Ciclone deixa perdas de R$ 149 milhões para a agricultura familiar gaúcha

Ciclone deixa perdas de R$ 149 milhões para a agricultura familiar gaúcha

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O ciclone extratropical que varreu comunidades do Rio Grande do Sul causou prejuízos estimados em R$ 149 milhões na agricultura e pecuária, afetando a infraestrutura e a produção de agricultores familiares. Segundo boletim da Emater/RS-Ascar, o ciclone atingiu 62 municípios, levando 32 deles a decretar situação de emergência e impactando 8.115 imóveis. Mais de 4.000 quilômetros de vicinais foram afetados, prejudicando o escoamento da produção em 291 comunidades. O governo do estado solicitou apoio do governo federal para se recuperar dos danos.

Segundo a Emater, quase 1.600 produtores tiveram suas instalações danificadas, incluindo 1.300 casas, 968 galpões, 30 armazéns, 57 silos de silagem de milho, 3 estufas de fumo, 176 estufas/túneis plásticos utilizados na horticultura, 510 reservatórios utilizados para piscicultura e irrigação ( transbordando ou estourando, 13 aviários e 187 pocilgas.Também foram identificadas 440 fontes de água contaminadas.De acordo com o boletim da Emater, 2.539 famílias ficaram sem acesso à água potável.

Na produção de grãos, 306 produtores tiveram perdas de 4,8 mil toneladas, principalmente nas lavouras de milho e silagem de milho, além do feijão safrinha, em quase mil hectares. Na fruticultura, as perdas chegaram a 2.471 produtores, com maior prejuízo na produção de banana nas encostas da Serra do Mar e na citricultura da região dos Vales, além de outras frutas tropicais. Na produção de hortaliças, 1.804 produtores tiveram perdas.

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Uma área de 7.500 hectares de pastagens nativas e cultivadas em propriedades da agricultura familiar sofreu danos, em diferentes escalas. “As perdas passam a ser significativas, pois terão impacto direto na produção de leite e carne”, avaliou a Emater. Outro efeito do ciclone foi a morte de animais em 111 propriedades afetadas, incluindo 586 bovinos de corte e 116 bovinos leiteiros, 310 suínos, 61.300 aves comerciais, 93,8 toneladas de peixes e 150 colméias. A interrupção da coleta de leite chegou a 11.400 litros por dia, totalizando 28.300 litros, de 283 produtores, cuja produção foi comprometida

Os municípios de Caraá e Maquiné foram os mais afetados. Em Caraá, as perdas estimadas ultrapassam R$ 16,3 milhões. Em Maquiné, foram estimados em R$ 52,2 milhões, sendo o mais afetado do estado.

Diante do prejuízo, o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, acompanhou uma comitiva do Estado em viagem a Brasília nesta semana para pedir ajuda. “Estamos buscando apoio para a liberação imediata de recursos para um programa de recuperação de solos e também para a recuperação de estradas limítrofes, para recuperação de travessias danificadas”, disse.

Na esfera estadual, Santini pediu prioridade nas análises para eventual prorrogação de dívidas contratuais de produtores rurais em municípios em situação de emergência. O secretário também solicitou que a Ceasa avalie a situação dos fornecedores de hortifrutigranjeiros em relação aos compromissos de aluguel e despesas. “Pedi que fosse avaliada a possibilidade de estender os prazos de pagamento do aluguel e até mesmo um possível parcelamento”, disse.

(Com correio do povo)

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(Emanuely/Sou Agro)



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