A safra de soja 2022/23 atingiu 8% da área cultivada no Rio Grande do Sul, um avanço semanal de 4 pontos percentuais, mas com atraso em relação aos anos anteriores, informou a Emater-RS nesta quinta-feira, também citando problemas de qualidade. dos grãos colhidos após períodos de estiagem que afetaram as lavouras.
Um ano antes, o trabalho de colheita estava em 20% e a média histórica para esta época do ano é de 35%, segundo dados da empresa de assistência técnica e extensão rural.
A falta de chuva nos meses de verão provocou uma redução de cerca de 30% no potencial produtivo da oleaginosa, sendo a produtividade atual estimada em 2.175 quilos por hectare.
“Além da redução na produção, há problemas na qualidade dos grãos colhidos, muitos apresentam maturação forçada, sem o desenvolvimento correto”, disse a Emater em relatório.
“Parte dos grãos estão malformados, (são) pequenos e com menos peso, o que reduz a rentabilidade e o resultado comercial das lavouras”, acrescentou.
A empresa destacou que outros fatores contribuem para que a produção do Rio Grande do Sul tenha diferentes níveis de produtividade nesta safra, como compactação do solo, baixo acúmulo de palha cobrindo as áreas e falta de rotação de culturas.
Por outro lado, a ocorrência de chuvas de intensidade variável na última semana ajudou na maturação mais uniforme das lavouras em desenvolvimento, comentou a Emater. A maioria das áreas do Rio Grande do Sul está em fase de maturação, totalizando 42%.
A safra de milho atingiu 77% das áreas no Rio Grande do Sul, contra 74% na semana passada.
No mesmo período do ciclo anterior, o emprego estava em 73%, enquanto a média histórica é de 64%.
“A safra avançou mais lentamente no estado, evoluindo nas propriedades que possuem estrutura própria de armazenamento e nas pequenas produções. As estruturas comerciais ou coletivas concentram a logística na safra de soja”, disse o relatório.
Assim como a soja, a produtividade do cereal é variável, dependendo da distribuição das chuvas e do uso da irrigação.
“Nas lavouras que não têm essa tecnologia e as chuvas foram insuficientes, os resultados foram ainda piores”, acrescentou.