Impacto do sorgo na safra da soja e milho

Sorgo: Uma opção segura para o produtor

Como o sorgo tem um ciclo menor de cultivo e menos necessidade de água no solo do que o milho, ele se tornou uma opção para o produtor em situações de escassez hídrica ou frio intenso. Além disso, existe a possibilidade de uso do sorgo granífero após a colheita da soja plantada mais tardiamente, o que pode reduzir o risco e aumentar a rentabilidade para o agricultor.

O papel do sorgo na pecuária e agricultura

Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds, avalia que o sorgo tem grande potencial tanto para a pecuária, garantindo volume suficiente de silagem para o gado nos meses secos de inverno, quanto para a agricultura. Ele destaca que as áreas “do cedo” da soja na safra de verão darão lugar à safrinha de milho de alta performance, enquanto o sorgo granífero ou sorgo palhada são opções para locais com atraso na semeadura da soja.

Atrasos na entrada da soja e suas consequências

Nas últimas semanas, houve relatos de atraso na semeadura da soja e alertas para um possível comprometimento da segunda safra, principalmente no Brasil Central. Isso tem gerado preocupações entre os produtores, com a possibilidade de veranicos e episódios de calor extremo nos meses de novembro e dezembro.

Expansão do cultivo de sorgo no Brasil

Segundo dados da Conab, o cultivo de sorgo grão está em plena expansão no Brasil, com um aumento significativo na área plantada e na produção, fruto de mais produtividade. Essa expansão mostra o potencial do sorgo como uma cultura alternativa, dando mais segurança e rentabilidade ao produtor.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Os dois cereais têm janelas e ciclos diferentes de plantio. Produtor deve se planejar e garantir sementes

Tanto para produção de grãos quanto para silagem, sorgo pode dividir protagonismo com o milho na safrinha 2024 – Foto: Ariosto Mesquita

A escassez de chuvas e/ou precipitações irregulares no Brasil Central entre setembro e outubro foram suficientes para ligar o sinal de alerta entre os produtores brasileiros. Sem condições ideais de cultivo em sequeiro, muita gente teve de atrasar a entrada da soja (safra de verão), o que, em princípio, poderia comprometer a segunda safra caso se levasse em conta apenas o cultivo do milho. No entanto, a possibilidade de uso do sorgo granífero após a colheita da soja plantada mais tardiamente, pode reduzir sensivelmente este risco, funcionando como uma espécie de “esteio” ou “seguro” para o agricultor, abrindo a possibilidade de maior rentabilidade para todo o sistema.

Como o sorgo tem um ciclo menor de cultivo (alguns necessitam de 20 dias a menos do que o milho) e menos necessidade de água no solo (até metade, dependendo da semente), ele tornou-se opção ao produtor em situações em que o milho, em plantio mais tardio, pode ser comprometido por uma escassez hídrica ou frio intenso (geadas).  Isso se consolidou fundamentalmente nas últimas safras graças ao avanço tecnológico da cultura do sorgo no Brasil e também aos cuidados e ajustes de manejo por parte do produtor.

Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds (empresa de desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de milho e sorgo), avalia as opções e tendências tanto para a pecuária quanto para a agricultura: “Os pecuaristas do Brasil Central estão preocupados em fazer uma boa safra de milho e sorgo para garantir volume suficiente de silagem de planta inteira (volumoso energético) tendo assim o que oferecer ao gado nos meses secos de inverno”.

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Já para quem está focado na produção de grãos na safrinha, Sawa, que é uma das lideranças do Movimento + Sorgo, entende que a dobradinha dos cereais tem tudo para assegurar rentabilidade ao agricultor: “As áreas ‘do cedo’ da soja na safra de verão, darão lugar à safrinha de milho de alta performance. Já onde houve atraso considerável na semeadura da soja, o sorgo granífero ou sorgo palhada são as opções”.

Atrasos em alguns estados

Nas últimas semanas foram vários os relatos de atraso na semeadura da soja e alerta para eventual comprometimento da segunda safra, geralmente semeada a partir de janeiro no Brasil Central. Algumas consultorias informaram que ao final de outubro, 40% da área esperada para soja no Brasil havia sido semeada, contra 46% em igual período do ano passado. Em recente entrevista ao “Notícias Agrícolas”, a diretora administrativa da Aprosoja SP (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo), Anna Paula Nunes, informou que há um atraso médio de 15 dias na entrada da oleaginosa em terras paulistas. Em Mato Grosso, já existem relatos de replantio de talhões da safra de verão (soja) e certa apreensão quanto à possibilidade da ocorrência de veranicos e episódios de calor extremo nos meses de novembro e dezembro.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o cultivo de sorgo grão está em plena expansão no Brasil. De acordo com boletim datado de setembro de 2023, a área plantada saiu de 1.130.400 ha na safra 21/22 para 1.417.800 ha na safra 22/23, representando um avanço de 25,4%. No mesmo comparativo, a produção teve um desempenho ainda maior (fruto de mais produtividade), saindo de 3.120.400 t para 4.786.800 t, um surpreendente salto de 53,4% em apenas um ano.

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# FAQ Inteligente sobre Cultivo de Sorgo e Milho na Safrinha

## 1. Qual é a diferença entre o ciclo de plantio do sorgo e do milho?
O ciclo de plantio do sorgo é menor do que o do milho, com alguns sorgos necessitando de até 20 dias a menos do que o milho.

## 2. Em que situações o sorgo pode ser uma boa opção em relação ao milho?
O sorgo pode ser uma opção vantajosa quando o plantio do milho é comprometido por escassez hídrica ou frio intenso, devido ao seu ciclo de cultivo menor e à sua menor necessidade de água no solo.

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## 3. Como o sorgo pode beneficiar tanto a pecuária quanto a agricultura na safrinha?
Para a pecuária, o sorgo pode garantir um volume suficiente de silagem de planta inteira, fornecendo alimento para o gado nos meses secos de inverno. Já para a agricultura, o sorgo pode assegurar a rentabilidade do agricultor em áreas onde houve atraso na semeadura da soja.

## 4. Qual é a tendência de plantio de sorgo e milho na safrinha?
O plantio de sorgo e milho tende a assegurar rentabilidade ao agricultor, com áreas de plantio de milho de alta performance substituindo áreas de soja na safra de verão, e o sorgo granífero sendo uma opção onde houve atraso considerável na semeadura da soja.

## 5. Como a escassez de chuvas afetou o cultivo de grãos?
A escassez de chuvas e/ou precipitações irregulares entre setembro e outubro comprometeu a entrada da soja, o que levou produtores a considerar opções como o sorgo granífero para reduzir o risco da segunda safra.

# Conclusão
Os dois cereais têm janelas e ciclos diferentes de plantio. Produtor deve se planejar e garantir sementes.

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sorgo
Tanto para produção de grãos quanto para silagem, sorgo pode dividir protagonismo com o milho na safrinha 2024 – Foto: Ariosto Mesquita

A escassez de chuvas e/ou precipitações irregulares no Brasil Central entre setembro e outubro foram suficientes para ligar o sinal de alerta entre os produtores brasileiros. Sem condições ideais de cultivo em sequeiro, muita gente teve de atrasar a entrada da soja (safra de verão), o que, em princípio, poderia comprometer a segunda safra caso se levasse em conta apenas o cultivo do milho. No entanto, a possibilidade de uso do sorgo granífero após a colheita da soja plantada mais tardiamente, pode reduzir sensivelmente este risco, funcionando como uma espécie de “esteio” ou “seguro” para o agricultor, abrindo a possibilidade de maior rentabilidade para todo o sistema.

Como o sorgo tem um ciclo menor de cultivo (alguns necessitam de 20 dias a menos do que o milho) e menos necessidade de água no solo (até metade, dependendo da semente), ele tornou-se opção ao produtor em situações em que o milho, em plantio mais tardio, pode ser comprometido por uma escassez hídrica ou frio intenso (geadas). Isso se consolidou fundamentalmente nas últimas safras graças ao avanço tecnológico da cultura do sorgo no Brasil e também aos cuidados e ajustes de manejo por parte do produtor.

Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds (empresa de desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de milho e sorgo), avalia as opções e tendências tanto para a pecuária quanto para a agricultura: “Os pecuaristas do Brasil Central estão preocupados em fazer uma boa safra de milho e sorgo para garantir volume suficiente de silagem de planta inteira (volumoso energético) tendo assim o que oferecer ao gado nos meses secos de inverno”.

Já para quem está focado na produção de grãos na safrinha, Sawa, que é uma das lideranças do Movimento + Sorgo, entende que a dobradinha dos cereais tem tudo para assegurar rentabilidade ao agricultor: “As áreas ‘do cedo’ da soja na safra de verão, darão lugar à safrinha de milho de alta performance. Já onde houve atraso considerável na semeadura da soja, o sorgo granífero ou sorgo palhada são as opções”.

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Atrasos em alguns estados

Nas últimas semanas foram vários os relatos de atraso na semeadura da soja e alerta para eventual comprometimento da segunda safra, geralmente semeada a partir de janeiro no Brasil Central. Algumas consultorias informaram que ao final de outubro, 40% da área esperada para soja no Brasil havia sido semeada, contra 46% em igual período do ano passado. Em recente entrevista ao “Notícias Agrícolas”, a diretora administrativa da Aprosoja SP (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo), Anna Paula Nunes, informou que há um atraso médio de 15 dias na entrada da oleaginosa em terras paulistas. Em Mato Grosso, já existem relatos de replantio de talhões da safra de verão (soja) e certa apreensão quanto à possibilidade da ocorrência de veranicos e episódios de calor extremo nos meses de novembro e dezembro.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o cultivo de sorgo grão está em plena expansão no Brasil. De acordo com boletim datado de setembro de 2023, a área plantada saiu de 1.130.400 ha na safra 21/22 para 1.417.800 ha na safra 22/23, representando um avanço de 25,4%. No mesmo comparativo, a produção teve um desempenho ainda maior (fruto de mais produtividade), saindo de 3.120.400 t para 4.786.800 t, um surpreendente salto de 53,4% em apenas um ano.

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