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Como a Emater-MG apresenta técnicas para reduzir os impactos das enxurradas e enchentes?

Como a Emater MG apresenta tecnicas para reduzir os impactos das

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
O agronegócio brasileiro é uma das áreas mais importantes da economia do país, sendo responsável por grande parte do PIB e pela geração de empregos. Por isso, é fundamental que os produtores rurais estejam sempre atualizados sobre as melhores práticas e técnicas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, especialmente quando se trata das águas pluviais.

A Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) é uma instituição que tem se destacado nesse sentido, elaborando material técnico com orientações sobre ações que podem minimizar os impactos das enchentes. O documento intitulado “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agricultura: águas pluviais” foi desenvolvido especialmente para os produtores rurais, mas também pode ser utilizado por setores da administração pública.

De acordo com a Emater-MG, uma das principais causas do impacto das chuvas torrenciais no solo é a falta de cobertura vegetal. Quando o solo não possui essa cobertura, a água das chuvas tem dificuldade em infiltrar-se rapidamente, principalmente se o solo já estiver úmido ou compactado. Isso ocorre comumente em estradas rurais, onde a água escorre ou se acumula rapidamente. As enchentes resultantes desse processo levam consigo o material que sai das estradas, depositando-o em córregos, rios e áreas mais baixas do relevo, causando assoreamento.

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Uma das técnicas recomendadas para combater esse problema é o plantio direto. Essa técnica consiste em reduzir ao máximo a perturbação do solo, plantando diretamente sobre a palha que cobre o terreno. Essa palha atua como proteção, reduzindo inundações e erosão. Além disso, a infiltração da água no solo é facilitada, minimizando os riscos de enchentes e alagamentos.

Outra técnica importante mencionada no documento da Emater-MG é a recuperação de pastagens degradadas, algo muito comum em Minas Gerais, onde estima-se que existam mais de dois milhões de hectares de pastagens mal cuidadas. Uma das formas de recuperação dessas pastagens é por meio da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que consiste no plantio consorciado de diferentes cultivos, como milho e capim, e também a intercalação com fileiras de eucalipto. Além de melhorar a cobertura e fertilidade do solo, esse sistema permite a diversificação da renda na propriedade.

O documento da Emater-MG também apresenta diversas práticas adicionais que podem ser aplicadas para evitar cheias e inundações, como a construção de estruturas de drenagem e bacias de captação de águas pluviais, adaptação de estradas rurais, uso de socalcos em áreas íngremes e tratamento correto de efluentes domésticos.

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É importante ressaltar que todas essas iniciativas têm caráter preventivo e visam impactar positivamente no médio e longo prazo. Além disso, é fundamental que o planejamento do uso das áreas produtivas nas propriedades rurais esteja alinhado ao uso sustentável dos recursos naturais, garantindo a inclusão das propriedades rurais nas políticas públicas de sustentabilidade ambiental.

Em relação aos impactos das chuvas torrenciais, é importante destacar que no final de 2021 e início de 2022, mais de 400 municípios mineiros foram afetados, resultando na perda de cerca de 120 mil hectares de lavouras e impactando a atividade de aproximadamente 127 mil produtores rurais.

Ao adotar as técnicas e práticas recomendadas pela Emater-MG, os produtores rurais podem minimizar os danos causados pelas chuvas torrenciais e garantir a sustentabilidade de suas atividades. O acompanhamento das orientações técnicas, aliado ao planejamento adequado e ao uso eficiente dos recursos naturais, é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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Confira algumas perguntas frequentes sobre técnicas para reduzir os impactos das enchentes:

1. Qual é o principal impacto das chuvas torrenciais no solo?
R: O principal impacto é o assoreamento dos cursos d’água devido ao acúmulo de material carregado pelas enchentes.

2. Quais são as técnicas recomendadas para minimizar os efeitos das enchentes?
R: Dentre as técnicas recomendadas estão o plantio direto, a recuperação de pastagens degradadas e a construção de estruturas de drenagem.

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3. Como o plantio direto contribui para a redução de inundações?
R: O plantio direto atua como proteção do solo, reduzindo a erosão e facilitando a infiltração da água, minimizando os riscos de enchentes e alagamentos.

4. O que é ILPF?
R: ILPF é a sigla para integração lavoura-pecuária-floresta, um sistema que promove o plantio consorciado de diferentes cultivos, melhorando a cobertura e fertilidade do solo.

5. Quais são os principais impactos das chuvas torrenciais em áreas rurais?
R: Os principais impactos incluem perda de lavouras, danos nas propriedades rurais e prejuízos econômicos para os produtores rurais.

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A adoção dessas práticas se mostra imprescindível para garantir a resiliência do setor agrícola diante das mudanças climáticas e para assegurar a sustentabilidade ambiental das propriedades rurais. O investimento em técnicas de conservação do solo e da água é fundamental para reduzir os impactos das enchentes e garantir a produção agrícola de forma sustentável. Portanto, é crucial que os produtores rurais estejam sempre atualizados e adotem essas medidas preventivas, contribuindo para o fortalecimento do agronegócio brasileiro.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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A Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) elaborou material técnico com orientações sobre ações que podem minimizar os efeitos das chuvas torrenciais. O documento “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agricultura: águas pluviais” é direcionado aos produtores rurais e também para auxiliar setores da administração pública. O material está disponível na Livraria Virtual no site www.emater.mg.gov.br e também pode ser acessado clicando diretamente neste link.

Segundo a Emater-MG, o solo que não possui cobertura vegetal recebe o impacto direto das chuvas. Essa água tem dificuldade de infiltrar-se rapidamente no solo, principalmente se já estiver muito úmido ou compactado. As estradas rurais são exemplos típicos de terrenos onde a água escorre ou se acumula num curto período de tempo. As enchentes descem pelas encostas, carregando o material que sai do leito dessas estradas, que depois se deposita no fundo dos córregos, rios e várzeas, ou seja, nas áreas mais baixas do relevo.

“A água que não se infiltra no solo chega muito rapidamente aos cursos d’água, sejam eles naturais ou artificiais, o que pode causar erosão e carregar partículas de solo para as partes mais baixas do terreno. Esse material carregado pelas enchentes torna as calhas dos cursos d’água mais rasas, fenômeno conhecido como assoreamento. Com o excesso de chuvas, o nível dos cursos d’água sobe rapidamente e ocorrem inundações”, explica o coordenador técnico regional da Emater-MG, Walfrido Albernaz.

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Técnicas de conservação

Especialistas da Emater-MG lembram que o melhor local para “armazenar” água é no solo. Em condições ideais, a maior parte da água da chuva infiltra-se no solo, abastecendo o lençol freático. A Emater-MG orienta os produtores a realizarem uma avaliação da capacidade do solo, antes de realizar qualquer atividade agrícola na propriedade. Esta análise permite identificar os riscos de inundações, erosões e até deslizamentos de terra. Uma avaliação precisa das características do solo também apoiará a escolha e aplicação de diversas técnicas de gestão do solo e da água.

Entre as técnicas recomendadas no documento elaborado pela Emater-MG está o plantio direto. Consiste em reduzir ao máximo a perturbação do solo, plantando diretamente sobre a palha que cobre o terreno.

“Essa palha que cobre o solo serve de proteção. Ajuda a reduzir inundações e erosão. Os riscos de enchentes e alagamentos também são minimizados, pois o plantio direto na palha contribui para a infiltração da água no solo”, explica o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Bernardino Cangussu.

A recuperação de pastagens degradadas é outra técnica recomendada em Minas Gerais. Estima-se que o estado possua mais de dois milhões de hectares de pastagens mal cuidadas. Estas áreas são propensas à erosão, favorecendo o escoamento de água e terra para estradas e cursos de água.

Uma das formas de recuperação de pastagens é por meio da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Um exemplo é o plantio consorciado de milho e um pouco de capim (pasto) utilizado na alimentação dos animais. Nesta mesma área também é possível intercalar o milho com algumas fileiras de eucalipto. O sistema ILPF, além de aumentar a cobertura e a fertilidade do solo, também permite a diversificação da renda na propriedade

O documento “Mitigação dos efeitos das alterações climáticas na Agricultura: águas pluviais” apresenta uma lista de diversas outras práticas que podem ser aplicadas no meio rural para evitar cheias e inundações. Estas incluem a construção de estruturas de drenagem e bacias de captação de águas pluviais, adaptação de estradas rurais, socalcos para reduzir a velocidade da água em zonas íngremes e até o correto tratamento de efluentes domésticos, com a construção de fossas sépticas.

O coordenador estadual da Emater-MG lembra que as iniciativas têm caráter preventivo e têm efeito, principalmente, de médio e longo prazo. Além disso, devem seguir critérios técnicos. “O planejamento do uso das áreas produtivas nas propriedades rurais deve estar alinhado ao uso sustentável dos recursos naturais. Para tanto, é fundamental que as propriedades rurais sejam incluídas nas políticas públicas que visam a sustentabilidade ambiental”, afirma Bernardino Cangussu.

Perdas

No final de 2021 e início de 2022, mais de 400 municípios mineiros foram atingidos por chuvas torrenciais que causaram danos significativos em áreas rurais. Um balanço feito na época pela Emater-MG mostrou que cerca de 120 mil hectares de lavouras foram perdidos e que 127 mil produtores rurais sofreram algum tipo de impacto em sua atividade por conta das chuvas.

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