O índice de preços CEAGESP encerrou agosto com alta de 1,28%, encerrando uma sequência de quatro quedas consecutivas. Mesmo com esse resultado, o índice acumula queda de 13,08%, considerando os meses de abril a agosto deste ano. Nesse mesmo período, o setor de Hortaliças acumula queda de preços de 38,49% e 6,91% em 12 meses.
Setorização
O setor de FRUTAS apresentou aumento de preços de 5,16%. Dos 38 itens listados nesta cesta de produtos, 63,16% apresentaram variação positiva de preços. Os principais aumentos ocorreram nos preços de LIMÃO TAITI (+78,73%), CHEIO DE MARACUJÁ (+25,68%), GOIABA BRANCO (+19,74%), ABACATE FORTUNA (+18,26%) e GOIABA VERMELHO (+16,62%). As principais reduções ocorreram nos preços de MELANCIA (-27,97%), MORANGO COMUM (-27,00%), MAMÃO HAVAÍ (-25,72%), TOMMY ATKINS MANGA (-19,25%) e MAMÃO FORMOSA (–16,23%).
DESTAQUES: A alta do setor de FRUTAS acabou sendo fortemente impulsionada pelo aumento do preço do TAITI LEMON, devido ao início do período de entressafra do produto, que se refletiu em uma forte valorização no mercado atacadista. Entre os dias 3 e 19 de agosto, o preço do limão Tahiti subiu em média 60,48%.
O setor de VEGETAIS apresentou queda de preços de 3,95%. Dos 33 itens listados nesta cesta de produtos, 57,56% apresentaram variação negativa de preços. As principais reduções ocorreram nos preços do MACARRÃO CURTO (-27,50%), JILÓ (-24,03%), PEPINO COMUM (-20,50%), BERINGELA JAPONESA (-19,84%) e abobrinha (-14,51%). Os principais aumentos ocorreram nos preços de PIMENTÃO AMARELO (+48,96%), Quiabo LISO (+46,54%), PIMENTÃO VERMELHO (+38,65%), BATATA-DOCE ROSA (+28,44%) e CAQUI DE TOMATE (+14,70%).
DESTAQUES: Os principais produtos responsáveis pela queda do setor de LEGUMES em agosto foram VAGEM e JILÓ. Estes dois produtos apresentaram um bom volume de fornecimento no Armazém. Na comparação com o mês anterior, a vagem apresentou um aumento de 23,32% na oferta, enquanto a gema teve um aumento na oferta de 42,58%. O principal motivo desse cenário de aumento no volume de oferta foi principalmente a estabilização do clima, que trouxe boas condições para plantio, colheita e maturação dos produtos.
O setor de VEGETAIS apresentou queda de preços de 10,57%. Dos 38 itens listados nessa cesta de produtos, 76,32% apresentaram variação negativa de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de COENTRO (-28,84%), ALMEIRÃO (-28,06%), ESPINAFRE (-27,75%), ESCAROLA (-27,58%) e COUVE MANTEIGA (-25,55%). Os principais aumentos ocorreram nos preços do MILHO VERDE (+18,68%), BRÓCOLIS COMUM (+11,92%), LEEK (+6,17%), SALSÃO BRANCO/VERDE (+4,97%) e AGRIÃO (+4,44%).
DESTAQUES: Embora o setor de VEGETAIS tenha apresentado forte queda, o que chamou a atenção no período foi a alta média do preço do MILHO VERDE. O produto apresentava problemas de produção em regiões próximas à capital e isso fez com que sua origem se deslocasse para regiões mais distantes, como o estado do Espírito Santo. Com isso, o custo do transporte acabou refletindo no aumento dos preços.
O setor DIVERSOS apresentou estabilidade de preços. Os principais aumentos ocorreram nos preços da CEBOLA NACIONAL (+12,36%), OVOS BRANCOS (+7,95%) e OVOS VERMELHOS (+4,20%). As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (-20,59%), ALHO NACIONAL (-5,53%), ALHO IMPORTADO (-5,07%), COCO SECO (-2,38%) e AMENDOIM COM CASCA (-1,99%).
DESTAQUES: A cebola permaneceu estável (+0,38%) em agosto. No entanto, a demanda externa da Argentina pelo produto fez com que os preços internos subissem. No caso dos ovos, os custos de produção do milho e da soja pressionaram os preços no mês de agosto. Por outro lado, a boa oferta de batatas lavadas serviu para equilibrar o índice de preços do setor.
O setor de PEIXE apresentou queda de preços de 3,42%. Dos 28 itens listados nessa cesta de produtos, 60,71% tiveram variação negativa de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de CORVINA (-32,04%), PESCADA TORTINHA (-26,32%), CAÇÃO CONGELADA (-25,63%), LULA CONGELADA (-22,26%), PESCADA GOETE (-8,60%). Os principais aumentos ocorreram nos preços das SARDINHAS FRESCAS (+16,33%), CASCOTE (+16,13%), ATUM (+13,75%), NAMORADOS (+12,02%) e SEA BASE (+4,44%).
DESTAQUES: O setor de PEIXES segue com estabilidade na oferta e demanda de produtos.
Tendência do índice CEAGESP para o próximo mês
Se as previsões de tempo mais seco nas principais regiões produtoras se confirmarem em setembro (interior de São Paulo, região do Triângulo Mineiro e noroeste de Minas), a oferta de produtos mais sensíveis a essa condição climática poderá ser afetada. Algumas frutas da estação (periodicidade sazonal), que são mais precoces (pêssego, nectarina, etc.), começarão a entrar no armazém da capital, o aumento da demanda e concorrência de produtos importados faz com que esses itens, na safra inicial, obtenham preços mais elevados, o que pode contribuir para o aumento do índice no setor de Frutas. Nos demais setores, principalmente em Hortaliças e Hortaliças, a previsão é de estabilidade.
