Por Mônica Vieira
O fenômeno climático La Niña, já se despediu, mas seus efeitos ainda são percebidos, o que não deve ocorrer por muito tempo. Agora começa o período de transição para a chegada do temido El Niño, responsável por elevar as temperaturas em todo o planeta e causar alguns transtornos na agricultura.
Aqui no Brasil, ele deve estar totalmente instalado no início do próximo semestre e permanecer ao longo de 2023 e mais alguns meses de 2024.
Ainda é cedo para entender como o fenômeno vai influenciar o clima por aqui, mas a expectativa é que desta vez chegue com uma intensidade mais moderada e que não afete tanto a produção de alimentos no país.
Sabemos que as mudanças climáticas sem dúvida afetam a produção brasileira, afinal, 80% da produtividade agrícola do país depende do clima.
A cultura do trigo é uma das culturas que mais pode sofrer os impactos do fim do La Niña e chegada do El Niño. Dependendo da região plantada, a falta de chuva ou o aumento das chuvas podem afetar o plantio desde a germinação das sementes até a colheita.
Nos estados produtores do Centro-Oeste, a irregularidade pode gerar escassez hídrica e reduzir a produtividade. Já no sul do país, a possibilidade de aumento do volume de chuva é o que preocupa, pois prejudica a colheita e reduz a qualidade dos grãos, o que impacta diretamente no valor de mercado.