#sou agro | A terceira fase do Programa de Castração Permanente de Cães e Gatos (CastraPet Paraná) terminou esta semana, no município de Campo do Tenente, com 131 castrações. A ação marcou o fim dos três primeiros ciclos do projeto. Foram contemplados 218 municípios com 73.088 animais castrados.
O programa é executado pelo Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), com recursos de emendas parlamentares e do Tesouro Estadual, além do apoio logístico dos municípios. Entre abril de 2019 e março deste ano, o investimento foi de aproximadamente R$ 11 milhões.
A CastraPet Paraná é destinada à população de baixa renda, organizações da sociedade civil e protetores independentes. Além de evitar filhotes indesejados e problemas como aumento da população de rua e maus-tratos, a castração de cães e gatos previne doenças como câncer de útero e de mama nas fêmeas e reduz a incidência de câncer de próstata nos machos, além de algumas doenças. doenças infecciosas que podem ser transmitidas aos seres humanos.
A robustez dos números dessa ação, que abrangeu todas as regiões do Estado, representa ganhos significativos para a população “A CastraPet chegou aqui com um número expressivo, de mais de 70 mil animais atendidos. Isso ajuda os municípios a controlar a população de animais nas ruas, promovendo o bem-estar dos animais e também da população”, disse o secretário Valdemar Bernardo Jorge.
Everton Souza, CEO do IAT, reiterou a importância do trabalho desenvolvido pelas equipes da CastraPet para a população de baixa renda. “Uma castração pode custar até R$ 800, e as famílias beneficiadas pelo CastraPet, em sua maioria, não têm condições financeiras de arcar com os custos do procedimento”, acrescentou.
ÚLTIMO CICLO
No Campo Tenente, a população chegou cedo para castrar seus animais de estimação. Os protetores independentes também se sentiram atraídos pelo formato do programa, totalmente gratuito, e falaram sobre a importância da esterilização de cães e gatos resgatados das ruas.
Naira Padilha levou dois filhotes. Um deles foi resgatado no dia anterior porque a família guardiã não conseguiu continuar com o bichinho. “A importância da castração para nós protetores é imensurável. É um ato de amor, pois nos ajuda a dar-lhes uma vida melhor. Não temos organizações por perto e dependemos da colaboração das pessoas e do governo para cuidar desses bichinhos”, disse.
Cassandra dos Santos levou alguns cães e também reforçou a importância da CastraPet Paraná. “A gente sai até com remédio, tudo de graça”, avalizou.
CASTRAPETE
O programa foi criado em 2019, no início da gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior, com a proposta de conter o aumento do número de animais abandonados nas ruas das cidades, prevenir doenças e transmitir conhecimentos sobre cuidados e boa convivência entre famílias e animais de estimação. Com status de ferramenta única de saúde, que associa a saúde humana à animal e ao meio ambiente, a CastraPet Paraná rapidamente atraiu a atenção de prefeitos, tutores e protetores independentes.
Girlene Jocob, veterinária do IAT que se comunica com os municípios, explica que, para serem contemplados pela iniciativa estadual, os municípios precisam disponibilizar o local adequado para a estrutura, dar suporte na recepção e fazer o cadastro prévio dos interessados e com lista de reserva. O município também deve fornecer uma contrapartida de 5% do valor acordado. “Esse recurso é investido em material didático e formação de dois técnicos em saúde animal, que posteriormente deverá ser direcionado aos alunos do sistema de ensino”, disse.
(Com AEN)
(Emanuely/Sou Agro)
