De acordo com a Reuters, o preço do adubo está aumentando novamente, mas como a relação com a soja está se beneficiando?

De acordo com a Reuters, o preço do adubo está aumentando novamente, mas como a relação com a soja está se beneficiando?

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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – Preços de fertilizantes voltaram a subir em julho enquanto produtores do Brasil se preparam para plantar soja na safra 2023/24, mas valorização da commodity deixou a relação insumo/produção agrícola ainda bastante favorável para os agricultores, segundo pesquisas lançado nesta sexta-feira.

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), elaborado pela Mosaic, atingiu 0,87 em julho, mesmo patamar registrado no mês anterior, mantendo-se na situação mais favorável para os agricultores desde o início de 2021.

Quanto menor que 1, maior o poder de compra do produtor, segundo a metodologia do IPCF, que considera também milho, açúcar, etanol e algodão. Em julho do ano passado, em meio à alta dos preços dos fertilizantes em decorrência da guerra na Ucrânia, o indicador chegou a 1,85, praticamente o dobro do atual.

Em julho, o preço da soja aumentou 6,7%, impulsionado principalmente pela redução na estimativa de área plantada nos Estados Unidos, informou a Mosaic em nota.

Por outro lado, os preços dos fertilizantes registraram alta média de 5% em relação a junho.

Assim, mesmo com oscilações nos preços das commodities e fertilizantes, o indicador segue sendo o menor de 2023; e o cenário continua favorável ao agricultor, permitindo uma boa relação de troca”, afirmou a análise da Mosaic, que também citou queda no preço de alguns produtos agrícolas, como cana-de-açúcar (-7,6%), algodão (-2%) e milho (-0,3%).

“Com a aproximação do período de plantio e os bons índices recorrentes no poder de compra de fertilizantes, o setor está mais aquecido, com o agricultor brasileiro planejando adquirir e receber insumos com antecedência e evitar gargalos logísticos”, acrescentou Mosaic.

As entregas de fertilizantes no Brasil aumentaram 21,9% em maio na comparação anual, totalizando quase 4 milhões de toneladas, tornando-se um indicador positivo de consumo para o ano, informou esta semana a Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda). Até abril, os dados acumulavam queda de 4,4% no ano.

Análise divulgada nesta sexta-feira pelo Itaú BBA também aponta que os preços dos fertilizantes “reagiu nas últimas semanas com o aumento da demanda internacional, após um longo período de queda”.

No entanto, a relação de troca dos fertilizantes com a soja é uma das mais atrativas dos últimos anos, “mesmo com o avanço dos preços do insumo nas últimas semanas”.

Nos fertilizantes MAP (fosfato monoamônico) e cloreto de potássio (KCl), o indicador segue abaixo das mínimas históricas dos últimos cinco anos, disse o Itaú BBA.

“A relação de câmbio futuro também é atrativa na comparação com as médias das safras anteriores”, disse o banco, apontando uma relação de 16,32 sacas de soja por tonelada do produto no MAP, ante 30,82 na temporada anterior.

Para o KCl, o produtor gastaria 11,61 sacas de soja por tonelada do insumo, contra 30,78 na safra anterior, segundo estudo do Itaú BBA.

A queda de insumos agrícolas, como fertilizantes, deve favorecer as margens dos produtores de soja do Brasil na nova safra, disse a consultoria Céleres em relatório esta semana, apesar dos preços da commodity estarem mais baixos do que no ano passado.

A safra de soja no Brasil em 2023/2024 deve atingir o recorde de 165,9 milhões de toneladas, crescimento de 5,5% em relação à safra anterior, com expectativa de ganhos de produtividade média e aumento mais “modesto” da área plantada, disse Céleres.

O artigo abaixo aborda a alta dos preços dos fertilizantes no Brasil e seu impacto na relação insumo/produção agrícola. Além disso, destaca a relação de troca favorável para os agricultores, bem como o aumento das entregas de fertilizantes e a perspectiva de uma safra recorde de soja para 2023/2024. Confira!

A valorização dos fertilizantes em julho impactou o setor agrícola brasileiro, que se prepara para a safra 2023/2024. Segundo o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), elaborado pela Mosaic, o indicador se manteve estável em 0,87, o menor valor de 2023. Essa situação favorável para os agricultores é reflexo da alta dos preços da soja, que aumentaram 6,7% no último mês. Apesar disso, a relação de troca entre insumos e produção agrícola continua favorável, gerando boas expectativas para o setor.

A alta nos preços dos fertilizantes em relação a junho, de 5%, não prejudicou a relação de troca, que pode ser considerada a mais atrativa dos últimos anos. De acordo com a análise da Mosaic, essa situação favorável ao agricultor permite que eles planejem a aquisição e o recebimento de insumos com antecedência, evitando possíveis gargalos logísticos. Além disso, a queda nos preços de alguns produtos agrícolas, como cana-de-açúcar, algodão e milho, contribui para essa relação positiva.

As entregas de fertilizantes no Brasil aumentaram 21,9% em maio, indicando um consumo promissor para o ano. Esse crescimento é mais um indicativo da movimentação aquecida do setor agrícola, que tem buscado adquirir insumos antecipadamente. Uma análise do Itaú BBA também apontou que o aumento da demanda internacional impulsionou a reação dos preços dos fertilizantes, após um período de queda. Mesmo com esse reajuste, a relação de troca com a soja continua atrativa.

O estudo do Itaú BBA também ressaltou que os preços dos fertilizantes MAP e cloreto de potássio seguem abaixo das mínimas históricas dos últimos cinco anos. O banco apontou uma relação de 16,32 sacas de soja por tonelada de MAP, e 11,61 sacas de soja por tonelada de KCl. Esses valores representam uma redução significativa em relação à temporada anterior, o que contribui para a atratividade da relação de troca.

Apesar da queda nos preços da soja em relação ao ano passado, a queda dos insumos agrícolas, como os fertilizantes, deve favorecer as margens dos produtores brasileiros na nova safra. A consultoria Céleres estima que a safra de soja em 2023/2024 alcance um recorde de 165,9 milhões de toneladas, com aumento de produtividade média e crescimento moderado da área plantada. Essa perspectiva promissora mantém o otimismo no setor agrícola.

Em resumo, a alta dos preços dos fertilizantes no Brasil não compromete a relação insumo/produção agrícola. Apesar do aumento, essa relação continua sendo uma das mais atrativas dos últimos anos, impulsionando o planejamento antecipado dos agricultores. Além disso, a queda dos preços de outros produtos agrícolas e as perspectivas de uma safra recorde de soja contribuem para a manutenção da atratividade do setor agrícola brasileiro.

1. Qual foi o índice de poder de compra de fertilizantes em julho?
O índice de poder de compra de fertilizantes foi de 0,87 em julho, o mesmo valor registrado no mês anterior.

2. Como a alta dos preços da soja impactou os fertilizantes?
A alta dos preços da soja impulsionou os preços dos fertilizantes em 6,7% no mês de julho.

3. Qual é a relação de troca favorável para os agricultores?
A relação de troca entre insumos e produção agrícola é considerada uma das mais atrativas dos últimos anos, mesmo com o aumento dos preços dos fertilizantes.

4. Como tem sido o consumo de fertilizantes no Brasil?
As entregas de fertilizantes no Brasil aumentaram 21,9% em maio na comparação anual, indicando um consumo promissor para o setor agrícola.

5. Qual é a perspectiva para a safra de soja em 2023/2024?
A consultoria Céleres estima que a safra de soja em 2023/2024 alcance um recorde de 165,9 milhões de toneladas, com aumento de produtividade média e crescimento moderado da área plantada.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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