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Compra de bovinos ainda em alta

O Mercado do Boi Gordo em Análise

No último levantamento semanal, o mercado do boi gordo enfrentou uma pressão baixista nos preços, resultado de um desequilíbrio entre oferta e demanda. A análise da S&P Global Commodity Insight aponta para escalas de abate confortáveis por parte dos frigoríficos, enquanto os pecuaristas se deparam com dificuldades em manter os preços.

Reflexos nos Preços Futuros

Os preços futuros da B3 também refletiram essa tendência baixista do mercado físico, sinalizando uma perspectiva de cotações mais baixas em um futuro próximo. Fatores climáticos, como o calor intenso e as chuvas em regiões estratégicas, também desempenharam um papel negativo nos preços da arroba.

A Perspectiva de Demanda na Cadeia de Produção

Com a expectativa de um aumento na demanda de carne com a entrada da massa salarial, é possível que haja um alívio temporário nos preços do boi gordo. No entanto, a estabilidade do mercado dependerá do equilíbrio entre oferta e demanda nos próximos períodos.

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Subtítulo 1

Na última semana de fevereiro, o mercado do boi gordo testemunhou uma pressão baixista nos preços, refletindo uma dinâmica de oferta e demanda em desequilíbrio, informa nesta sexta-feira (1/3) a S&P Global Commodity Insight.

“As escalas de abate dos frigoríficos permaneceram confortáveis, enquanto os pecuaristas enfrentaram dificuldades para segurar os preços”, ressaltam os analistas da S&P Global.

Os preços futuros da B3 também refletiram essa tendência no mercado físico, com reajustes negativos, indicando uma perspectiva de cotações mais baixas no curto prazo, acrescenta a consultoria.

Segundo os analistas da S&P Global, além das questões relacionadas diretamente ao mercado, fatores climáticos influenciaram o comportamento negativo dos preços da arroba.

“O calor intenso em algumas regiões das praças monitoradas por nossa consultoria afetou a produção e o transporte de animais, enquanto as chuvas em pontos isolados podem ter impactado a oferta de pastagens e alimentação para o gado, observa a S&P Global.

Porém, continua a consultoria, com entrada da massa salarial no início desta próxima semana, espera-se um possível incremento na demanda de carne na ponta final da cadeia de produção (consumidor final).

Subtítulo 2

“Esse aumento no poder de compra da proteína pode proporcionar um alívio temporário para os preços do boi gordo, mas a estabilidade do mercado dependerá da capacidade de equilíbrio entre oferta e demanda nos próximos períodos”, afirmam os analistas.

Segundo apurou a Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, “a oferta de gado, especialmente de fêmeas, aumentou, enquanto o escoamento da carne não acompanhou tal avanço”.

Desse modo, as ofertas de compra do “boi-China” e a do boi “comum” caíram R$ 5/@ nesta sexta-feira (1/3), segundo levantamento da Scot.

Com isso, nas praças paulistas, o animal terminado “comum” abriu março/24 cotado em R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$205/@ e R$ 220/@ (valores brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” ficou em R$ 235, portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o boi gordo paulista “comum”, acrescenta a Scot.

Subtítulo 3

No mercado futuro, de acordo com informações apuradas pela Agrifatto, as cotações do boi gordo passaram por mais uma semana de desvalorização, com o vencimento para maio/24 reduzindo 2,8% no comparativo entre as quintas-feiras, ficando cotado a R$ 223@ – o menor nível desde ago/23.

Na avaliação da Agrifatto, apesar da forte pressão de baixa sobre os valores da arroba, a oferta de animais terminados se estabilizou nas principais praças brasileiras, mantendo as programações das indústrias inalteradas, com uma média nacional de atendimento de dez dias.

“Mesmo com a estratégia dos frigoríficos em realizar abates intercalados, com negociações em doses homeopáticas e aquisições que priorizam pequenos lotes, todas as 17 regiões monitoradas mantiveram as cotações laterais pelo quarto dia consecutivo”, afirma a Agrifatto, referindo-se ao comportamento do mercado nesta sexta-feira-feira (1/3).

Subtítulo 4

Dessa maneira, de acordo com levantamento da consultoria, o preço médio do boi gordo em São Paulo se manteve em R$ 230/@. Nas demais regiões monitoradas, a cotação média ficou em R$ 217,70/@, acrescenta a Agrifatto.

Embarques indo bem – Até a quarta semana de fevereiro, a exportação brasileira de carne bovina in natura somou 143,5 mil toneladas, com média diária de 9,6 mil t/dia, um aumento de 36% em relação à média diária reportada em fevereiro/23, relata a Scot Consultoria, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“Com esses números expressivos,  fevereiro/24 está se consolidando como o segundo melhor mês em volume exportado na série histórica”, adianta a médica veterinária e zootecnista Ana Paula Oliveira, analista da Scot.

Subtítulo 5

No entanto, continua ela, o preço pago pela tonelada da carne bovina exportada pelo Brasil está em US$ 4,5 mil, com retração de 6,5% em relação à média de fevereiro/23.

Os preços futuros da B3 também refletiram essa tendência no mercado físico, com reajustes negativos, indicando uma perspectiva de cotações mais baixas no curto prazo.

Com a entrada da massa salarial, espera-se um possível incremento na demanda de carne na ponta final da cadeia de produção.

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Conclusão: Perspectivas para o mercado do boi gordo

Diante do cenário de oferta confortável nos frigoríficos e dificuldades dos pecuaristas em segurar os preços da arroba, o mercado do boi gordo enfrenta uma pressão baixista nos preços. Fatores como as condições climáticas adversas e o aumento na demanda de carne podem gerar incrementos pontuais nos preços, mas a estabilidade do mercado dependerá do equilíbrio entre oferta e demanda nos próximos períodos. As cotações do boi gordo têm refletido essa dinâmica, com oscilações negativas no mercado futuro. Contudo, as exportações de carne bovina brasileira seguem em bom ritmo, embora os preços pagos por tonelada tenham sofrido uma redução. Conforme as diferentes regiões apresentam suas respectivas cotações, é fundamental acompanhar de perto a evolução do mercado e estar atento aos fatores que influenciam os preços da arroba.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre o Mercado do Boi Gordo

1. Por que os preços do boi gordo estão em queda?

A queda nos preços do boi gordo é resultado de uma dinâmica de oferta e demanda desequilibrada, com escalas de abate dos frigoríficos confortáveis e aumento na oferta de gado por parte dos pecuaristas.

2. Quais fatores climáticos influenciaram os preços da arroba?

O calor intenso em algumas regiões afetou a produção e o transporte de animais, enquanto as chuvas isoladas impactaram a oferta de pastagens e alimentação para o gado, contribuindo para a pressão baixista nos preços.

3. Como a entrada da massa salarial pode afetar o mercado de carne?

A entrada da massa salarial pode incrementar a demanda de carne na ponta final da cadeia de produção, proporcionando um alívio temporário para os preços do boi gordo, mas a estabilidade do mercado dependerá do equilíbrio entre oferta e demanda.

4. Qual é a situação dos preços do boi gordo em São Paulo e outras regiões?

Em São Paulo, o preço médio do boi gordo se manteve em R$ 230/@, enquanto em outras regiões monitoradas, a cotação média ficou em R$ 217,70/@.

5. Como estão os embarques de carne bovina do Brasil?

Até a quarta semana de fevereiro, a exportação de carne bovina in natura do Brasil está em alta, com um volume exportado que representa o segundo melhor mês da série histórica, apesar de uma retração no preço médio da tonelada exportada.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Na última semana de fevereiro, o mercado do boi gordo testemunhou uma pressão baixista nos preços, refletindo uma dinâmica de oferta e demanda em desequilíbrio, informa nesta sexta-feira (1/3) a S&P Global Commodity Insight.

“As escalas de abate dos frigoríficos permaneceram confortáveis, enquanto os pecuaristas enfrentaram dificuldades para segurar os preços”, ressaltam os analistas da S&P Global.

Os preços futuros da B3 também refletiram essa tendência no mercado físico, com reajustes negativos, indicando uma perspectiva de cotações mais baixas no curto prazo, acrescenta a consultoria.

Segundo os analistas da S&P Global,  além das questões relacionadas diretamente ao mercado, fatores climáticos influenciaram o comportamento negativo dos preços da arroba.

“O calor intenso em algumas regiões das praças monitoradas por nossa consultoria afetou a produção e o transporte de animais, enquanto as chuvas em pontos isolados podem ter impactado a oferta de pastagens e alimentação para o gado”, observa a S&P Global.

Porém, continua a consultoria, com entrada da massa salarial no início desta próxima semana, espera-se um possível incremento na demanda de carne na ponta final da cadeia de produção (consumidor final).

Mercado Pecuário | Com o spread positivo, indústria poderia pagar mais pela arroba nesse momento; entenda

“Esse aumento no poder de compra da proteína pode proporcionar um alívio temporário para os preços do boi gordo, mas a estabilidade do mercado dependerá da capacidade de equilibro entre oferta e demanda nos próximos períodos”, afirmam os analistas.

Segundo apurou a Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, “a oferta de gado, especialmente de fêmeas, aumentou, enquanto o escoamento da carne não acompanhou tal avanço”.

Desse modo, as ofertas de compra do “boi-China” e a do boi “comum” caíram R$ 5/@ nesta sexta-feira (1/3), segundo levantamento da Scot.

Com isso, nas praças paulistas, o animal terminado “comum” abriu março/24 cotado em R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$205/@ e R$ 220/@ (valores brutos e a prazo).  A arroba do “boi-China” ficou em R$ 235, portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o boi gordo paulista “comum”, acrescenta a Scot.

No mercado futuro, de acordo com informações apuradas pela Agrifatto, as cotações do boi gordo passaram por mais uma semana de desvalorização, com o vencimento para maio/24 reduzindo 2,8% no comparativo entre as quintas-feiras, ficando cotado a R$ 223@ – o menor nível desde ago/23.

Na avaliação da Agrifatto, apesar da forte pressão de baixa sobre os valores da arroba, a oferta de animais terminados se estabilizou nas principais praças brasileiras, mantendo as programações das indústrias inalteradas, com uma média nacional de atendimento de dez dias.

“Mesmo com a estratégia dos frigoríficos em realizar abates intercalados, com negociações em doses homeopáticas e aquisições que priorizam pequenos lotes, todas as 17 regiões monitoradas mantiveram as cotações laterais pelo quarto dia consecutivo”, afirma a Agrifatto, referindo-se ao comportamento do mercado nesta sexta-feira-feira (1/3).

SAIBA MAIS | Produção brasileira de carne bovina bateu recorde em 2023

Dessa maneira, de acordo com levantamento da consultoria, o preço médio do boi gordo em São Paulo se manteve em R$ 230/@.  Nas demais regiões monitoradas, a cotação média ficou em R$ 217,70/@, acrescenta a Agrifatto.

Embarques indo bem – Até a quarta semana de fevereiro, a exportação brasileira de carne bovina in natura somou 143,5 mil toneladas, com média diária de 9,6 mil t/dia, um aumento de 36% em relação à média diária reportada em fevereiro/23, relata a Scot Consultoria, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“Com esses números expressivos,  fevereiro/24 está se consolidando como o segundo melhor mês em volume exportado na série histórica”, adianta a médica veterinária e zootecnista Ana Paula Oliveira, analista da Scot.

No entanto, continua ela, o preço pago pela tonelada da carne bovina exportada pelo Brasil está em US$ 4,5 mil, com retração de 6,5% em relação à média de fevereiro/23.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (1/3):

São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de doze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de dez dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias;

Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias;

Rondônia — O boi vale R$200,00 a arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias;

Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias;

Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de dez dias.

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