O que era um problema para o confinamento, virou moeda de troca e trouxe geração de renda para o pecuarista. Veja como o esterco de vaca pode ser lucrativo!
O confinamento de PM, em Formosa, Goiás, mostrou que mais do que respeitar o meio ambiente e a legislação, a gestão de resíduos se transformou em economia e lucro. em confinamento, Estrume de gado aumenta a lotação e torna-se moeda de troca. Por isso, o confinamento vem ganhando dinheiro com o “esterco” do gado. Verifique isso agora!
A propriedade do pecuarista Mário Pintou superou o desafio de aumentar a produção por unidade de área sem descuidar da preocupação com o meio ambiente, muito menos com a qualidade da carne produzida.
“Começamos aqui em 2001. Confinamos 300 bovinos em 2001 e, desde então, temos aumentado o confinamento. Hoje estamos fazendo mais de 40.000 animais, corremos um pouco diferente às vezes porque corremos 365 dias por ano, não paramos. Isso nos deu um diferencial”, destacou o empresário.
“Abatemos (os animais) em média acima de 20@ o ano todo, e vai lá mesmo com animais de 23@ e 24@. Sempre animais jovens”, enfatizou.
Com até 30 meses de idade, os animais são embarcados para o abate, mas não sem antes passar por um rigoroso processo de manejo e controle no centro de monitoramento das operações.
“O pensamento de gestão, quando esse controle começou a ser modelado, era tê-lo online, detalhando o embarque do gado. Este processo inicia quando o caminhão chega na guarita, são registradas as informações de entrada, esse processo continua quando passa pelo balanço, são registrados a data e hora e o peso desse caminhão vazio. O veículo desce para o confinamento, os animais são todos lidos no sistema de controle, onde é feita a verificação se os bovinos estão aptos para exportação, aptos para a Cota Hilton, se os controles sanitários desses animais estão todos ok, se isso animal está pronto para deixar a fazenda. Dando continuidade ao processo, após o embarque do rebanho, é formulada toda a parte de documentação do Sisbov. O processo continua com a pesagem dos animais para a saída e termina lá, quando eles saem do portão. O processo tem várias pessoas envolvidas, todas realizando suas atividades em tempo real e utilizando computadores, câmeras e ferramentas que o mundo atual pode nos proporcionar”, detalhou o produtor Mário Pinto Junior.
Além de contar com consultorias que auxiliam na gestão de recursos humanos, a fazenda conta com ajuda externa para projetos de sustentabilidade que começaram por resolver a questão da geração de dejetos por animais em confinamento, mas hoje gera economia em fertilizantes e lucro em aumento de produtividade – e não apenas para a fazenda em Goiás.
“No confinamento, depois que os animais saem, raspamos esse esterco. Esta é uma prática comum em todo o confinamento. Isso deve ser feito até por uma questão de sanidade para o rebanho que está lá em confinamento. Esse material é trazido para cá e aqui trabalhamos com esse material, transformando de esterco, que é uma matéria-prima de baixa qualidade, com baixo potencial produtivo, em um fertilizante de fácil utilização, com níveis estabelecidos de nutrientes e grande potencial para agricultura e pecuária”. , explicou Ronárcio Barcelos, coordenador de projetos de confinamento.
Como explicou o repórter Marco Ribeiro, “no caso da pecuária, esse ganho de produtividade é muito interessante. O aumento da taxa de aglomeração é quase o triplo do que pode ser colocado em áreas normais. No caso da agricultura, isso também é muito expressivo. As reduções nos custos de fertilizantes podem chegar a 50%”.
“Hoje já estamos em Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Espírito Santo. Essa é a nossa área de atuação hoje. Estamos em 46 confinamentos estabelecidos no Brasil e tudo isso aconteceu por causa desse confinamento. As pessoas começaram a visitar esse projeto, viram que era legal, que a gente podia transformar passivo em ativo e a gente podia fazer isso ali. Por exemplo, no Mato Grosso, temos vários projetos agrícolas em andamento com adubação 100% orgânica via esterco de confinamento, o que não era possível com esterco in natura, esterco cru. Então conseguimos chegar até aqui com muito estudo e cálculo”, continuou Ronárcio.
“Acabou sendo um processo legal porque eu produzo adubo com esterco de gado e comecei a vender para os fazendeiros, trocando por milho, então o animal come milho, gera resíduo, um passivo ambiental, faço com que se torne algo que tenha valor , se transforma em riqueza, e eu o transformo em milho novamente, e ele volta ao confinamento. Milho que vira carne, carne que vira fertilizante, fertilizante que vira milho, milho que vira carne. E a cadeia fecha”, esclareceu Mário Pinto Junior.
A Cidade do Boi também vem se destacando
É a transformação de um passivo ambiental em um triunfo para melhorar a sustentabilidade e a produtividade da agricultura e pecuária por meio da redução de custos. Este é o resumo do que fez o Agropastoril Paschoal Campanelli, ao recolher os resíduos de confinamento de gado de corte e fabricam fertilizantes para cana-de-açúcar, milho e até pastagens.
Mais do que evitar um passivo ambiental, a propriedade reforça o potencial produtivo de suas lavouras e pastagens e promove a redução de custos. “Tivemos uma redução de mais de 50% na compra de fertilizantes químicosé muito, são alguns milhões que podemos economizar e valorizar nosso solo, pois o composto, além de liberar gradualmente os nutrientes para a planta, ajuda a colocar matéria orgânica no solo, reduz a acidificação, melhora a retenção de água, então não são vários benefícios que chegam pela mesa”, disse Ricardo.
Compre Rural com informações do Giro do Boi
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