña no final do ano pode resultar em um longo período de estiagem, afetando tanto a produção agrícola quanto a pecuária. A incerteza em relação ao retorno do La Niña preocupa os produtores rurais e analistas do setor.

A influência do La Niña

O retorno do fenômeno La Niña despertou preocupação de especialistas, que ressaltam os possíveis impactos negativos para a produção agropecuária, tanto no Sul do Brasil como na Argentina. Os efeitos desse fenômeno climático podem resultar em quebras de safra e prejuízos para o setor agrícola e pecuário da região.

Projeção do retorno

A projeção do novo relatório do NOAA mostra uma tendência oficial mais expressiva de instalação do fenômeno La Niña. Com isso, há uma expectativa de retorno desse fenômeno climático que tem potencial para afetar significativamente a agropecuária da região Sul do Brasil.

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Nova projeção de retorno do La Niña

Este cenário de retorno do La Niña durante o segundo semestre de 2024 despertou o interesse do analista de mercado da Scot Consultoria, Pedro Gonçalves, que ressalta a preocupação para o final do ano não só na região Sul do Brasil como também na Argentina. Inclusive, o mais recente La Niña ocorrido nos anos de 2020 a 2023, resultou em quebras de safra e prejuízos na agropecuária por conta da falta de disponibilidade hídrica.

Projeção do NOAA aposta em neutralidade no outono e retorno do La Niña até o final de 2024. Fonte: NOAA

Segundo as projeções do NOAA, é possível que as águas superficiais do Pacífico Equatorial entrem em período de transição na temperatura, saindo do El Niño para a neutralidade entre os meses de março, abril e maio, com chances de 47% disso acontecer. A tendência é de que a neutralidade se instale com 73% de chance no trimestre abril, maio e junho, ou seja, final do outono e começo do inverno de 2024. A partir disso, a chance de instalação de um novo La Niña ainda este ano aumenta de forma gradual.

O que chama a atenção é que o La Niña deve retornar mais no final do ano, um período que vai marcar o início da safra 2024/25, o que acende o alerta de novo para possíveis quebras e diminuição de produtividade. Outro ponto é a agropecuária que pode ser fortemente influenciada pelas águas mais frias do Oceano Pacífico.

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O clima afeta diretamente a dinâmica da agropecuária, que segundo Gonçalves, os pecuaristas precisarão acompanhar as alterações geradas na distribuição de chuva e comportamento das temperaturas por causa da condição das pastagens e do preço do milho para silagem.

O El Niño já chegou no ano passado sem muitas condições de ser duradouro, até variou bastante nas projeções semanais, em que muitas apostavam para um super aquecimento, outras já mostravam variações climáticas ao redor de todo o globo, como por exemplo, o super aquecimento de outros oceanos ao mesmo tempo. Tudo isso gerou muitas incertezas e irregularidades na modelagem climática.

Aliás, em dezembro de 2023, a Confederação da Agricultura e Pecuária chegou a comentar sobre a projeção de um La Niña para o final de 2024, em que na ocasião, Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA, comentou que as mudanças climáticas e aquecimento global não estavam mais permitindo períodos de neutralidade. Um exemplo disso é essa transição rápida entre um período de resfriamento entre 2020 e 2023, logo em seguida em El Niño com seu aquecimento,e agora a projeção de retorno rápido para a fase fria do ENOS.

Como o Sul pode ser afetado?

Ainda é cedo e incerto dizer como de fato a região Sul do Brasil será afetada por um possível novo La Niña em 2024, afinal, cada fenômeno chega com intensidades diferentes, em épocas diferentes, e tudo isso tem reflexos no resultado. É fato que alterações climáticas em escala global podem afetar a distribuição das chuvas e o comportamento das temperaturas, mas como isso vai gerar impactos é algo bastante complexo.

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gado
Alimentação do gado fica comprometida com seca extrema gerada pelo La Niña, e isso aumenta os custos de produção do pecuarista que vê queda de quantidade e qualidade do leite e da carne.

Existe um “cenário padrão” em anos de La Niña, em que a chuva se torna mais escassa sobre a região Sul e o frio se torna mais presente. Quando o fenômeno atua durante os meses mais frios do ano, massas de ar polar chegam com mais facilidade e mais durabilidade, o que aumentam os riscos para fortes e abrangentes geadas.

Fenômenos como geada são capazes de queimar pastos por completo, o que compromete a alimentação natural do gado, seja de corte ou leiteiro, e isso obrigada o pecuarista a entrar com maior peso na alimentação com milho, porém, se as lavouras de milho também foram comprometidas pela falta de chuva gerada pelo La Niña, a quantidade e qualidade de alimento para o gado é reduzida.

Más condições das pastagens devido às secas podem gerar prejuízos no rebanho de corte por conta de perda de peso, reflexo da má alimentação animal. O rebanho leiteiro também sofre queda de produção.

Em 2020, quando o La Niña gerou uma seca intensa e prolongada no Rio Grande do Sul, houve queda de 55% na produção de leite em Bagé. A qualidade do leite fica comprometida e para tentar amenizar a situação, os pecuaristas investiram em grande quantidade de suplementação alimentar, mas isso acarretou na elevação dos custos de criação. Tudo isso, pode se repetir no final de 2024 se as projeções assim se mantiverem.

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Referência da notícia:
Exame – Projeção de La Niña para segundo semestre acende alerta à agropecuária do Sul

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Problemas Futuros no Agronegócio devido ao La Niña

Existe um “cenário padrão” em anos de La Niña, em que a chuva se torna mais escassa sobre a região Sul e o frio se torna mais presente. Quando o fenômeno atua durante os meses mais frios do ano, massas de ar polar chegam com mais facilidade e mais durabilidade, o que aumentam os riscos para fortes e abrangentes geadas.

Fenômenos como geada são capazes de queimar pastos por completo, o que compromete a alimentação natural do gado, seja de corte ou leiteiro, e isso obrigada o pecuarista a entrar com maior peso na alimentação com milho, porém, se as lavouras de milho também foram comprometidas pela falta de chuva gerada pelo La Niña, a quantidade e qualidade de alimento para o gado é reduzida.

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Más condições das pastagens devido às secas podem gerar prejuízos no rebanho de corte por conta de perda de peso, reflexo da má alimentação animal. O rebanho leiteiro também sofre queda de produção.

Em 2020, quando o La Niña gerou uma seca intensa e prolongada no Rio Grande do Sul, houve queda de 55% na produção de leite em Bagé. A qualidade do leite fica comprometida e para tentar amenizar a situação, os pecuaristas investiram em grande quantidade de suplementação alimentar, mas isso acarretou na elevação dos custos de criação. Tudo isso, pode se repetir no final de 2024 se as projeções assim se mantiverem.

Referência da notícia:
Exame – Projeção de La Niña para segundo semestre acende alerta à agropecuária do Sul

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Projeção do La Niña para o Segundo Semestre acende Alerta à Agropecuária do Sul


Você conhece o fenômeno La Niña? Talvez já tenha ouvido falar, mas muitas pessoas desconhecem os impactos que esse evento climático pode causar, especialmente à agropecuária do Sul do Brasil. Neste artigo, vamos explorar o que é o La Niña, como sua projeção para o segundo semestre de 2024 está gerando alerta na região sulista do país e quais são as implicações esperadas para o setor agropecuário. Fique conosco para compreender melhor esse fenômeno e sua influência na produção agrícola e pecuária.

FAQs

1. O que é o La Niña?

O La Niña é um fenômeno climático que acontece no Oceano Pacífico, caracterizado por temperaturas mais frias do que a média nas águas desse oceano. Isso acaba provocando alterações na circulação atmosférica global, impactando o clima em diferentes regiões do planeta.

2. Quais são os efeitos do La Niña na região Sul do Brasil?

Para a região sulista do país, a projeção do La Niña gera alerta devido ao risco de seca e frio intenso. Isso pode impactar a agricultura e a pecuária, contribuindo para um possível período de estiagem e redução na disponibilidade de recursos hídricos.

3. Como o retorno do La Niña pode afetar a safra e a agropecuária?

Com a projeção do retorno do La Niña para o segundo semestre de 2024, especialistas alertam para possíveis quebras de safra e prejuízos na agropecuária devido à falta de disponibilidade hídrica. A diminuição da produtividade e a escassez de alimento para o gado são preocupações destacadas.

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4. Qual é a previsão para o retorno do La Niña?

As projeções indicam uma tendência oficial de instalação do La Niña, com uma chance de 58% no trimestre de julho a setembro de 2024. A influência desse fenômeno é esperada para afetar a dinâmica da agropecuária e da produção agrícola.

5. Quais são os impactos do La Niña na produção leiteira e na pecuária de corte?

Em situações anteriores de La Niña, a produção leiteira e a pecuária de corte foram afetadas por quedas significativas na produção e na qualidade dos alimentos do gado, devido à seca e ao frio intenso. Isso resultou em prejuízos para os pecuaristas e impactou os custos de produção.

Esperamos que essas FAQs tenham esclarecido suas principais dúvidas sobre o La Niña e sua relação com a agropecuária do Sul do Brasil. Se quiser saber mais sobre esse assunto, continue lendo nosso artigo para obter maiores informações.

Seção: Nova Projeção do Retorno do La Niña para o Segundo Semestre de 2024

Nesta seção, analisaremos em detalhes as projeções do NOAA, as implicações do retorno do La Niña para o setor agropecuário e as recomendações para os pecuaristas e agricultores da região Sul do Brasil. Entendendo as perspectivas e os desafios que esse fenômeno climático pode trazer, é essencial para se preparar e tomar as medidas necessárias para lidar com os possíveis impactos. Acompanhe os próximos tópicos para se aprofundar nessa temática.

Ao final do artigo, os leitores serão direcionados a entender melhor o contexto e suas implicações. Otimizando a busca por informações relevantes e aprimorando a experiência do usuário.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

la nina
Chances de instalação do La Niña sobem para 58% no trimestre julho, agosto, setembro de 2024. Resfriamento do Pacífico pode gerar seca no Sul no final do ano. Fonte: NOAA
Amanda Souza

Amanda Souza 9 min

Que o fenômeno El Niño gerou fortes impactos negativos no agronegócio da região Sul do Brasil não é nenhuma novidade. O excesso de chuva provocou inundações que alastraram lavouras por inteiro, gerou atrasos no plantio da safra verão 22/23 e também a morte de muitas culturas. O aumento expressivo das chuvas, apesar dos fortes e intensos estragos e prejuízos, foi favorável para elevar o nível dos rios e reservatórios, e também para a manutenção hídrica nas áreas de pastagens.

O El Niño segue instalado no Pacífico Equatorial mostrando anomalias de TSM acima de 0,5°C, porém, o fenômeno já apresenta sinais de enfraquecimento com relação aos meses anteriores. Na porção leste (Niño 1+2) a temperatura atual é de +0,8°C, enquanto que na porção central (Niño 3.4) a temperatura está em +1,7°C. Com relação ao trimestre mais quente de atuação do El Niño, o fenômeno chegou a uma anomalia de TSM de 1,9°C entre outubro, novembro e dezembro.

Projeção do novo relatório do NOAA mostra tendência oficial mais expressiva de instalação do fenômeno La Niña no segundo semestre de 2024. Chance subiu para 58% no trimestre julho-agosto- setembro.

Com a projeção de mudanças no padrão climático relacionando as condições oceano-atmosfera, existem também cenários projetados com relação ao futuro do agronegócio e da agropecuária no Sul do Brasil. Ao contrário do que o El Niño gera na região, um La Niña aumenta o risco de seca e frio intenso. Porém, como a transição deve ocorrer já no final do inverno, pecuaristas devem se preocupar mais com um frio tardio e um longo período de estiagem, em que a chuva da primavera de 2024 pode falhar.

Nova projeção de retorno do La Niña

Este cenário de retorno do La Niña durante o segundo semestre de 2024 despertou o interesse do analista de mercado da Scot Consultoria, Pedro Gonçalves, que ressalta a preocupação para o final do ano não só na região Sul do Brasil como também na Argentina. Inclusive, o mais recente La Niña ocorrido nos anos de 2020 a 2023, resultou em quebras de safra e prejuízos na agropecuária por conta da falta de disponibilidade hídrica.

la nina
Projeção do NOAA aposta em neutralidade no outono e retorno do La Niña até o final de 2024. Fonte: NOAA

Segundo as projeções do NOAA, é possível que as águas superficiais do Pacífico Equatorial entrem em período de transição na temperatura, saindo do El Niño para a neutralidade entre os meses de março, abril e maio, com chances de 47% disso acontecer. A tendência é de que a neutralidade se instale com 73% de chance no trimestre abril, maio e junho, ou seja, final do outono e começo do inverno de 2024. A partir disso, a chance de instalação de um novo La Niña ainda este ano aumenta de forma gradual.

O que chama a atenção é que o La Niña deve retornar mais no final do ano, um período que vai marcar o início da safra 2024/25, o que acende o alerta de novo para possíveis quebras e diminuição de produtividade. Outro ponto é a agropecuária que pode ser fortemente influenciada pelas águas mais frias do Oceano Pacífico.

O clima afeta diretamente a dinâmica da agropecuária, que segundo Gonçalves, os pecuaristas precisarão acompanhar as alterações geradas na distribuição de chuva e comportamento das temperaturas por causa da condição das pastagens e do preço do milho para silagem.

O El Niño já chegou no ano passado sem muitas condições de ser duradouro, até variou bastante nas projeções semanais, em que muitas apostavam para um super aquecimento, outras já mostravam variações climáticas ao redor de todo o globo, como por exemplo, o super aquecimento de outros oceanos ao mesmo tempo. Tudo isso gerou muitas incertezas e irregularidades na modelagem climática.

Aliás, em dezembro de 2023, a Confederação da Agricultura e Pecuária chegou a comentar sobre a projeção de um La Niña para o final de 2024, em que na ocasião, Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA, comentou que as mudanças climáticas e aquecimento global não estavam mais permitindo períodos de neutralidade. Um exemplo disso é essa transição rápida entre um período de resfriamento entre 2020 e 2023, logo em seguida em El Niño com seu aquecimento,e agora a projeção de retorno rápido para a fase fria do ENOS.

Como o Sul pode ser afetado?

Ainda é cedo e incerto dizer como de fato a região Sul do Brasil será afetada por um possível novo La Niña em 2024, afinal, cada fenômeno chega com intensidades diferentes, em épocas diferentes, e tudo isso tem reflexos no resultado. É fato que alterações climáticas em escala global podem afetar a distribuição das chuvas e o comportamento das temperaturas, mas como isso vai gerar impactos é algo bastante complexo.

gado
Alimentação do gado fica comprometida com seca extrema gerada pelo La Niña, e isso aumenta os custos de produção do pecuarista que vê queda de quantidade e qualidade do leite e da carne.

Existe um “cenário padrão” em anos de La Niña, em que a chuva se torna mais escassa sobre a região Sul e o frio se torna mais presente. Quando o fenômeno atua durante os meses mais frios do ano, massas de ar polar chegam com mais facilidade e mais durabilidade, o que aumentam os riscos para fortes e abrangentes geadas.

Fenômenos como geada são capazes de queimar pastos por completo, o que compromete a alimentação natural do gado, seja de corte ou leiteiro, e isso obrigada o pecuarista a entrar com maior peso na alimentação com milho, porém, se as lavouras de milho também foram comprometidas pela falta de chuva gerada pelo La Niña, a quantidade e qualidade de alimento para o gado é reduzida.

Más condições das pastagens devido às secas podem gerar prejuízos no rebanho de corte por conta de perda de peso, reflexo da má alimentação animal. O rebanho leiteiro também sofre queda de produção.

Em 2020, quando o La Niña gerou uma seca intensa e prolongada no Rio Grande do Sul, houve queda de 55% na produção de leite em Bagé. A qualidade do leite fica comprometida e para tentar amenizar a situação, os pecuaristas investiram em grande quantidade de suplementação alimentar, mas isso acarretou na elevação dos custos de criação. Tudo isso, pode se repetir no final de 2024 se as projeções assim se mantiverem.

Referência da notícia:
Exame – Projeção de La Niña para segundo semestre acende alerta à agropecuária do Sul

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