O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que o governo da china decidiu nesta quinta-feira (23) suspender o embargo à carne brasileira. A decisão, segundo a pasta, foi tomada após reunião entre o ministro Carlos Fávaro e o ministro da Administração Geral das Alfândegas chinesas, Yu Jianhua, em Pequim.
As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro, após a confirmação de um caso classificado pelo governo brasileiro como “isolado e atípico” de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como doença da vaca louca. O registro foi feito em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).
“Desde a descoberta do caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária vem atuando com transparência e tomando todas as providências necessárias de acordo com o protocolo internacional de importação”, afirmou o ministério em nota.
“Tenho certeza que este é um passo para o Brasil avançar cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, avaliou o ministro Carlos Fávaro, ao final do encontro, em Pequim.
A viagem de Lula à China
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou na semana passada que pelo menos 20 acordos comerciais serão assinados durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China no final deste mês. Será a primeira viagem de Lula a um país asiático após assumir seu terceiro mandato.
Segundo o Itamaraty, a viagem de Lula e da comitiva brasileira, formada por ministros e parlamentares, ocorrerá entre os dias 26 e 31 deste mês. Lula visitará Pequim e Xangai, e terá um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. A agenda do presidente segue sendo fechada pelo Palácio do Planalto.
Segundo o secretário para Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia, o número de acordos bilaterais ainda pode aumentar. Entre os acordos está o uso de um satélite capaz de monitorar as florestas mesmo na presença de nuvens carregadas.
“Muitos acordos estão sendo negociados, temos 20 fechados, mas esse número pode aumentar nos próximos dias. Temos protocolos sanitários, uma série de produtos agrícolas, convênios nas áreas de educação, cultura, finanças, indústria, ciência e tecnologia”, afirmou.
O Itamaraty confirmou que a delegação brasileira também participará de um seminário com a presença de cerca de 200 empresários brasileiros de diversos setores. Só do setor do agronegócio, 90 empresários estão confirmados.
A viagem à China é a terceira viagem internacional de Lula após a posse. O presidente já esteve na Argentina e nos Estados Unidos.
China suspende embargo à carne bovina brasileira
O embargo imposto pela China à carne bovina brasileira desde o dia 23 de fevereiro foi suspenso nesta quinta-feira (23), após uma reunião entre o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, e o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua, em Pequim. A medida vale para os animais abatidos a partir desta sexta-feira (24) e representa um alívio para o setor produtivo brasileiro, que depende muito do mercado chinês.
O embargo foi motivado por um caso de vaca louca atípico (não transmissível) detectado no Pará em janeiro deste ano. O Brasil comunicou o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e suspendeu voluntariamente as exportações de carne bovina para a China, conforme prevê o protocolo sanitário entre os dois países. Outros países também adotaram restrições temporárias à carne brasileira, como Tailândia, Irã e Jordânia.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e a China é o seu principal destino. Em 2022, o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de carne bovina para a China, gerando uma receita de US$ 6 bilhões. O país asiático responde por mais da metade das vendas externas do produto brasileiro.
A suspensão do embargo ocorre às vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, que deve ocorrer entre os dias 26 e 31 de março. Lula deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, e tratar de temas comerciais e de cooperação bilateral. A expectativa é que os dois líderes assinem acordos nas áreas de energia, infraestrutura, agricultura e tecnologia.
Retomada de exportação de carne bovina brasileira para a China
O ministro Carlos Fávaro comemorou a decisão chinesa e disse que ela foi fruto de um trabalho intenso de negociação e esclarecimento das autoridades sanitárias brasileiras. Ele afirmou que o Brasil demonstrou transparência e confiança ao informar o caso de vaca louca atípico e que isso contribuiu para a rápida solução do impasse.
Fávaro também destacou que o Brasil nunca registrou casos clássicos de vaca louca, causados pela ingestão de alimentos contaminados por príons, que são proteínas anormais que afetam o sistema nervoso dos animais. Ele ressaltou que o Brasil tem um rigoroso controle sanitário e rastreabilidade do seu rebanho bovino, que é livre de doenças como febre aftosa e peste suína africana.
O ministro disse ainda que o Brasil tem condições de atender à crescente demanda chinesa por carne bovina, que é impulsionada pelo aumento da renda e da população do país. Ele afirmou que o Brasil tem uma produção sustentável e competitiva de carne bovina, baseada na integração entre lavoura, pecuária e floresta.
A suspensão do embargo à carne bovina brasileira pela China foi celebrada também pelo setor privado. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, disse que a medida representa uma vitória para o agronegócio brasileiro e uma prova da qualidade e da segurança da carne nacional.
Camardelli disse que a Abiec espera que as exportações de carne bovina para a China sejam retomadas em breve e que os embarques possam superar os níveis anteriores ao embargo. Ele disse que a Abiec está confiante na ampliação do mercado chinês para a carne brasileira e na diversificação dos cortes exportados.
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Jo
Fonte: Agência Brasil
A China suspendeu o embargo à carne bovina brasileira após vários meses de proibição, o que permitirá que o Brasil retome suas exportações para o maior mercado consumidor do mundo. Essa decisão representa uma grande vitória para o Brasil, já que a China é um dos maiores importadores de carne bovina do país.
O embargo havia sido imposto em razão de um caso de brucelose detectado em uma carga de carne brasileira que chegou ao porto chinês de Qingdao em outubro de 2021. Desde então, as autoridades brasileiras trabalharam em conjunto com seus pares chineses para solucionar o problema e retomar o comércio de carne bovina entre os dois países.
Com a suspensão do embargo, espera-se que o mercado de carne bovina brasileira seja revitalizado e que os preços dos produtos subam. Isso pode beneficiar os pecuaristas e a economia brasileira como um todo. Além disso, a retomada das exportações para a China pode aumentar a competitividade do Brasil no mercado internacional de carne bovina.
Em resumo, a suspensão do embargo à carne bovina brasileira pela China é uma notícia muito positiva para o país e deve ter um impacto significativo no comércio de carne bovina entre os dois países.
agricultura agricultura de precisão agricultura familiar agrolink agronegocio agrotoxico Ambiente arroz avicultura biodiesel biotecnologia boi brasil cabras café cavalo certificação consultoria crédito rural ensino à distância etanol feijão flores frutas gado gado de corte geladeiras gestão rural milho noticias ovelha para pasto pecuaria pecuária leiteira pragas na agricultura Qual saúde Animal seguro rural setor sucroenergético SOJA suinocultura Treinamento trigo Turismo rural
