O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, cancelou a palestra que faria para empresários nesta sexta-feira, 21, na Conferência Lide Brasil, em Londres, e voltou ao Brasil em meio à crise provocada pelas invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). ) ) desde o último domingo, dia 16, na retomada do chamado “abril vermelho”.
Como parte da ofensiva no campo, o movimento voltou a invadir fazendas produtivas em Suzano, ocupou a sede do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) e invadiu a área de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Pernambuco. Até o momento, os imóveis continuam ocupados, mesmo depois que o governo Lula cedeu cargos no Incra e renovou o recurso em defesa da reintegração de posse. Mesmo assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em sua agenda oficial uma reunião marcada para o final da tarde desta quinta-feira (20) com o comando nacional do MST em São Paulo.
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Na noite desta quarta-feira, 19, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, voltou a pedir ao movimento que desocupasse as áreas de pesquisa da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), invadida desde domingo, 16, e de Suzano, em Aracruz (ES), tirada na segunda-feira, dia 17. O movimento se comprometeu a deixar os imóveis, mas ainda não concluiu o despejo.
Na manhã desta quinta-feira, pelo menos seis áreas invadidas pelo MST no “Abril Vermelho” ainda estavam ocupadas, incluindo as terras citadas por Teixeira, segundo o próprio movimento.
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Embora Teixeira tenha evitado usar termos mais duros desde o início da crise, na segunda-feira o ministro da Agricultura classificou a ação do MST em suas redes sociais como “crime” e “inaceitável”. Fávaro tem entrado em conflito com o restante do governo em relação à atuação dos sem-terra. Ele chegou a Londres no dia seguinte e voltou para o Brasil na noite de quarta-feira.
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