Após três anos com a presença do La Niña, que provocou um longo período de estiagem na região Sul, levando em conta o volume de produção de grãos, além de soja e milho, em 2023 a mudança de estação com a confirmação do fenômeno El Niño .
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Na última semana, o Centro Americano de Previsão do Clima (CPC-NOAA), divulgou um boletim sobre a confirmação da instalação do fenômeno El Niño, que deve trazer efeitos expressivos para a agricultura. Devido à influência do El Nino, o padrão de chuvas é alterado em todo o planeta, modulando as condições nas regiões produtoras.
Veja como as culturas serão afetadas
Trigo
As condições de chuva e temperaturas são muito oleosas no sul do Brasil, a tendência é para um inverno mais úmido, temperaturas acima da média – com menor ocorrência de chuvas intensas. Desta forma, não há resistências à necessidade de água no frio ou a baixas temperaturas. Porém, essas chuvas mais frequentes podem ser um fator de preocupação em relação às operações de colheita e as doenças fúngicas especiais.
millho meu soja
Em períodos de El Niño, apesar de não ter grande influência entre as chuvas no centro do Brasil, as projeções indicam um período mais seco e quente. Essa combinação de falta de chuva e temperaturas mais altas é um fator limitante para o potencial produtivo das lavagens, principalmente em relação à restrição hídrica. Um verão mais seco pode comprometer a safra, levando a menores taxas de germinação e, consequentemente, levando à evasão. Além disso, temperaturas mais altas podem aumentar a evapotranspiração, ou podem agravar os efeitos da falta de chuva. Esse cenário não estava previsto no Brasil central ou no Mato Grosso, o estado responde por 33% da produção nacional de trigo in natura e 26% da soja.Porém, a boa disponibilidade hídrica pode impulsionar a produção dessas cultivares no Paraná e no Rio Grande do Sul,
algodão
Mato Grosso (72%) e Bahia (20%) são os principais produtores da fibra no Brasil, com início do plantio nas várzeas de dezembro na Bahia e de janeiro no Mato Grosso. Portanto, o sucesso da temporada vai depender da disponibilidade de capas de chuva neste verão. Diante do cenário projetado, a tendência é de um período mais seco e quente, condição que se acentua com a perda de água de apenas duas usinas por evaporação. Embora disso, temperaturas noturnas acima de 27°C limitam a formação de gemas e a floração. Em relação à qualidade da fibra, o estresse por falta de água pode causar redução ou compressão da fibra e, dependendo da severidade e do estágio de desenvolvimento da planta, pode contribuir para o aumento ou diminuição da o índice de micronagem.
Arroz
A região Sul, responsável por 80% da produção nacional, enfrentará desafios no plantio e no desenvolvimento da cultura, principalmente em relação ao excesso de chuvas. Tanto para o arroz irrigado por alagamento quanto para o de terras altas, chuvas excessivas e frequentes podem prejudicar ou aumentar a planta, por reduzir a disponibilidade de luz solar durante o ciclo da cultura. Chuvas excessivas também prejudicam as práticas de manejo das fazendas. Ainda está fora do horizonte das projeções, mas se a colheita coincidir com a época das chuvas, os prejuízos são inevitáveis, como por exemplo a redução da produtividade devido ao acamamento das plantas.
cana de açúcar
Em geral, as principais regiões produtoras terão um clima sem grandes influências do fenômeno El-Niño. Porém, como as projeções indicam temperaturas acima da média em todos os setores do país, isso deve acelerar a perda de umidade em função das maiores taxas evaporativas. Eventualmente, os períodos mais secos durante uma fase de tolerância, podem causar uma redução na produtividade das altas, além disso, ao mesmo tempo, podem aumentar a concentração de sacarose, o que, em alguns casos, pode ser vantajoso do ponto de vista produtivo .
Cafeteria
De acordo com o cenário indicado com influência do El-Niño, o estado de Rondônia pode enfrentar um período mais seco. Essa condição pode prejudicar significativamente o cafeeiro, levando a injúrias como turvação, desfolha, galhos secos, deficiências nutricionais e suscetibilidade a doenças e enfermidades. Os prejuízos se manifestam em perdas no desenvolvimento e na produção de frutos, alterações no tamanho e tipo de café e diminuição da produtividade. Por outro lado, os estados produtores da região sudeste não podem mudar significativamente em relação às condições climáticas.
Matéria elaborada pelo meteorologista Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete
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