Pular para o conteúdo

Diferenças entre extratores: veja!

Qual é a melhor forma de medir o fósforo no solo?

A importância de medir o fósforo
A medição do fósforo no solo é essencial para garantir que as plantas recebam a quantidade necessária desse nutriente. Para quantificar o fósforo no solo, existem dois métodos principais: Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista. Vale ressaltar que o método de Mehlich 1, ao utilizar um extrator fortemente ácido, pode superestimar ou subestimar a quantidade de fósforo disponível, dependendo do tipo de solo. Por outro lado, a Resina de troca aniônica simula o comportamento do sistema radicular das plantas, oferecendo maior sensibilidade às variações de solos e maior eficiência na extração do fósforo disponível.

A sensibilidade e eficiência da Resina
Segundo estudos, a resina mostra maior sensibilidade às variações de solos, sendo mais adequada para estimar o fósforo disponível, independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo. Além disso, revela adequadamente o efeito da calagem em aumentar a disponibilidade de fósforo para as plantas. Isso sinaliza a sensibilidade do extrator resina em detectar o aumento da disponibilidade de fósforo no solo, fazendo valer os esforços do método mais trabalhoso.

Eficiência da Resina em comparação ao Mehlich 1
Ao comparar os métodos de resina e Mehlich 1, foi constatado que a resina possui maior correlação com as respostas das plantas, mostrando-se mais adequada para estimar o fósforo disponível. Além disso, a resina mista permite avaliar a disponibilidade não apenas do fósforo, mas também de cátions trocáveis. Apesar de ser mais trabalhoso, o método de resina é mais eficiente e preciso na quantificação de fósforo disponível no solo.

Conclusão
Diante dos resultados das comparações, fica evidente que o método de resina é mais seletivo e preciso na quantificação do fósforo disponível no solo, em comparação com o método de Mehlich 1. Portanto, para garantir uma medição mais precisa e eficiente do fósforo no solo, o uso do método de resina é altamente recomendado. Quer aprender mais sobre como medir o fósforo no solo? Conheça o Curso Gestão na Produção de Café Arábica, uma capacitação completa ministrada por consultores experientes na prática da cafeicultura. Clique no link e saiba mais!
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Para quantificar o fósforo no solo, podem ser utilizados os métodos de Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista (aniônica + catiônica).

O método de Mehlich 1 (ácido clorídrico + ácido sulfúrico) utiliza um extrator fortemente ácido, dessa forma, esse método pode extrair o fósforo ligado ao cálcio, que não está disponível para as plantas.

Assim, solos adubados com fosfatos de baixa solubilidade, como fosfatos naturais, e com a utilização desses extratores ácidos, podem extrair quantidade de fósforo superiores àquelas consideradas disponíveis, não apresentando boas correlações com rendimentos das culturas (Raij e Diest, 1980).

Por outro lado, em solos argilosos, esse mesmo extrator, pode subestimar os valores de P disponível, apresentando valores menores devido ao fato dos extratores serem mais desgastados nesses solos, quando comparados aos solos arenosos (Novais & Kamprath, 1979; Muniz at el., 1987).

A Resina de troca aniônica, fundamenta-se na premissa de simular o comportamento do sistema radicular das plantas na absorção de fósforo do solo (Raij, 1978).

Esse processo gera a adsorção de P na solução nas cargas positivas da resina aniônica, como consequência, há a remoção do P adsorvido na superfície das partículas do solo, dessa forma, a resina não superestima a disponibilidade de P em solos tratados com fosfatos naturais, como ocorre com os extratores ácidos.

 

Sem tempo para ler agora? Baixe este artigo em PDF!

Sensibilidade dos extratores Mehlich 1 e Resina

Segundo Silva et al. (2013) a resina apresenta maior sensibilidade às variações de solos, portanto sendo mais adequado para estimar o fósforo disponível independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo, podendo ser utilizado tanto em solos ácidos como em alcalinos, diferentemente do extrator Melhich 1.

Além disso, segundo Silva & Raij (1999), esse método revela adequadamente, o efeito da calagem em aumentar a disponibilidade de P para as plantas, o que não acontece com o método de Mehlich 1:

Tabela com dados de extratores Mehlich 1 e ResinaQuadro 1. Fósforo (P) no solo em experimento de calagem – com a cultura da soja – Ribeirão Preto SP. Fonte: Silva & Raij (1999).

Dessa forma, esse estudo realizado na cultura da soja mostra a sensibilidade do extrator resina em detectar o aumento da disponibilidade de fósforo no solo, devido ao aumento do pH do solo, apresentando assim diferença estatística quando se utilizou o extrator resina (marcado em verde), o que não foi observado quando se utilizou o extrator Mehlich 1 (marcado em vermelho).

Calendário agrícola do caféCalendário agrícola do café

Eficiência dos extratores Mehlich 1 e Resina

Da mesma forma, uma revisão feita pelo mesmo autor, Raij, mostra a maior eficiência do extrator resina, quando comparado aos outros extratores:

Tabela com dados de eficiência dos extratores Mehlich 1 e ResinaTabela com dados de eficiência dos extratores Mehlich 1 e ResinaQuadro 2. Comparação de métodos na literatura mundial, 1953 a 1977 – 42 trabalhos. Fonte: Raij, 1978.

Além disso, pode-se utilizar a resina mista, de troca Catiônica e aniônica, que possui cargas positiva e negativas e permite, numa única extração, avaliar a disponibilidade não apenas do fósforo, mas também de cátions trocáveis como o cálcio (Ca₂+), magnésio (Mg₂+) e potássio (K+) (Raij & Quaggio, 1983 & Raij et al., 1987), que é atualmente utilizado na quantificação de fósforo disponível nos laboratórios do estado de São Paulo entre outros.

Um inconveniente desse método, é o fato do método de resina ser mais trabalhoso, no entanto, valem esforços devido à analogia com a extração pela planta (Raij et al, 1982).

Resultados das comparações

Portanto, devido à extração pelo método de resina ter maior correlação com as respostas das plantas, ele se mostra mais adequado para estimar o fósforo disponível, quando comparado ao método de Mehlich 1, visto que este método, não é seletivo para quantificar apenas o P-lábil, e pode superestimar o fósforo de solos com fosfatos naturais ou subestimar o fósforo em solos argilosos.

Saiba mais!

Parâmetros para se trabalhar na interpretação de uma análise de solo“.

Quer aprender mais com consultores altamente renomados?

Venha conhecer o Curso Gestão na Produção de Café Arábica.

Dado por consultores de grande experiência na prática da cafeicultura, ele tem conteúdo 100% aplicável e está disponível no formato 100% online e no formato presencial: você escolhe como quer aprender!

Sendo uma capacitação completa, que aborda desde o preparo do solo até o pós-colheita e toda a parte de gestão financeira, econômica e de pessoas na fazenda, você sairá preparado para ampliar a produtividade, lucratividade e a qualidade do café.

Quer entender melhor sobre como esse curso pode te ajudar?

Clique no link e conheça!

Curso Gestão na Produção de Café ArábicaCurso Gestão na Produção de Café Arábica

Larissa Cocato - Coordenadora de Ensino CaféLarissa Cocato - Coordenadora de Ensino Café

FAQ sobre métodos de quantificação de fósforo no solo

Por que o método de Mehlich 1 pode extrair quantidades superiores de fósforo do solo?

O método de Mehlich 1 utiliza um extrator fortemente ácido que pode extrair o fósforo ligado ao cálcio, que não está disponível para as plantas, resultando em quantidades superiores de fósforo.

Por que o método de Mehlich 1 pode subestimar os valores de P disponível em solos argilosos?

Em solos argilosos, o extrator Mehlich 1 pode subestimar os valores de P disponível devido ao desgaste dos extratores nesses solos em comparação com solos arenosos.

Como a resina de troca aniônica simula a absorção de fósforo pelas plantas?

A resina de troca aniônica simula o comportamento do sistema radicular das plantas na absorção de fósforo, removendo o P adsorvido na superfície das partículas do solo.

Por que a resina de troca aniônica é mais sensível às variações de solos?

A resina de troca aniônica é mais sensível às variações de solos e independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo, sendo mais adequada para estimar o fósforo disponível.

Qual o método mais eficiente na quantificação de fósforo no solo?

A resina de troca aniônica é mais eficiente na quantificação de fósforo no solo, sendo mais adequada para estimar o fósforo disponível em comparação ao método de Mehlich 1.

Como posso aprender mais sobre métodos de quantificação de fósforo no solo?

Você pode se inscrever no Curso Gestão na Produção de Café Arábica, oferecido por consultores de grande experiência na prática da cafeicultura, que aborda desde o preparo do solo até o pós-colheita, gestão financeira, econômica, e de pessoas na fazenda.

Verifique a Fonte Aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Patrocinadores