
Antonio Alvarenga, presidente da SNA e Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente. A imagem do agro brasileiro no mundo está sendo fortalecida com a criação do mercado nacional regular de créditos de carbono.
Nesse sentido, o setor está deixando de ser alvo de críticas que o classificam como “vilão” do meio ambiente, para assumir o status de país redutor das emissões de CO2, com potencial para absorver o carbono da atmosfera e transformá-lo em ativo ambiental. A afirmação é do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!“O Brasil é o único país no mundo que tem o agro no mercado de carbono”, disse ele, ao participar de almoço oferecido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Segundo o ministro, a utilização do carbono no processo de reestruturação dos solos, com fixação de matéria orgânica, além de melhorar a produtividade no campo, está fazendo com que a agricultura convencional brasileira seja a mais regenerativa do mundo, e com a garantia de preservação ambiental.
“A agricultura pode ser responsável por absorver cerca de 40% dos gases do efeito estufa na atmosfera, aumentando a produtividade. Outros países, ao perceberem esse processo, começam a se interessar pela compra de créditos de carbono”, afirmou Joaquim, lembrando que em um futuro próximo até mesmo os veículos poderão absorver carbono. “Hoje já existe tecnologia que transforma em hidrogênio o etanol que abastece os veículos. Esse hidrogênio, por sua vez, vai gerar energia que, ao entrar em contato com o oxigênio, transmite eletricidade para os motores”.
Economia verde
Durante o encontro na SNA, o ministro destacou sua preocupação em mostrar “o Brasil das energias verdes” na COP 27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro, no Egito). Ele ressaltou que o governo decidiu mudar a forma de trabalhar a questão ambiental, saindo de um modelo baseado em “multar e achar culpados”, para uma atuação efetiva junto ao setor privado, a fim de criar uma nova economia verde onde a agricultura está inserida.
Nesse contexto, lembrou dos recentes avanços nos setores de energia eólica, solar e da biomassa. “Podemos ser o país exportador de energia verde, e o crédito de carbono pode complementar esse processo, trazendo a viabilidade econômica imediata”, disse.
Desafio
O presidente da SNA, Antonio Alvarenga, comentou sobre a iniciativa do governo do Rio de Janeiro em implementar uma plataforma para a negociação de ativos de carbono, “que poderá trazer muitos recursos para o Brasil”, e falou sobre a necessidade de se combater as fake news ambientais. “Nosso desafio é mostrar isso ao mundo, que a agricultura preserva o meio ambiente. Há muitas pessoas que gostam de detratar o Brasil no exterior. Temos um futuro muito promissor do agro casado com o meio ambiente”, disse.
Joaquim, por sua vez, ressaltou a proximidade da Sociedade Nacional de Agricultura com as pautas ambientais e propôs a inclusão de startups verdes no âmbito do novo Hub de agtechs e edutechs que a SNA lançará no próximo dia 10 de novembro. “Tudo que se faz na agricultura, se for bem mensurado, poderá gerar ativo ambiental. Hoje não se produz nada no País se alguém não estiver cuidando da floresta, e isso é algo único no mundo. Temos de fazer desse aspecto um diferencial. Com isso, vamos virar o jogo”.
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