Desafios na Safra de Soja no Paraná
Impacto do Clima nas Lavouras
Nos últimos meses, os produtores paranaenses têm enfrentado desafios climáticos significativos. Após um período de chuvas excessivas, o calendário de plantio foi prorrogado. No entanto, semanas de tempo seco estão impactando as lavouras, causando perdas que podem aumentar se as chuvas não retornarem em breve.
Colheita Antecipada e suas Consequências
Em algumas regiões do Paraná, a colheita da soja já começou, mas devido ao desenvolvimento desigual da cultura, as estimativas de perdas ainda não são claras. Por conta disso, os produtores têm evitado fazer contratos de venda futura, temendo não conseguir cumprir. Isso leva a um impacto negativo em todo o setor, gerando renegociações generalizadas e dificuldades para cumprir compromissos financeiros.
Projeções para a Próxima Safra
Apesar de ter atingido um recorde na última safra, os produtores de soja do Paraná estão enfrentando desafios para a próxima temporada. Estima-se que haverá perdas de produtividade devido a condições desfavoráveis em dezembro. Entretanto, a expectativa é que os produtores consigam cumprir os contratos, apesar das dificuldades. A quebra de contrato é uma preocupação menor em algumas regiões, mas a expectativa é um acionamento maior de seguros caso as chuvas não retornem ou venham em excesso durante a colheita.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Os produtores paranaenses devem plantar 5,8 milhões de hectares de soja, um pequeno avanço em relação ao ciclo passado, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral).
Após enfrentar problemas com excesso de chuva, o estado teve o calendário prorrogado pelo Ministério da Agricultura e segue até 31 de janeiro nas regiões centro-sul, centro-oriental, sudeste, sudoeste e metropolitana. Agora, semanas de tempo seco começam a impactar as lavouras.
O produtor de soja Marcelino de Marchi semeou o grão em 12 de outubro no município de Colorado e relata as dificuldades climáticas pelas quais a sua lavoura vem passando.
“Nós estamos vivenciando uma situação adversa, de veranico. Há mais de dez dias não chove nessa região. Então já temos uma perda pequena, mas se não chover no curto prazo, a tendência é a de aumentar esse índice de perda”.
Início da colheita
Em algumas regiões do Paraná, a colheita da soja já começa nesta primeira quinzena. Como o desenvolvimento da cultura é diferente dependendo da região, ainda não é possível estimar se haverão perdas.
No entanto, baseado nas últimas safras, os produtores têm evitado fazer contratos de venda futura temendo justamente não poder cumprir.
“É um impacto negativo para todo setor. Você entra em um movimento de renegociação geral, então aquela revenda, aquela cooperativa, aquela entidade que, de alguma forma, financiou aquele produtor”, diz o consultor em Gerenciamento de Riscos Guilherme Cioccari.
Recorde de soja em 22/23
Nas últimas safras o Paraná se revezou entre a segunda e terceira posição de maiores produtores de soja. No ciclo 2022/23, as lavouras do estado atingiram um recorde de 22,3 milhões de toneladas.
Já para esta temporada, estão previstas 21,7 milhões de toneladas. Isso porque, em dezembro, a cultura não foi favorecida e a projeção é que apresente perdas de produtividade. Contudo, no geral, os produtores devem cumprir contratos.
“A nossa região está sendo afetada de forma bastante agressiva pelas altas temperaturas. Então, acreditamos que no noroeste do Paraná, até o momento, haja uma quebra de 20% a 30%. Nos últimos anos os agricultores vieram diminuindo o índice de contratos e fizeram em uma proporção menor do que o potencial produtivo. Por isso, em questão de quebra de contrato, especialmente no norte e noroeste do estado, eu não vejo com grande preocupação”, relata o produtor de soja de Maringá, Fernando Sichieri.
Segundo estimativa mais recente do Deral, cerca de 14% das lavouras estão em condições regulares ou ruins. A expectativa é um maior acionamento de seguros caso as chuvas não retornem ou venham em excesso na colheita.
Perguntas Frequentes sobre a Safra de Soja no Paraná
1. Quantos hectares de soja os produtores paranaenses devem plantar nesta safra?
O Departamento de Economia Rural (Deral) estima que os produtores paranaenses devem plantar 5,8 milhões de hectares de soja, um pequeno avanço em relação ao ciclo passado.
2. Até quando foi prorrogado o calendário de plantio da soja no Paraná?
O plantio da soja no Paraná foi prorrogado até 31 de janeiro nas regiões centro-sul, centro-oriental, sudeste, sudoeste e metropolitana, devido aos problemas com excesso de chuva no início do ciclo.
3. Como o tempo seco está impactando as lavouras de soja no Paraná?
O tempo seco está começando a impactar negativamente as lavouras de soja no Paraná, com relatos de perdas devido à falta de chuva.
4. Quando começa a colheita da soja no Paraná?
Em algumas regiões do Paraná, a colheita da soja já começa nesta primeira quinzena.
5. Qual é a projeção de produção de soja para o ciclo 2022/23 no Paraná?
Para o ciclo 2022/23, a projeção é de 21,7 milhões de toneladas de soja no Paraná, com previsão de perdas de produtividade devido às condições climáticas desfavoráveis.
6. Como as condições climáticas afetaram as lavouras de soja no Paraná?
Altas temperaturas e falta de chuvas estão afetando as lavouras, com estimativas de quebras de produtividade em algumas regiões do estado.
Os produtores paranaenses devem plantar 5,8 milhões de hectares de soja, um pequeno avanço em relação ao ciclo passado, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral).
Após enfrentar problemas com excesso de chuva, o estado teve o calendário prorrogado pelo Ministério da Agricultura e segue até 31 de janeiro nas regiões centro-sul, centro-oriental, sudeste, sudoeste e metropolitana. Agora, semanas de tempo seco começam a impactar as lavouras.
