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Cidade europeia será a primeira do mundo a proibir publicidade de carne; indústria repudia decisão

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#souagro| Aquecimento global, esse é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço nas manchetes nos últimos meses. Afinal, é uma preocupação global e dezenas de países se uniram para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O que acontece é que algumas medidas estão sendo precipitadas e também criticadas, como é o caso da primeira cidade do mundo a proibir a publicidade de carnes, Haarlem, na Holanda.

O município decidiu que a partir de 2024 vai banir a maioria dos anúncios de carne em espaços públicos. A reivindicação? O impacto climático desta proteína animal. A proposta é do partido político verde, Groenlinks: “A carne é muito prejudicial ao meio ambiente. Não podemos dizer às pessoas que há uma crise climática e incentivá-las a comprar produtos que fazem parte dela”, disse Ziggy Klazes, vereador da GroenLinks que redigiu a proposta, ao jornal “Trouw”. A proposta também foi apoiada por legisladores do partido Desafio Democrata Cristão.

Bem, está claro que a decisão não foi bem recebida pela indústria da carne e gerou muita indignação: “As autoridades estão indo longe demais ao dizer às pessoas o que é melhor para elas”, disse um porta-voz da Organização Central. do Setor de Carnes.

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O partido de direita BVNL chamou a medida de “violação inaceitável da liberdade empresarial”. “Proibir a publicidade por motivos políticos é quase ditatorial”, declarou o conselheiro da BVNL, Joey Rademaker.

Herman Bröring, professor de direito da Universidade de Groningen, na Holanda, alerta que a proibição pode infringir a liberdade de expressão e levar a ações judiciais por parte dos distribuidores.

Cerca de 95% das pessoas na Holanda comem carne, mas mais da metade não come todos os dias, de acordo com a Statistics Netherlands.

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O governo da cidade de 160.000 habitantes disse que ainda não havia decidido se a carne produzida de forma sustentável seria incluída na proibição de anúncios.

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O CENÁRIO NO BRASIL E O TRABALHO PARA REDUZIR AS EMISSÕES DE GASES

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a pecuária gera mais de 14% de todos os gases de efeito estufa produzidos pelo homem, incluindo o metano. Vamos entender então que no final do ano passado, vários países, inclusive o Brasil, se comprometeram a reduzir essa emissão.

Na ocasião, a então ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que os debates da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2021, COP26, em Glasgow, na Escócia, foram importantes para mostrar que nossa pecuária tem papel fundamental na a agenda climática nacional e global. Segundo ela, a agricultura é parte da solução do problema e deve ser vista dessa forma por quem quer reduzir os impactos do aquecimento global.ebc

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“A equipe brasileira apresentou ao mundo soluções que já adotamos e nos surpreendeu, pois poucos países têm projetos de redução de emissões em nosso setor. Mostramos o Plano ABC, o Plano ABC+, que se consolidou como uma grande estratégia para o setor agropecuário na área de atendimento para a NBC brasileira. Metade das emissões brasileiras vem do desmatamento. Há um desafio de construir a economia florestal e valorizar seus serviços ecossistêmicos sistêmicos e ambientais no âmbito das propriedades rurais.”

O Brasil saiu da COP26 com o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, mesmo antecipando essa meta para 2028, além de firmar um compromisso de redução das emissões de metano, o que traz desafios ao país, mas também oportunidades.

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No Brasil, a legislação ambiental é uma das mais rígidas do mundo e o produtor rural é o maior ambientalista do país, pois o Brasil preserva até hoje 66% da vegetação nativa e 25% está dentro das propriedades dos produtores rurais.

NOVAS MEDIDAS

Em março deste ano, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, assinou portaria criando o Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano, Metano Zero, que representará avanços na geração e aproveitamento de biometano a partir de resíduos urbanos e rurais.

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“O programa Metano Zero trata lixo urbano, lixo rural. São resíduos de aves, suínos, cana-de-açúcar, laticínios e aterros sanitários. Tudo isso para gerar biogás, que gera energia, e biometano, que gera combustível para veículos pesados. Teremos a oportunidade de andar de caminhões, tratores e ônibus movidos a biometano, reduzindo o custo do combustível”, disse Leite.

No mesmo dia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, assinou portaria que inclui investimentos em biometano no Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi). A portaria isentará novos projetos da cobrança de PIS/Cofins para aquisição de máquinas, materiais de construção e equipamentos. Contribuirá assim para a construção de novas fábricas de produção de biocombustíveis, ampliando a oferta e tendo um impacto positivo na sustentabilidade energética e ambiental.

“Estamos a dar um novo passo na consolidação de um mercado aberto e competitivo que procuramos, proporcionando aos investidores de bioenergia as mesmas condições que os produtores de gás natural já tinham”, disse Albuquerque.

O cenário aqui apresentado no Brasil aponta para o esforço que está sendo feito para reduzir os gases e, consequentemente, contribuir para a questão do aquecimento global. Todas as medidas estão sendo tomadas nos mais de 100 países que se comprometeram com isso e a pecuária faz parte desse esforço.

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(Débora Damasceno/Sou Agro com informações da BBC)

(Foto: Envato)



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