O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (9) o aumento dos recursos disponíveis para a linha de financiamento rural prefixada em dólares desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com mais R$ 2 bilhões, a linha de Crédito Rural do BNDES na modalidade com custo de referência em dólares chegará a R$ 4 bilhões.
“Para receber o crédito, o agricultor deve ter renda em dólares ou atrelada à moeda americana, visando reduzir os riscos cambiais. Essa verificação será realizada pelo agente financeiro. O custo final começará em torno de 7,59% ao ano, mais variação cambial. Os prazos totais variam de 25 a 120 meses, com carência de até 24 meses. São condições extremamente competitivas em relação a soluções similares disponíveis no mercado”, informa o BNDES em nota.
A linha de crédito foi lançada no dia 17 de abril pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo presidente do Banco, Aloizio Mercadante, e teve seus recursos iniciais duplicados nesta terça-feira.
“O governo do presidente Lula é um governo transversal, e todas as áreas trabalham em prol da população nas políticas públicas. Estamos destinando recursos para que a agropecuária brasileira continue crescendo, se desenvolvendo e gerando empregos para toda a população brasileira”, afirma o ministro Fávaro.
Aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas
A linha, cujo protocolo de operação será aberto no dia 16 deste mês aos agentes financeiros credenciados para repassar recursos do BNDES ao cliente final, apresentava perspectiva de demanda de crédito superior aos R$ 2 bilhões inicialmente previstos. Esse diagnóstico decorre de pesquisas realizadas desde o primeiro dia da Agrishow com diversos agentes financeiros participantes da feira, realizada na última semana. Nas apresentações iniciais da linha para clientes finais, os parceiros identificaram uma demanda significativa pelos recursos.
Focada na aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, a opção deve contribuir para o aumento da produtividade no campo, por meio da ampliação da atualização tecnológica da frota de tratores e colheitadeiras agrícolas. “Esses R$ 4 bilhões têm custo zero para o Tesouro, permitindo assim que o Tesouro gaste em outras linhas de financiamento para pequenos produtores”, enfatiza o assessor especial do ministro, Carlos Augustin.
“Queremos descartar qualquer possibilidade de esgotamento de recursos na linha, que tem uma condição muito favorável, permite planejamento e segurança. É uma das ferramentas que temos à disposição para incentivar uma agricultura de precisão cada vez mais inovadora, digital, que reduz custos e riscos”, destaca o presidente Mercadante.
*Com informações do Mapa e do BNDES.
