Indicador do milho segue em queda, aponta Cepea • Portal DBO

Indicador do milho segue em queda, aponta Cepea • Portal DBO

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A cotação do milho fechou março em baixa. Segundo informações do Cepea, enquanto os produtores precisam escoar a produção da safra de verão, compradores nacionais e estrangeiros limitam as compras. Os vendedores são mais flexíveis em preços e dispostos a fazer entregas imediatas.

Do lado da demanda, agentes ouvidos pelo Cepea indicam que têm estoques para o curto prazo, enquanto outros aproveitam as atuais oportunidades de maior oferta para adquirir o cereal a preços mais baixos.

Exportar – As compras à vista estão em um ritmo muito lento, mas os embarques ainda são intensos. Até a terceira semana de março (18 dias úteis), o Brasil exportou 1,13 milhão de toneladas de milho, volume 99% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo a Secex, e superior às 900 mil toneladas estimadas pela Anec (Agência Nacional de Associação dos Exportadores de Grãos) para este mês.

Soja – O mercado mundial de soja está atento à colheita na América do Sul e às primeiras estimativas de intenções de plantio nos Estados Unidos.

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Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto a safra brasileira segue em bom ritmo e caminha para uma produção recorde, na Argentina, o início da safra fez com que as estimativas voltassem a ser reajustadas para baixo.

Esse contexto na Argentina acabou elevando os preços do complexo soja nos Estados Unidos e limitando a queda do Brasil nos últimos dias.

Segundo a Bolsa de Grãos de Buenos Aires, a produção de soja na Argentina está estimada em 25 milhões de toneladas, 44,4% abaixo da média das últimas cinco safras.

Pesquisadores do Cepea apontam que, com isso, deve aumentar a necessidade da própria Argentina importar o grão para processamento interno, ao mesmo tempo em que os demandantes externos de farelo e óleo tendem a se dirigir ao Brasil e aos Estados Unidos.

Para o Brasil, este é um ambiente favorável em um ano possivelmente recorde de oferta, enquanto variações positivas de preços podem atrair mais produtores para plantar soja nos Estados Unidos na safra 2023/24.

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